Pular para o conteúdo
publicidade
Membro do grupo militante da Jihad Islâmica Palestina | Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock
Edição 187

O que deve o jihadismo ao Ocidente

Historicamente, os terroristas não fazem parte de uma massa carente, ignorante, oprimida e miserável. Muito pelo contrário, os 'guerreiros suicidas' foram educados no mundo globalizado

Flávio Gordon
-

“Qual é o fundamento secular do judaísmo? A necessidade prática, o interesse próprio. Qual é o culto secular do judeu? O negócio. Qual é o seu deus secular? O dinheiro.”
(Karl Marx, A Questão Judaica, 1843)

 “Mundo ocidental, estais condenado à morte. Somos aqueles que derrotarão a Europa… Deixe que o Oriente, vosso terror, finalmente responda a vosso apelo.”
(Louis Aragon, A Revolução Surrealista, 1925)

“Demos as boas-vindas a esse herói, que desafiou um império e combateu o sionismo, com a ajuda de Hitler e da Alemanha. A Alemanha e Hitler se foram, mas Amin al-Husseini seguirá lutando.”
(Hasan al-Banna, fundador da Irmandade Muçulmana, celebrando a volta do grande mufti ao Egito, após a sua saída da prisão na França, em maio de 1946)

Em tempos de recrudescimento do terrorismo islâmico, convém desfazer algumas ideias prontas que nos afastam da compreensão do fenômeno. Embora a imagem do “choque de civilizações”, da lavra de Samuel P. Huntington, continue muito influente nas análises sobre a relação do islamismo radical com o Ocidente, ela induz a uma mistificação que é preciso evitar. 

Com efeito, para compreender a lógica do terror, é preciso abandonar a cosmovisão liberal-iluminista e o seu pendor para a exotização. Nada mais equivocado, por exemplo, do que a opinião corrente segundo a qual os terroristas islâmicos são criaturas primitivas, egressas da Idade da Pedra, cegas e brutalizadas por concepções de mundo “medievais” (adjetivo usado pejorativamente por dez entre dez jornalistas contemporâneos). Cabe lembrar, antes de tudo, que boa parte das lideranças jihadistas é oriunda de famílias de classe média alta, educada e intelectualizada. Muitas delas estudaram nas melhores universidades do Ocidente, como Harvard e Oxford. Muitas, além disso, demonstram um relativo desinteresse pela tradição corânica. 

Historicamente, os terroristas não fazem parte de uma massa carente, ignorante, oprimida e miserável. Muito pelo contrário, os “guerreiros suicidas” empenhados na jihad foram educados profissional e intelectualmente no mundo globalizado. Dominando os códigos intrínsecos ao ambiente cultural e universitário do Ocidente moderno, é provável que muitos deles viessem a desfrutar de um futuro próspero caso não houvessem optado pelo terrorismo. Portanto, trata-se de um erro interpretativo vislumbrar no fundamentalismo islâmico um fenômeno exótico, arcaico ou, em suma, pré-moderno.

Conforme têm demonstrado estudiosos do terrorismo contemporâneo — a exemplo de André Glucksmann, John Gray, Paul Berman e Barry Cooper —, o movimento jihadista, antes que consequência direta de alguma espécie de “mentalidade primitiva”, é precisamente o contrário: um subproduto da modernidade ocidental, do Iluminismo e do Romantismo. Nas palavras do cientista político Cooper: “As semelhanças estruturais entre movimentos que, de resto, pouco têm em comum sugerem que o terrorismo contemporâneo nada mais é que uma espécie de sectarismo revolucionário, ideológico e moderno”.

Organizações como o Hamas e o Hezbollah são atores globais, não “tribais”. À semelhança dos movimentos revolucionários do século 19 (pioneiramente descritos por Dostoiévski) ou dos totalitarismos europeus do século 20 (notadamente, o internacional e o nacional-socialismo), veem o terror como método legítimo para a imposição de uma “nova ordem mundial”, habitada por um “novo homem”. O Terceiro Reich nazista, a sociedade sem classes comunista e o califado universal jihadista são, mutatis mutandis, variações sobre um mesmo tema revolucionário. Como observa John Gray: “Assim como o comunismo e o nazismo, o islamismo radical é moderno. Embora alegue ser antiocidental, ele é moldado pela ideologia ocidental tanto quanto pelas tradições islâmicas”.

