Na segunda-feira 8, poucas horas antes do ato para lembrar o tumulto ocorrido no ano anterior em Brasília, o ministro Alexandre de Moraes mandou a Polícia Federal cumprir a 23ª fase da Operação Lesa Pátria. Foram executados 46 mandados de buscas e apreensões em 11 Estados e no Distrito Federal. Os nomes dos alvos e o material confiscado são secretos. Mas, segundo a Rede Globo, um homem foi preso na Bahia. O motivo: ele alugou um ônibus, por R$ 24 mil, para levar manifestantes a Brasília em janeiro de 2023.
Esse é o retrato da enorme operação montada há um ano no Supremo Tribunal Federal (STF) para descobrir quem financiou os protestos que terminaram em depredação na Praça dos Três Poderes. O nome da investigação é Lesa Pátria. Ela começou no dia 20 de janeiro, já prendeu 97 pessoas provisoriamente e não tem prazo para acabar. O que foi encontrado até agora? Nem os advogados nem o Ministério Público Federal sabem. Onde está a lista dos patrocinadores do golpe de Estado, conforme o consórcio formado por Lula e o STF celebrou nesta semana? Afinal, quem deu a ordem para iniciar a tal insurreição no país? Nenhum inquérito chegou a um comando central.
A rigor, a legislação é clara: se nenhum indício concreto foi encontrado, encaminha-se para o arquivamento da investigação. Mas não é o que acontece no Brasil de Lula e do Supremo Tribunal Federal. Dezenas de pessoas tiveram o sigilo bancário quebrado. Tampouco foi localizado um paiol de guerra, com armas ou militares dispostos a executar uma missão de tomada de poder — o que exigiria confronto armado com forças policiais.
As cifras apontadas pelos investigadores são outro ponto importante. Ao contrário dos R$ 15 bilhões desviados do Petrolão na Lava Jato, por exemplo, a Lesa Pátria fecha o cerco contra pessoas que alugaram ônibus a prazo.
A própria engrenagem da operação é caríssima. Não é preciso ser especialista em orçamento público para concluir, por exemplo, que só a movimentação de agentes da Polícia Federal pelo país, mais de 20 vezes em um ano, já custou muito mais do que o fretamento de ônibus por um grupo de pessoas anônimas. Lula ainda anunciou que vai erguer, ao custo de R$ 40 milhões, um Museu da Democracia — provavelmente, mais uma obra arquitetônica colossal e inútil em Brasília.
Somente um empresário de Londrina, no Paraná, foi denunciado formalmente pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como “financiador do golpe”. Pedro Luis Kurunczi desembolsou R$ 60 mil para fretar quatro ônibus, o que não é crime. O Ministério Público, contudo, afirma que há indícios de que ele “difundia ideias golpistas” nas redes sociais. Outra prova seria uma doação simbólica no valor de R$ 22 para a campanha de Jair Bolsonaro. Outras pessoas são investigadas por organizar “vaquinhas” para pagar banheiros químicos e comida.
A lista de crimes imputados é tamanha que pode terminar em condenação a 30 anos de prisão — associação criminosa armada, abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.
Obsessão pelo WhatsApp
A investigação sobre o 8 de janeiro consiste especialmente em vasculhar conversas em grupos de WhatsApp, como já ocorria na campanha eleitoral, com empresários que trocaram emojis e tiveram as contas retidas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
A principal linha da Polícia Federal é que havia um grupo batizado de “Festa da Selma”, usado para convocar “bolsonaristas” dispostos a uma batalha campal — embora não tenha sido encontrada nenhuma arma. O chamado dizia: “Selma não convidou crianças nem idosos, quer adultos dispostos a participarem de todas as brincadeiras, entre elas: tiro ao alvo, polícia e ladrão, dança da cadeira, dança dos índios, pega-pega, e outras”.
A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) também monitorou grupos e acampamentos em frente ao Quartel General do Exército. Os relatórios foram enviados para representantes dos órgãos de segurança do governo e do Distrito Federal, entre eles o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e o Ministério da Justiça. Ou nenhuma autoridade levou as mensagens a sério, ou houve omissão — mas isso nem a CPI no Congresso conseguiu provar por causa da blindagem feita pelo ministro Flávio Dino e seus auxiliares.
Segundo o diretor da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, num desses grupos nas redes sociais os auxiliares de Alexandre de Moraes encontraram “mensagens alucinadas” sobre um plano hollywoodiano para enforcá-lo em praça pública. Não se sabe quem escreveu essas postagens, quantas pessoas estariam envolvidas e se alguém será preso.
