Anote aí a receita da felicidade apocalíptica. Com ela você terá estômago para qualquer coisa — inclusive relativizar a carnificina.
Pegue um Prêmio Nobel da Paz e entregue a um presidente que mal começou a governar. Diga que a condecoração precoce é pelo que ele simboliza socialmente.
Crie um estranho consenso numa mídia falida para que ela abandone sua missão informativa e passe a fazer proselitismo político em torno desse herói pré-datado.
Construa um final feliz de mentira em torno dessa figura e de toda uma cartilha politicamente correta que servirá de salvo-conduto para quaisquer ações mesquinhas que visem à obtenção de mais poder — tudo devidamente envernizado como afirmação da bondade.
Crie uma estética esperta através da qual será legítimo e louvável encher de moral e de dinheiro governos e grupos políticos condescendentes com o terror. Tudo em nome da “diversidade”, da “pacificação cultural” e da valorização dos “oprimidos pelo imperialismo”.
Diga que quem for contra esse teatrinho mambembe de bondade é a encarnação do capeta, xenófobo, racista, homofóbico, fascista, fake news e vai provocar a Terceira Guerra Mundial.
Se mesmo assim você perder a boquinha e nenhuma das suas previsões hediondas para o “inimigo” se materializar, não perca o charme. Invista tudo na visão do inferno e celebre uma catástrofe sanitária como um “presente de Deus” para bagunçar as próximas eleições.
Use sua fama ou o prestígio que lhe conferem para transformar essa catástrofe em instrumento de intimidação e aprisionamento fantasiados de salvação. Comemore a ascensão mágica de um zumbi.
Se associe aos multibilionários neuróticos que querem subjugar o planeta para investir numa rede planetária de coação e cerceamento fantasiada de checagem por um mundo melhor
Ajude o discípulo decrépito do Nobel da Paz de proveta a afrouxar todas as salvaguardas firmadas perante os ditadores do planeta. Se necessário, fustigue uma guerra.
Faça exatamente o que os sócios da malandragem estética diziam que o “inimigo fascista” faria: invista no conflito. Dê dinheiro e poder para regimes obscuros em nome de uma diplomacia “inclusiva”.
Se associe aos multibilionários neuróticos que querem subjugar o planeta para investir numa rede planetária de coação e cerceamento fantasiada de checagem por um mundo melhor. Aproveite a adesão da multidão de covardes e oportunistas ávidos pelos pequenos poderes para criar uma muralha cínica em torno dos seus propósitos inconfessáveis.
Quando o aviltamento civilizacional que você candidamente promove explodir em desumanidade sanguinária, você estará preparado para dizer que isso tudo é muito relativo.
Leia também “Polarização de mentira”
Fiuza, que saudade!!!
Maravilha, Fiúza! Estava com saudades de seus textos únicos e marcantes, recheados de ironia e sarcasmo. Parabéns! Tão bom ter vc de volta!
Verdade com dignidade excelente fiuza
Grande Fiuza!!!!!Cirúrgicamente sucinto!!!!Só aplausos!!!
Lembro dos ”empáticos” da pandemia. Aqui em minha cidade, um outrora amigo saímos para tomar uma cerveja em um bar chique da cidade, ele com sua máscara, que só tirava para tomar a cerveja depois colocava de volta, e assim seguiu durante a noite perante a ”alta” sociedade.
Pois bem, depois de tomar umas, fomos, eu, ele e outros amigos, para um boteco de esquina da ”baixa” sociedade. Para minha surpresa, ele entrou sem máscara como se nada tivesse acontecido. E mais, advinha quem se agarrou com uma mulher que conheceu aquela mesma noite? Pois é, ele mesmo.
Ainda bem que me afastei deste tipo de ”empático” da alta sociedade.
Sucinto e provocador, marcas de Guilherme Fiuza.
Reconheci na newsletter as marcas do Guilherme Fiúza já nas primeiras linhas. Ácido, lúcido e mortalmente provocante. ????????????????????????
Saber que o Fiuza existe, é um alívio, um presente.
O Fiuza diz tudo o que a esquerda brasileira é em poucas palavras
Na minha opinião o atual presidente do Brasil jamais ganharia o NOBEL DA PAZ, a não ser que o Prêmio tenha se degenerado tanto que nem valerá mais a pena acompanhá-lo. Mas a esquerda internacional tentará premia-ló de alguma forma…
Leia em pleno acordo. Desculpe o erro.
Tem de chamar esses jornalistas, atores drogados, academicos de botequim, cantores de verbas e todos que se dizem intelectuais pelo nome correto: covardes, frustados e invejosos.
Mestre Fiúza, suas análises do mundo social real lavam nossas mentes e almas da incúria boçal dominante!
Obrigado abraços
Texto maravilhoso. Como é fácil estragar o mundo. Basta ter tantas pessoas sem nenhum conhecimento, sem preocupação com o ser humano, muitas vezes movidas pela preguiça e acreditando em baboseiras de todo naipe. Aí seguiu o roteiro e está pronto nosso mundo atual. Tudo isto com um uma enxurrada de falta de amor verdadeiro, por tudo.
De pleno acordo.
Revista ótima, nunca vi nada igual. Simplesmente não palavras para descrever. O que me passa pela cabeça qual brasileiro consegue compreender o que está escrito. A maioria da população mal sabe ler e escrever. Sou leitor voraz, gosto muito de ler. Parabéns a toda equipe da retistaoesta. Atenciosamente. Adir Dalmazio Miranda. P.S. Muito obrigado.
Resumiu magistralmente o que vem ocorrendo, parabéns pela clareza e facilidade de comunicar num texto tão curto.
De pleno acordo.
Magistral, meu caro Fiuza! Resumo sucinto e cristalino do que a humanidade vem vivenciando nos últimos quinze anos. Se minha avó materna ainda estivesse viva, ela com certeza diria: “Os espíritos de porco estão dominando o mundo”.