Combatentes segurando bandeiras do Hezbollah, durante funeral em Jwaya, província do sul do Líbano (26/2/2016) | Foto: Shutterstock

Os principais ideólogos do jihadismo contemporâneo — Abul Ala Maududi, Sayyid Qutb, Ruhollah Khomeini, Ayman al-Zawahiri, Abdullah Azzam, entre outros — foram fortemente influenciados pelo antiocidentalismo interno ao próprio Ocidente, uma longa tradição intelectual representada por pensadores como Rousseau, Marx, Bakunin, Nietzsche, Sartre, Foucault et caterva. Em alguma medida, pode-se dizer que o islamismo contemporâneo veio atender ao famoso apelo do marxista frankfurtiano György Lukács: “Quem nos salva da civilização ocidental?”. 

Numa de suas colunas no portal Spiked, o jornalista britânico Brendan O’Neill sugeriu que o 11 de Setembro foi um ato de identitarismo apocalíptico. Sobre Osama bin Laden e a Al-Qaeda, observou: “Em muitos aspectos, Bin Laden foi tanto um produto do Ocidente, e em particular de sua política de queixas, quanto seu mais temido inimigo terrorista. Seu reinado de terror pode ser visto como uma manifestação violenta do que desde então passou a ser conhecido como wokeness (…) A Al-Qaeda, e Bin Laden em particular, eram seguidores ávidos dos modismos e do pensamento dos formadores de opinião ocidentais, particularmente os radicais e esquerdistas (…) O niilismo islâmico é uma espécie de política de identidade nesse sentido. É o identitarismo que se tornou apocalipticamente violento. É a autoaversão do Ocidente voltada contra o Ocidente, de forma sangrenta”.

Bem observado. Mas a influência ocidental sobre o islamismo revolucionário não ficou apenas no campo das ideias. Na verdade, houve uma colaboração histórica e uma aliança política concreta entre esses atores, de modo que não é exagero dizer que o cenário contemporâneo do Oriente Médio foi, em grande medida, moldado pelos regimes que mais encarnaram a autoaversão ocidental por sua herança civilizacional, os dois grandes monstros totalitários do século 20: o comunismo e o nazismo.

A presença comunista no Oriente Médio foi profunda e indelével. Nas operações de espionagem, propaganda e desinformação realizadas no Terceiro Mundo, os soviéticos não empregavam diretamente o seu serviço de inteligência, a KGB, optando por atuar mediante os serviços secretos dos países-satélite integrantes do Pacto de Varsóvia. Assim, por exemplo, a América Latina estava majoritariamente sob “jurisdição” do serviço secreto da Tchecoslováquia, a StB (státní bezpečnost, “segurança do Estado”), enquanto o Oriente Médio costumava ser território do serviço secreto da Romênia, a Securitate. Daí que a interferência comunista nessa região seja bem documentada em obras como Desinformação, do ex-chefe romeno de inteligência Ion Mihai Pacepa, que, depois de desertar para o Ocidente, passou a detalhar em primeira mão como, durante a guerra fria, a União Soviética agiu no Oriente Médio para fomentar o antissemitismo e o terrorismo islâmico. 

O livro de Pacepa — que, entre outras missões, foi responsável por treinar o agente soviético Yasser Arafat (codinomes Aref e Beskov) — relata uma campanha de desinformação idealizada pela KGB, que consistiu na distribuição de milhares de exemplares traduzidos para o árabe da velha peça de propaganda antissemita produzida na Rússia czarista, os famigerados Protocolos dos Sábios de Sião. Apelidada de Operação SIG — um acrônimo para Sionistskiye Gosudarstva, ou “governos sionistas” —, ela tinha o objetivo de plantar a semente do antissemitismo e fomentar o antagonismo contra os Estados Unidos e seu aliado Israel por todo o mundo islâmico. 

“Por volta de 1972, a engrenagem de desinformação de Iúri Andropov [então chefe da KGB] operava em tempo integral para persuadir o mundo islâmico de que Israel e os Estados Unidos pretendiam transformar o resto do mundo num feudo sionista” — escreve Pacepa. O próprio Andropov disse-lhe que o objetivo era “excitar as massas ignorantes e oprimidas até o ponto de ebulição. O terrorismo e a violência contra Israel e a América fluiriam naturalmente a partir do fervor antissemita dos muçulmanos”.

