A inadimplência das pessoas físicas volta a dar sinais de aumento. Segundo uma projeção elaborada pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado de Consumo (Ibevar-FIA), em fevereiro a taxa de inadimplência deve ficar entre 5,32% e 6,07%.
Para Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar e professor da FIA Business School, essa taxa tenderá a ser próxima da faixa mais alta. “Considerando-se o aumento de atrasos (recursos livres) observado, é razoável esperar uma taxa de inadimplência entre a média (5,69%) e o limite superior (6,07%) do intervalo estimado para o mês de fevereiro de 2024”, diz o economista.
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O BNDES contra-ataca
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, defendeu dobrar o tamanho do banco para cerca de 2% do produto interno bruto (PIB).
Mercadante disse que o objetivo é a volta do banco aos patamares do primeiro governo Fernando Henrique Cardoso (FHC).
Para o presidente do BNDES, essa expansão deverá ocorrer junto com o mercado de capitais e o setor privado.
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Luiza Trajano otimista…
Segundo a presidente do Conselho do Magazine Luiza, Luiza Trajano, a varejista deverá ter o melhor quarto trimestre dos últimos dois anos.
O mercado está esperando que o Magalu volte a dar lucro no final de 2023, depois de vários trimestres amargando prejuízos.
…mas varejo registra queda em dezembro
O varejo brasileiro voltou a cair em dezembro. O volume de vendas do comércio varejista registrou uma contração de 1,3% em relação a novembro, na série com ajustes sazonais. A média móvel trimestral foi de 0,6%.
No comércio varejista ampliado (que inclui veículos, motos, partes e peças, material de construção e atacado especializado em produtos alimentícios, bebidas e fumo), o volume de vendas caiu 1,1% em dezembro, na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral apresentou variação de -0,2%.
Na série sem ajuste sazonal, em comparação a dezembro de 2022, o comércio varejista apresentou crescimento de 1,3%, acumulando expansão de 1,7% em 2023.
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Renner na mira dos gringos
A BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, aumentou sua participação acionária na Lojas Renner, chegando a 15,028% do total do capital da varejista.
As ações da varejista de moda estão sendo negociadas no mesmo patamar da era Dilma Rousseff. Entretanto, o mercado está dividido sobre a capacidade da Renner de recuperar a rentabilidade.
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Menos milho e mais trigo
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) atualizou suas previsões sobre a safra 2023/24. Prevê uma queda na produção de soja e de milho, mas uma alta na de trigo.
A produção de soja foi prevista em 149,4 milhões de toneladas, ante 155,27 milhões de toneladas estimadas em janeiro (-3,8%).
As previsões para a primeira e a segunda safra de milho também foram podadas. A produção total do cereal deveria estar em 113,7 milhões de toneladas, ante 117,6 milhões na previsão anterior.
Na comparação com o recorde da temporada passada, a queda é ainda maior: de 13,8%, com a área plantada caindo 8,2%, para 20,4 milhões de hectares, em meio a preços mais baixos do cereal.
O trigo, por sua vez, deve voltar a subir. A safra estimada deste ano está em 10,2 milhões de toneladas, ante 8 milhões de toneladas na temporada passada, quando chuvas excessivas afetaram a qualidade do produto. A subida é de 26%.
Para a Conab, a colheita total de grãos na safra 2023/24 deve chegar a 299,8 milhões de toneladas. Está abaixo dos 306,4 milhões estimados em janeiro, com uma queda de 6,3% em relação ao volume obtido na safra passada.
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A briga pela Gafisa
A disputa pelo controle da construtora Gafisa continua sem tréguas. A assembleia dos acionistas da empresa rejeitou o pedido da gestora Esh Capital de suspensão dos direitos políticos de veículos de investimento supostamente ligados a Nelson Tanure na companhia.
Essa foi a segunda tentativa da gestora de tirar o empresário do comando da empresa.
Segundo a Esh, Tanure deveria lançar uma oferta pública de aquisição (OPA) pelas ações da Gafisa na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) depois de alcançar uma participação direta e indireta acima de 30% na companhia, como previsto em seu estatuto.
Segundo a gestora, o empresário possui hoje uma fatia de mais de 40% da Gafisa. Mas o controle estaria oculto em veículos sob gestão da Planner Corretora, da Trustee DTVM e do Banco Master.
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Negócio da China para a Petrobras
A Petrobras está negociando com petroleiras da China, da Índia e do Oriente Médio para trabalhar conjuntamente em projetos de energia.
O diretor-presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, também declarou que a empresa está interessada em atuar com a Venezuela.
O executivo quer discutir com os parceiros internacionais a reforma e modernização das refinarias brasileiras, projetos em petroquímica, fertilizantes e transição energética.
A Petrobras também está procurando trabalhar com o Catar em projetos de gás natural liquefeito (GNL), possivelmente na África Ocidental ou no Brasil.
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Safra compra a Guide
O Banco Safra comprou a Guide Investimentos, corretora com cerca de R$ 20 bilhões em ativos sob custódia. O valor da transação não foi divulgado e ainda dependerá do aval dos órgãos regulatórios.
A Guide era controlada desde 2018 pelo grupo chinês Fosun. O mercado estava especulando uma possível venda para o BTG Pactual. A venda, no entanto, não se concretizou.
De acordo com o Safra, o objetivo da aquisição é “acelerar o crescimento da Guide em todas as áreas de atuação”, que incluem assessoria de investimento, corretora e wealth e asset management.