O golpe que ninguém viu
A semana foi marcada por discursos inflamados de Alexandre de Moraes e Lula. O ministro do STF rechaçou a possibilidade de “apaziguamento”, usou o termo “neutralizar” para falar de quem não apoia o atual regime e cobrou a censura nas redes sociais — que tem sido chamada de “regulação” pelo PT. Lula fez coro ao colega: defendeu a mordaça na internet e disse que não é possível afrouxar a polarização porque o “bolsonarismo” é uma ameaça permanente — em média, ele citou o antecessor em um a cada dois discursos desde que tomou posse.
“Hoje também é o momento de olharmos para o futuro e reafirmarmos a urgente necessidade de neutralização de um dos grandes perigos modernos à democracia: a instrumentalização das redes sociais pelo novo populismo digital extremista.”
(Alexandre de Moraes)
As falas caíram mal até em redações que hesitam em criticá-lo. O mais simbólico posicionamento foi do jornal Folha de S.Paulo, em editorial intitulado “Ataque à liberdade”, na quarta-feira 10. “Sem o comedimento que se espera de um magistrado, Alexandre de Moraes, também presidente do Tribunal Superior Eleitoral, usou seu discurso para defender em termos hiperbólicos o endurecimento da regulamentação da internet”, diz o texto.
O esforço do consórcio Lula-STF para manter aceso o discurso de golpe de Estado ocorre num momento em que indiscutivelmente a percepção da sociedade é outra. Cada vez mais, somam-se aos editoriais, por exemplo, manifestações da sociedade civil e de políticos experientes que jamais poderiam ser classificados como “bolsonaristas”. Por exemplo, os ex-ministros Aldo Rebelo e Ciro Gomes, que já trabalharam em governos do PT. Ambos criticaram o palanque da “Democracia Inabalada”, armado no dia 8 de janeiro. A equação, aliás, é muito simples: a ficção do golpe mantém viva a polarização, e Lula e STF estão do mesmo lado do corner.
“Faz bem à polarização atribuir ao antigo governo a tentativa de dar um golpe. Criou-se uma fantasia para legitimar esse sentimento que tem norteado a política nos últimos anos. É óbvio que aquela baderna foi um ato irresponsável e precisa de punição exemplar. Mas atribuir uma tentativa de golpe a aquele bando de baderneiros é uma desmoralização da instituição do golpe de Estado.”
(Aldo Rebelo, ex-ministro)
No próprio governo, causaram desconforto as declarações do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, segundo quem jamais houve insurreição — mas, sim, uma baderna facilmente enquadrada em crimes já previstos na legislação para destruição de patrimônio. Foi o que também mostrou uma pesquisa divulgada nesta semana pela Atlas Intel: menos de 20% (18,8%) dos entrevistados consideram que houve uma tentativa de ruptura do poder. Mais: para 43%, as punições impostas pelo STF aos envolvidos são exageradas — penas de 14 a 17 anos, superiores às de traficantes de drogas e homicidas.
Num país com 156 milhões de pessoas aptas para votar neste ano, é um sinal estatístico de que o discurso de Lula e dos integrantes do Supremo não colou. Talvez isso explique a obsessão pelo projeto de censura nas redes sociais. Em fevereiro, o consórcio de poder vai tentar novamente a votação no Congresso — no ano passado, a ideia naufragou.
Enquanto a censura não é oficializada, Alexandre de Moraes mantém sua Vara de Execuções particular no gabinete. No final do ano, em entrevista à Folha de S.Paulo, o repórter perguntou quando o inquérito-matriz das fake news (4.781) vai acabar. A investigação secreta vai completar cinco anos. O ministro que não quer saber de “apaziguamento” no país respondeu: “Ele vai ser concluído quando terminar”.
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Não existe democracia. Existe um poder (facção) comandando o que chamam de país. Democracia é uma palavra bonita no dicionário. O Brasil esta dominado por bandidos e o povo, se não agir, nunca terão liberdade desta elite socialista aristocrática.
Só se for Museu da DEMACROCIA.
Querem acabar com a direita porque nunca na história do país, tiveram uma oposição de peso e atuante como hoje. USA vem com Trump e o Brasil com a direita ostensivamente sem retorno !
mas a direita não é organizada, malévola como a esquerda, pq os conservadores trabalham e cuidam de suas famílias. Esquerdistas evitam trabalhar e procuram sempre um encosto que os sustente. quando universitários, entram nos diretórios academicos das universidades, enquanto alunos sérios vão estudar.
Teremos uma ditadura, mas será do bem e democrática, como sugerem os tiranos. Nossa chance são as eleições desse ano e 2026. Caso contrário, nossos filhos não vão viver em um país onde possam expressar suas idéias livremente.