Uma obra que confirma as informações de Pacepa é The World Was Going Our Way: The KGB and the Battle for the Third World (“O mundo estava conosco: a KGB e a batalha pelo Terceiro Mundo”), do historiador britânico Christopher Andrew. Por anos a fio, Andrew mergulhou fundo nos arquivos do dissidente soviético e ex-agente da KGB Vasili Mitrokhin, trabalhando junto com este na publicação dessa e de outra obra, The Sword and the Shield: The Mitrokhin Archive and the Secret History of the KGB (“A espada e o escudo: o Arquivo Mitrokhin e a história secreta da KGB”), dedicada às operações da KGB nos Estados Unidos e na Europa.

Livro Desinformação, de Ion Mihai Pacepa e Ronald J. Rychlak | Foto: Reprodução

Em The World Was Going Our Way, volume dedicado às chamadas “medidas ativas” (isto é, de espionagem, propaganda e desinformação) perpetradas pela KGB no Terceiro Mundo, Christopher Andrew e Vasili Mitrokhin revelam-nos o quanto elas foram bem-sucedidas, sobretudo no fomento ao antissemitismo, ao antiamericanismo e aos “movimentos de libertação nacional”, organizações de fachada para a defesa dos interesses soviéticos. O título do livro — “O mundo estava conosco”faz referência às palavras ditas certa vez por uma diplomata russa acerca do sucesso da propaganda soviética no Terceiro Mundo durante a guerra fria. Nas palavras de Nikolai Leonov, outro alto oficial de inteligência, a premissa básica na agência era que “o destino do enfrentamento mundial entre os Estados Unidos e a União Soviética, entre capitalismo e socialismo, seria decidido no Terceiro Mundo”. 

Andrew mostra como, durante a maior parte da Guerra Fria, os estrategistas soviéticos acreditaram ter uma vantagem na luta contra o “Grande Satã” e seus aliados por poder e influência no Oriente Médio. Se a América Latina era vista como o “quintal” dos Estados Unidos, o Oriente Médio devia ser o da União Soviética. O relacionamento especial de Israel com os Estados Unidos fez de seus inimigos árabes, aos olhos de Moscou, os aliados naturais da União Soviética. Daí que o chanceler Andrei Gromiko e Boris Ponomarev, chefe do Departamento Internacional do Comitê Central do Partido Comunista da União Soviética, começaram a denunciar conjuntamente Israel e o sionismo internacional como os principais instrumentos do imperialismo americano em seu avanço sobre os países árabes. 

Nas palavras do autor: “Desde então, a política externa soviética em relação a Israel tornou-se indiscernível da obsessão antissionista da KGB. A ‘subversão sionista’ era uma obsessão particular de Andropov, o qual, no cargo de chefe do serviço secreto, interpretava todo protesto dos refuseniks [os judeus soviéticos aos quais se negava permissão para emigrar para Israel] como uma conspiração sionista internacional contra a União Soviética (…) A obsessão antissionista da liderança da KGB chegou quase ao ponto de um delírio paranoide. Uma conferência da KGB em 1982 concluiu absurdamente que ‘não há incidentes negativos nos países socialistas da Europa que não tenham envolvimento dos sionistas’. Andropov chegou a insistir que até mesmo o envio de matzá (o pão ázimo judaico) do Ocidente para os judeus soviéticos, por ocasião da Páscoa, representava um ato potencialmente grave de sabotagem ideológica”.

Sobre o fomento ao terrorismo, escreve Christopher Andrew: “O inesperado surto de terrorismo internacional no começo dos anos de 1970, e o precedente aberto pouco antes pela KGB em sua utilização das guerrilhas sandinistas contra alvos americanos na América Central, encorajaram o Comitê Central a considerar o uso de terroristas palestinos como proxies no Oriente Médio e na Europa. Em 1970, a KGB deu início ao fornecimento secreto de armas para a Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), grupo terrorista de orientação marxista-leninista. O segredo foi notavelmente bem guardado. Embora houvesse várias matérias da imprensa ocidental sobre o apoio recebido pela FPLP da Síria, do Iraque e da Líbia, não havia nada sobre a sua conexão soviética”.