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Balança comercial recorde em janeiro
A balança comercial brasileira registrou um superávit comercial recorde em janeiro: chegou a US$ 6,527 bilhões.
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o valor foi resultado de exportações de US$ 27,016 bilhões e importações de US$ 20,49 bilhões.
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o resultado de janeiro de 2024 foi recorde para o mês na série histórica, iniciada em 1989, em saldo, exportação e corrente de comércio.
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Open finance será uma guerra. E empresas brasileiras estão na vanguarda
Em 2024, o open finance brasileiro se tornou o maior do mundo. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), foram concedidas mais de 42 milhões de autorizações para compartilhar informações de clientes de diferentes instituições, com aval do Banco Central.
As empresas brasileiras estão ganhando experiência nesse novo ambiente de negócios, começando uma expansão internacional que poderia exportar o modelo de open finance brasileiro para o resto do mundo.
É o caso da Finansystech, fintech que opera como plataforma modular de open finance para inserir no mercado empresas com mais dificuldade de acesso a tecnologia.
O próprio Banco Central prevê, porém, que o open finance desencadeará uma “guerra concorrencial”, pois vai acabar com a necessidade de ter diferentes aplicativos de bancos instalados nos celulares.
O open finance será uma revolução na vida de milhões de pessoas, que poderão ter acesso ao crédito simplesmente por meio da troca de informações, mesmo sem ter carteira de trabalho assinada ou histórico bancário.
Confira os melhores trechos da entrevista com Danillo Branco, CEO da Finansystech.
O open finance no Brasil está muito avançado, mas segundo o presidente do Banco Central, Campos Neto, será uma guerra. Por quê?
Campos Neto tem razão. Vai gerar um aumento da concorrência entre os bancos. Mas isso faz parte do progresso tecnológico. Não faz mais sentido ter tantos aplicativos no telefone. No futuro, com um superapp que provavelmente o próprio Banco Central vai elaborar, teremos apenas uma porta de entrada para todos os nossos serviços bancários. Independentemente de onde temos a conta, pois os dados serão compartilhados.
Como está o open finance do Brasil em comparação ao resto do mundo?
O Brasil já está na dianteira até na questão de abrangência de produtos e serviços de open finance em nível mundial. Não existe nenhum sistema de open finance que tenha um conjunto parecido de estruturas e produtos. No Reino Unido o escopo é restrito, mesmo tendo sido implementado há um bom tempo. No Brasil fomos audaciosos: estamos já com renda fixa, conta-poupança, dados cadastrais, cartão de crédito, Pix, que é a frente de pagamentos. Em breve teremos também concessão de crédito. Tudo isso encaminha o Brasil para ser cada vez mais o ecossistema [bancário] mais avançado do planeta.
O que muda para os cidadãos?
Muda a vida financeira como um todo. Por exemplo, considere um trabalhador informal. Hoje ele basicamente não teria acesso a crédito, pois não há informações ou histórico bancário que as instituições de crédito poderiam analisar para fazer uma avaliação. Com o compartilhamento de informações dentro do open finance — como pagamento de contas de luz, água, gás, boletos etc. —, será possível saber quanto essa pessoa está gastando, se ela paga em dia suas contas, qual é o nível real de renda dela. E, com base nisso, oferecer crédito e juros adequados. É uma revolução que vai mudar a vida de milhões de brasileiros que não têm crédito.
Tudo mérito do Banco Central?
Sim, e não somente dessa gestão, mas das anteriores também. O Banco Central do Brasil iniciou há anos um processo de inovação e introdução de tecnologias para melhorar a vida dos cidadãos. Em geral, as inovações bancárias são tradicionais no Brasil, a exemplo do Sistema de Pagamentos do Banco Central (SPB), DOC, TED, Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), Pix, e agora o open finance. O legado do presidente Campos Neto é a Agenda #BC, que não é uma agenda para os bancos, é uma agenda para os brasileiros.
Existe um risco de vazamento de dados?
A possibilidade de vazamento de dados dentro do ecossistema do open finance é nula. A troca de chaves, de identidade, a garantia de que a informação transite de um lado para o outro de forma segura… é tudo extrema e rigorosamente monitorado. O risco é zero. O vazamento é ligado a rotinas não seguras das pessoas, como escrever senhas em lugares onde são facilmente localizáveis. Mas não tem nada a ver com o sistema do open finance. O Banco Central faz inspeções muito duras, auditorias semestrais. Por isso, sobre essa questão, é possível estarmos razoavelmente tranquilos.
O Brasil poderia exportar essa tecnologia? A Finansystech está olhando para fora do país?
Sim, estamos operando em outros setores fora do Brasil. Temos clientes no Chile e iniciamos projetos na Colômbia e no México, onde o open finance está começando. Um grande sonho seria trocar nossos dados de forma segura entre todos esses países por meio do open finance. Não é uma grande realidade no Brasil, mas muitos colombianos migram para o Chile, e eles enfrentam muita dificuldade para ter conta-corrente e crédito. Com uma troca de dados entre países por meio do open finance, de forma segura, dentro de protocolo, seria possível melhorar a vida dessas pessoas também.
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Da Petrobrás e do BNDES, com esta quadrilha atualmente no poder, espera-se tudo, menos avanço,
O PRESIDENTE do BNDS o MERCADANTE não sabe nem as quatro operações MATEMATICAS está no lugar errado novamente e todos sabem porque está lá……..