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Braguinha desfilou como homenageado da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, no ano de inauguração do Sambódromo da Marquês de Sapucaí, em 1984 | Foto: Reprodução
Edição 203

Imagem da Semana: folia de 1984 no Rio

A inauguração do Sambódromo da Marquês de Sapucaí foi marcante para o Carnaval carioca e para o compositor Braguinha

Daniela Giorno
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Há 40 anos foi inaugurada a avenida famosa mundialmente por sediar o Desfile das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, o Sambódromo da Marquês de Sapucaí. O Sambódromo foi projetado por Oscar Niemeyer e construído em apenas 120 dias, durante a primeira gestão de Leonel Brizola no governo fluminense.

Em 1984, pela primeira vez, as principais escolas de samba do Rio foram divididas em dois dias de desfiles, sendo sete apresentações por dia. A Estação Primeira de Mangueira foi a sétima escola a desfilar e a campeã naquele ano com o enredo Yes, Nós Temos Braguinha.

Construção do Sambódromo da Marquês de Sapucaí, em 1984 | Foto: Acervo Museu Nacional

No final da década de 1930, Carlos Alberto Ferreira Braga, mais conhecido como Braguinha, havia se tornado uma figura de destaque na cultura popular brasileira. Compôs inúmeros sucessos, como o inesquecível Carinhoso (em 1937, com Pixinguinha) e Sonhos Azuis (em 1936, com Alberto Ribeiro). Ele ganhou destaque no que foi considerada a época de ouro das canções carnavalescas conhecidas como marchinhas. Três de suas marchas tornaram-se grandes clássicos e são executadas até hoje: Pastorinhas (com Noel Rosa), Touradas em Madri e Yes, Nós Temos Bananas (com Alberto Ribeiro). A influência de seu trabalho estendeu-se aos movimentos musicais inovadores da Bossa Nova e Tropicalista, das décadas de 1950 e 1960.

O compositor Braguinha desfilando como homenageado da escola de samba Mangueira, no ano de inauguração do Sambódromo da Marquês de Sapucaí | Foto: Reprodução

O trabalho de Braguinha vai além da música. Ele foi fundamental na adaptação de desenhos animados e canções infantis norte-americanas ao gosto brasileiro. Entre outros, ele reformulou contos e produções da Disney, como Os Três Porquinhos, para o português e foi um dos responsáveis pela dublagem brasileira de Branca de Neve e os Sete Anões.

Braguinha nasceu em 1907 numa família de classe média — seu pai era gerente de fábrica —, no bairro do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro. Adotou o nome artístico João de Barro, para que seu mergulho na vida boêmia de músico não “manchasse” o status de sua família.


Daniela Giorno é diretora de arte de Oeste e, a cada edição, seleciona uma imagem relevante na semana. São fotografias esteticamente interessantes, clássicas ou que simplesmente merecem ser vistas, revistas ou conhecidas.

Leia também “Um funeral em Teerã”

1 comentário
  1. jorge alves
    jorge alves

    Chegou o carnaval e com ele vem junto mais uma PANDEMIA aguardem seus MERCENÁRIOS irão levar o dinheiro pro INFERNO pra gastar ao lado do sujo com TRI_DENTE e tudo mais rssss

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