Já sobre a conexão islamismo-nazismo, precisamos voltar ao ano de 1942, quando oficiais das SS visitaram o campo de Sachsenhausen levando quatro convidados especiais. Na condição de expert nazista em Oriente Médio, e principal contato do Reich com os aliados árabes, o diplomata Fritz Grobba havia muito vinha apontando a importância do evento. Nas vésperas, Heinrich Himmler em pessoa, chefe e mentor das SS, vistoriara pessoalmente o campo.

Um ano antes, Sachsenhausen virara sede de um novo projeto nazista, apelidado de “Estação Z”. A escolha da última letra do alfabeto carregava um simbolismo macabro: tratava-se de marcar o fim da linha para os judeus. Anteriormente, os nazistas haviam testado vários métodos para exterminá-los: desde os enforcamentos individuais, passando pelos fuzilamentos coletivos, ainda não se havia achado a fórmula ideal, rápida e eficaz. Foi em 1941 que a tecnologia do assassinato em massa atingiu o seu ápice, com a criação das câmaras de gás. Em Sachsenhausen, elas foram instaladas junto com quatro fornos crematórios destinados a eliminar os cadáveres.

Em maio de 1941, a título de ensaio, Himmler ordenara a execução de 250 judeus do campo. Quando os convidados árabes das SS ali chegaram, portanto, o projeto dos campos de extermínio já estava avançado. O propósito dos visitantes era criar as suas próprias “Estações Z” no Oriente Médio, um desejo revelado por Amin al-Husseini, o “grande mufti de Jerusalém”, em carta enviada a Adolf Hitler. O líder nacionalista árabe-palestino pedia a ajuda de Hitler para lidar com a “questão judaica” em suas terras, assim como faziam os nazistas na Europa.

Com exceção de manifestações episódicas de neonazistas na Europa e nos Estados Unidos, o Oriente Médio foi o único lugar do mundo em que os simpatizantes de Hitler prosperaram

Al-Husseini era o principal aliado islâmico dos nazistas. Desde sempre muito próximo a Hitler, que o tinha em alta conta, o mufti acabou sendo um dos responsáveis por precipitar o projeto de uma “solução final” para os judeus. A aliança entre o nazismo e o nacionalismo árabe-palestino teria um peso considerável na opção definitiva pelo genocídio. Em dado momento, os nazistas ainda chegaram a cogitar um esquema de deportação em massa dos judeus e, diante da recusa de outros países em recebê-los, a Palestina figurava como uma das poucas opções restantes. Mas, sabendo que isso soaria como afronta aos amigos islâmicos, e preocupado em não abalar aquela relação mutuamente frutífera, Hitler decidiu de vez pelo Holocausto. E, nesse momento dramático, al-Husseini esteve presente.

Em novembro de 1941, o grande mufti de Jerusalém teve uma recepção de gala em Berlim. Foi hospedado no luxuoso Palácio de Bellevue, hoje residência oficial do presidente, situado no extremo ocidental do belo Tiergarten. Em terras nazistas, deram-lhe a quantia de alguns milhões de dólares em valores atuais, obtida do ouro roubado dos judeus enviados aos campos de concentração. Como escritório de trabalho, requisitou um apartamento expropriado de um proprietário judeu, no que foi prontamente atendido. Foi agraciado também com uma luxuosa suíte no Hotel Adlon, na qual recebeu visitantes ilustres, dentre eles o ministro de Relações Exteriores do Reich, Joachim von Ribbentrop.

Um protocolo secreto definido pelo acordo Molotov-Ribbentrop repartia as zonas de influência na Europa do leste | Foto: Wikimedia Commons

Amin al-Husseini foi o primeiro não alemão a tomar conhecimento dos planos para a “solução final”, antes mesmo que fossem oficialmente apresentados por Hitler na Conferência de Wannsee. Adolf Eichmann em pessoa foi o responsável por lhe explicar os detalhes. O líder islâmico ficou exultante, solicitando a Eichmann o envio de um expert nazista a Jerusalém, para ajudá-lo com a instalação dos campos e das câmaras de gás por todo o Oriente Médio. Foi nesse contexto de colaboração genocida islamo-nazista que se deu a visita da delegação árabe a Sachsenhausen.