Não temos chance. As urnas não são confiaveis e nunca foram! Ganha quem eles querem!
fuDeus
Estamos vivendo tempos sombrios, as orações para que Deus nos livre do mal não serão respondidas, Deus nos deu livre arbítrio pelos atos que venhamos a praticar, assim foi na Alemanha que pelo voto Hitler foi alçado ao poder. No Brasil metade dos eleitores votaram na esquerda, e a outra metade votaram na direita, todos os eleitores juntos, serão penalizados pelo o que está acontecendo.
Honestamente, nem sei o que comentar! Sinto uma tristeza imensa por ver meu querido Brasil mergulhado em tamanha podridão. Os poucos honestos e dignos se calam e, de degrau em degrau, estamos indo para um futuro sem volta!
O único golpe possível de ser identificado nos últimos anos é o do STF/TSE que se associou ao PT para tomar o poder.
Não conseguirão silenciar o povo honesto e trabalhador, pois seus discursos não convencem ninguém que esteja fora da bolha “progressista”.
Golpe real é o q nos foi imposto ao tirarem um ladrão da cadeia e o tornaram nosso presidente!
E com muita tristeza que vejo o meu país caminhando para o comunismo e a miséria, na minha opinião só Deus pode nos livrar desta situacao
Golpe, é ter no governo um comunista analfabeto que foi apoiado por um STF de advogados junto com uma imprensa vendida e nefasta.
EU QUERO PEDIR A DEUS QUE EU POSSA VER O FIM MELANCÓLICO QUE ESTE HOMEM CARECA TERÁ! UMA PESSOA LASTIMÁVEL, UM DITADORZINHO TUPINIQUIM, E O PACHECO UM BUND…O COM AQUELE SORRISO AMARELO DE QUEM NÃO ESTA NEM AI COM O BRASIL! ESPERO VER UM FIM DE ACORDO COM O QUE ESTÃO PLANTANDO HOJE !
Todo tempo do mundo não será suficiente para limpar todo o estrago e prejuízo causado pela atuação desse consórcio executivo-STF-midia. Com a eventual colaboração do congresso . Anos, décadas serão necessários para o país trilhar os caminhos do direito e da moralidade.
É a ditadura de toga a todo vapor!
Rodrigo Pacheco é uma vergonha para nós mineiros .
Essa quadrilha sabe que isso é falácia, estão fazendo essas alegorias para postergar o cinismo o máximo de tempo possível. Para criar narrativas. Inventaram até essa “lesa pátria”, querendo fazer paralelo com a operação lava jato que devolveu bilhões aos cofres públicos.
A mentira não se sustenta tanto tempo, vai chegar a hora que eles vão cair, e os injustiçados serão recompensados. Para isto não podemos desistir do Brasil, não podemos deixar na mão desta quadrilha. Resiliência.
O Brasil está caminhando para virar uma Venezuela, com o aparelhamento total do Estado e as diversas milícias existentes. Só falta o povo brasileiro começar a passar fome…
Uai, a gente não ia ganhar picanha? Tá só faltando o “nha”…
Esses ditadores terão o mesmo fim que todos os assemelhados costumam ter, e não será bonito.
Ao invés de ficar escutando conversa mole de bandidos e jumentos alienados pelo gramicismo, bota essa corja toda na cadeia
Veja como está sendo consolidada uma ditadura nesse país. Que conversa é essa de quem financiou? Qualquer brasileiro tem o direito de protestar e tem o direito de colaborar com o protesto de quem quiser. Quem financiou os ônibus, com certeza, foi pego de surpresa pela armação que a cada dia fica mais evidente pra maioria dos brasileiros, que foi uma armação deste desgoverno. Portanto, querer criminalizar a livre manifestação, sob o argumento falacioso de que foram organizadas as badernas, é mais um crime de abuso de autoridade e contra a Constituição.
Como brasileiro não tenho a menor dúvida de quem planejou o 8 de Janeiro!
eu também não, foi o que ganhou o prêmio de ser o novo chefe da stasi…mas agora fico só na torcida esperando pra ver a briga, afinal não tem espaço para dois ditadores num mesmo stf…X deve estar preocupado kkk
Parabéns Silvio ainda temos jornalistas que honram a profissão.. Esse Consórcio que tanto mal faz ao país é formado por tiranos. Lula não foi eleito pelo povo e sim pelas sacrossantas urnas do TSE. Precisam dessas narrativas para impor a DITADURA, visando calar quem pensa diferente e q não apoia um corrupto, um governo irresponsável. na PR. O STF já é uma Instituição desmoralizada, infelizmente, graças a um colegiado ativista político, que tem apoio do covarde e omisso Rodrigo Pacheco, que tem a ferramenta para colocar esses cretinos no seu devido lugar, ou seja FORA DA VIDA PÚBLICA., mas nada faz.