A Folha apareceu com um psicanalista dizendo que a ideia de “não desistir nunca” é fascista. Uma notícia dessas faz pensar.
Faz pensar, em primeiro lugar, nos que não desistem nunca de ler a Folha. Eles não podem ser chamados de fascistas por causa disso. Como classificar os que nunca desistem de ler a Folha? Distraídos? Despistados? Desavisados?
Não importa. Cada um lê o que quiser. Cada um acredita no que quiser. Cada um se distrai como bem entender. Cada um se hipnotiza com o que lhe aprouver. Cada um é livre para cair no conto do vigário do jeito que quiser, na hora que bem entender.
Voltando ao mérito da questão: o que diria Sigmund Freud dessa notícia? Segundo Freud, a relação entre a não desistência e o fascismo é diretamente proporcional à falta do que fazer, diz o leitor. À luz da psicanálise, a falta do que fazer é diretamente proporcional a uma pia entupida de louça para lavar, dizem especialistas. E a interpretação dos sonhos deixa claro que a relação entre o fascismo e a cara de pau está na origem das melhores intenções de Benito Mussolini, dizem os astrólogos.
Faça o que diz o psicanalista da Folha: nunca desista de desistir. Deixe de ser fascista
Já a relação entre a filosofia de botequim e o samba-enredo da imprensa falida está no cerne da psicanálise de beira de estrada. Nunca desista dos seus sonhos fascistas de mudar o mundo filosofando no acostamento. Se um vira-lata corre atrás de um carro passando a 100 quilômetros por hora, você também pode correr atrás do sonho de chamar a atenção do mundo disparando abobrinhas bombásticas por aí. E, se as suas abobrinhas forem tóxicas, não se preocupe: você está protegido pelo código de defesa do consumidor nazifascista, segundo o qual o freguês tem sempre razão quando passa desta para melhor.
Faça o que diz o psicanalista da Folha: nunca desista de desistir. Deixe de ser fascista. É a sua chance de fazer sucesso com os heróis da desistência. Conquiste sua credencial definitiva para o universo dessa gente glamurosa, cheirosa e ociosa. O mundo é dos inúteis. Só o tédio salva.
Minta como se não houvesse amanhã. Se houver, dobre a mentira. A perna é curta, mas o nariz é longo. Se pegar mal, à noite o telejornal conserta. Como diria Sartre numa mensagem de WhatsApp para Freud, “fake news são os outros”.
Leia também “Mal-entendido cívico”
Excelente texto, como sempre, diz o leitor.
Show de bola, Fiuza! Ironia com humor e colocando o suposto Psicanista Fake News no seu devido lugar! O que se podia esperar desse tablóide comprometido com a desinformação! Parabéns Fiuza, sou teu fã. Abraços
FIUZA EXCELENTE ANALISE !!!!!
AMEI ” A RELAÇÃO ENTRE A FILOSOFIA DE BOTEQUIM E O SAMBA ENREDO DA IMPRENSA FALIDA” – NUNCA DESISTA DE DESISTIR POIS O MUNDO ATUAL É DOS INUTEIS!!!
LEIA-SE FOLHALIXO, GLOBOLIXO, VELHAIMPRENSALIXO – A NÃO DESISTENCIA E O FACISMO É DIRETAMENTE PROPORCIONAL.
E COMO DESCONHECEM HISTORIA ATÉ CHAMARAM O BOLSONARO DE FACISTA.
Ler a folha e associados e sintonizar a Globo são tarefas fazem sangrar a mente. Tomar ciência de nossa situação e cauterizar essa feridas, mas dói.
Como sempre , excelente texto. Parabéns.
Estava saudosa de ler você Fiuza ! Benvindo vc e seus textos certeiros no fígado dos crápulas !
Boooooooaaaaaa! Salvador Dali iria processar tudo e a todos pelo copismo de suas deformações idílicas.
Kkkkkkk Fake news são os outros!
Grande análise, Fiúza.
Estava com muita saudade de você!
Fiuza só quem entende você é a inteligência artificial
Então Fiuzza, peço a você e a todo jornalismo da Revista Oeste para que insistam em RECUPERAR velhos colegas que hoje pertencem ao CONSORCIO, para que bradem com veemência a urgente implantação do aprimoramento das URNAS ELETRÔNICAS com o VOTO IMPRESSO, como muitos fizeram no passado, para termos a TRANSPARÊNCIA do nosso voto ao votarmos, e a certeza que haverá AUDITORIA e se necessária a RECONTAGEM DOS VOTOS, como acontece em grandes democracias. Só assim, evitaremos futuras insatisfações com os resultados para termos certeza se a maioria do povo é esquerdista, socialista, comunista ou centrodireitista. Creio que para isso não é necessário ser lulista, bolsonarista ou jurista, basta ser honesto e enxergar a realidade da “democracia brasileira”, e os horrores que estamos atravessando. Aos 78 anos nunca vi coisa igual.
Fiuza, como sempre, perfeito!
Brilhantemente hilário!