Até hoje, os efeitos dessa macabra comunhão de interesses se fazem sentir na região. Afinal, com exceção de manifestações episódicas de neonazistas na Europa e nos Estados Unidos, o Oriente Médio foi o único lugar do mundo em que os simpatizantes de Hitler prosperaram. Sob o olhar omisso ou cúmplice de organizações internacionais, ONGs e milhares de ativistas pró-Palestina espalhados pelo mundo, essa é a região onde o projeto de extermínio dos judeus continua sendo falado abertamente. 

Com a declaração de guerra de Israel ao Hamas, depois de toda a bestialidade perpetrada pelos terroristas desde o dia 7 de outubro, as ruas de várias cidades ocidentais serviram de palco para as costumeiras manifestações islâmicas de ódio aos judeus e a Israel. Seis décadas depois do Holocausto, a Europa e o mundo voltam a testemunhar anseios genocidas, em meio a bandeiras israelenses incendiadas e gritos de “morte aos judeus”. Dando continuidade a uma longa e tenebrosa história, eis aí os nazistas hoje permitidos, que trocaram de pele à guisa de sobrevivência. Como numa tragicômica reedição do Pacto Molotov-Ribbentrop, ao lado deles marcham comunistas e revolucionários em geral, todos perpetuamente obcecados com a “solução final” para a “questão judaica”.

Leia também “As implicações político-filosóficas da liberalização do aborto no Brasil”

24 comentários
  1. Maria Weber
    Maria Weber

    Este é o melhor de todos

  2. Candido Andre Sampaio Toledo Cabral
    Candido Andre Sampaio Toledo Cabral

    Excelente artigo. Parabéns por tanto conhecimento Flávio Gordon.

  3. Lenart Palmeira do Nascimento Filho
    Lenart Palmeira do Nascimento Filho

    Aprendi muito com esse texto do Flávio Gordon. Como sempre excelente!

  4. Cassiano Moreira Machado
    Cassiano Moreira Machado

    Esse artigo acrescentou muito ao meu conhecimento, Parabéns, mestre!

  5. Barbara silva dos Santos
    Barbara silva dos Santos

    seus textos são sempre maravilhosos

  6. Luiz Pereira De Castro Junior
    Luiz Pereira De Castro Junior

    Mais um belo artigo do Flávio Gordon !!

  7. RUBI GERMANO RODRIGUES
    RUBI GERMANO RODRIGUES

    Concordo com quase tudo o que está dito no texto, inclusive com a intenção geral do artigo, menos com a frase: “Nada mais equivocado do que a opinião corrente segundo a qual os terroristas islâmicos são criaturas primitivas, egressas da Idade da Pedra”. Isso significa que a discordância reside no paradigma que emoldura os pontos de vista. O referencial do articulista é a história das tramoias humanas utilizadas na disputa pelo poder. Nessa perspectiva a citada conclusão se justifica. O meu referencial é a história do discernimento humano, que parte do despertar da consciência, em hominídeo que antes desconhecia o fato de possuí-la, até a conquista plena da razão e da racionalidade facultada pela natureza aos humanos. No sentido da evolução do discernimento, o começo é marcado pela ferocidade animal amplificada pela ignorância inicial e vai culminar na compreensão adequada das leis universais que regem a natureza. Essa senda evolutiva parte de uma percepção – do meio e das circunstâncias – amparada, majoritariamente, em instintos, e, paulatinamente, avança no sentido de superar esses instintos e pautar a percepção em elementos racionais obtidos pela compreensão da magnífica arquitetura que preside o universo. Essa arquitetura determina o universo e determina também a nossa compreensão do universo, razão pela qual somos capazes de entendê-lo. Nessa perspectiva, o processo civilizatório caracteriza-se pela superação de instintos originais e a crescente prevalência da razão. Significa também passagem de animalidade instintiva e para humanidade racional. Com isso as ações do Hamas em Israel neste início de outubro, revelam sim mentes primitivas. Um ser avançado em sua humanidade jamais faria o que foi feito. Eles podem vestir Armani, mas estão, mentalmente, na Idade da Pedra, e são um perigo para todos os humanos. O referencial que nos instrumentaliza está à disposição de todos no site da Academia Platônica de Brasília.

    1. Zulene Reis
      Zulene Reis

      Obrigada pela aula: esclareceu de vez o que motiva estes grupos. Fiquei um pouco amedrontada, pois acho que os próximos alvos seremos nós, cristãos.

  8. Olnei Pinto
    Olnei Pinto

    Bom dia. Este artigo é uma verdadeira enciclopédia do mal que se promove há séculos contra os judeus.

  9. Silas Veloso
    Silas Veloso

    Conexões macabras q só agora alguns d
    nós ficamos sabendo… Grato pelo artigo revelador

  10. Erasmo Silvestre da Silva
    Erasmo Silvestre da Silva

    Aí eu digo, isso é que é saber que uma trama nazista e comunista mundial pra exterminar os judeus. Isso só pode ser coisa do diabo

  11. Giovani Santos Quintana
    Giovani Santos Quintana

    Com todo o respeito ao importantíssimo tema, os textos do Gordon são muito extensos e cansativos. Se pudesse ser mais sucinto nos artigos seria bem mais interessante. Só uma sugestão.

  12. NOS
    NOS

    Prezado Gordon, essa ideia de que o antiocidentalismo é fomentado dentro do próprio Ocidente e depois exportado para o Oriente Médio através dos líderes terroristas que aqui se intelectualizam (vide bin Laden et caterva), é inusitada para mim. Toda essa nefasta ideologia “progressista”, alimenta e dá força a esses terroristas. Nunca havia refletido sobre isso. Esses babacas “progressistas” pensam que serão poupados. Primeiro os judeus, depois os cristãos e assim por diante. Acho que foi Olavo de Carvalho quem alertou há muito sobre isso num dos seus livros.

  13. NOS
    NOS

    Estou lendo o excelente livro de Alan Dershowitz, EM DEFESA DE ISRAEL. Os fatos aqui mencionados são esmiuçados no livro que recomendo a todos. Sua leitura nos faz entender de forma didática e fácil um difícil e milenar conflito.

  14. Leonardo Abreu
    Leonardo Abreu

    Muito bom. Fez a conexão ideológica entre nazismo e comunismo, totalitarismos que se expressam, quem diria, no fundamentalismo islâmico terrorista

  15. MARCIO MARQUES PRADO
    MARCIO MARQUES PRADO

    Flávio Gordon, agradeço a sua aula que analisa com profundidade, segurança e coerência a grande transformação da civilização que ocorre nos últimos 200 anos. Os esclarecimentos e conclusões que vão se desenrolando ao longo da coluna, permitem uma visão abrangente dos sensíveis problemas históricos que foram se acumulando e que, de vez em quando, atingem pressão insustentável.

  16. Marcelo Gurgel
    Marcelo Gurgel

    Assustador

  17. João Choucair Gomes
    João Choucair Gomes

    Estupendo artigo, Gordon.

  18. Cassio Fernando França De Negri
    Cassio Fernando França De Negri

    QUE TRISTEZA. MAS INFELIZMENTE É EXATAMENTE ISSO. BRILHANTE O TEXTO!

    1. Expedito Aguiar Lopes
      Expedito Aguiar Lopes

      Texto fantástico e muito didático!

  19. Maria Weber
    Maria Weber

    Este Flávio é excepcional! Obrigada pela aula! Agradeço humildemente como judia também

    1. Ana Raquel Melo de Lima e costa
      Ana Raquel Melo de Lima e costa

      Primoroso texto. Muitas questões que ,em geral, nos, no Brasil,não tínhamos conhecimento.

  20. Alvaro Adolfo Teixeira Rocha
    Alvaro Adolfo Teixeira Rocha

    Excelente texto

  21. jacqueline ribeiro tavares
    jacqueline ribeiro tavares

    Flávio Gordon, como sempre perfeito !!!

Anterior:
Por que a esquerda apoia o massacre terrorista?
Próximo:
Amor e respeito para tempos doentios
Newsletter

Seja o primeiro a saber sobre notícias, acontecimentos e eventos semanais no seu e-mail.