A final do campeonato de futebol americano se tornou muito mais do que um simples evento esportivo de uma modalidade seguida apenas nos Estados Unidos. O Super Bowl conseguiu se transformar em um dos maiores shows do planeta.
O futebol americano, nesse caso, é apenas um contorno. Em termos de audiência, mais de 126 milhões de pessoas assistiram ao evento.
Segundos que valem milhões. De dólares
Andy Warhol dizia que no futuro todos seriam mundialmente famosos por 15 minutos. Com o público do Super Bowl, são suficientes apenas alguns segundos.
Não por acaso, esses instantes acabam valendo milhões de dólares. No ano passado, um comercial de 30 segundos custou entre US$ 6 milhões e US$ 7 milhões. Só com a venda de patrocínios, o canal Fox conseguiu garantir cerca de US$ 600 milhões.
Neste ano a CBS/Paramount, rede que transmitiu o evento, anunciou que os espaços de propaganda esgotaram rapidamente. Até o craque argentino Lionel Messi foi contratado para “atuar” em uma propaganda da cerveja Michelob Ultra. Tempo do anúncio: 1 minuto e 1 segundo. Cachê: US$ 10 milhões.
Super Bowl mais caro de todos
Além dos preços dos comerciais, os valores dos ingressos chegaram a variar de US$ 10 mil a US$ 12 mil (mais de R$ 50 mil). As tarifas aéreas para chegar ao estado de Nevada vindo de Kansas City e São Francisco aumentaram 50%. Muita gente preferiu ir ao local jogo de jatinho. Mais de mil aeronaves particulares pousaram no aeroporto mais próximo ao estádio, segundo o rastreador de aviões WingX.
Os preços dos hotéis também bateram recordes. Segundo a Federação Nacional dos Varejistas (NRF, na sigla em inglês) americana, o volume de negócios ligados ao Super Bowl em 2023 superou US$ 17 bilhões. Cerca de 80% desse montante é utilizado para comprar alimentos.
Segundo o Conselho Nacional de Frango (NCC, na sigla em inglês), será consumido, em média, mais de 1,45 bilhão de asas de frango durante a partida em todo o país. Se colocados lado a lado, esses pedaços de carne equivaleriam ao triplo da extensão da linha do Equador.
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Briga das aéreas
A Justiça dos Estados Unidos acatou parcialmente a ação iniciada pela Gol contra a Latam, sua maior concorrente no mercado aéreo brasileiro.
A investigação visa a apurar se a Latam estaria violando as leis de falência dos Estados Unidos, numa tentativa de se aproveitar da atual situação da Gol, que pediu recuperação judicial em janeiro. A Latam quis contratar os pilotos da Gol, adquirir suas aeronaves, e teria desestimulado agentes de viagem a reservar voos com a concorrente.
Para o juiz do caso, é “absurdo” acreditar que foi mera coincidência a Latam ter iniciado suas abordagens aos pilotos da Gol no dia seguinte ao pedido de recuperação judicial.
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Negócio das Arábias
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, se reuniu com representantes de empresas petrolíferas do Kuwait. Não foram divulgados o objetivo das reuniões nem o teor das possíveis parcerias envolvendo empresas do país do Oriente Médio.
Especula-se que o encontro esteja relacionado ao setor tradicional de atuação da petrolífera brasileira, a exploração e produção de óleo e gás, ou ao segmento de petroquímica, áreas em que a diretoria de Prates já afirmou querer expandir a atuação.
No final de 2023, Prates se encontrou com autoridades da Arábia Saudita e anunciou o lançamento da Petrobras Arábia, empresa especialmente dedicada ao mercado de fertilizantes, que contará com a abertura de fábricas tanto no Golfo Pérsico quanto no Brasil.
Petrobras quer a refinaria dos árabes
Prates também se declarou convencido de que vai firmar um acordo com o fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos, o Mubadala, sobre a Refinaria Landulpho Alves (RLAM), em Mataripe (BA), até o fim de junho.
Prates disse que quer “finalizar a nova configuração societária e operacional ainda neste primeiro semestre de 2024”. Em bom português, a Petrobras quer voltar ao passado e mandar na refinaria adquirindo parte do capital.
A RLAM foi privatizada pela Petrobras durante o governo Jair Bolsonaro por US$ 1,65 bilhão, como parte da estratégia de desinvestimento na estatal petrolífera, que na época tinha assinado um acordo junto ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para ceder à iniciativa privada metade da sua capacidade de refino.
A RLAM representa cerca de 10% da capacidade de refino do Brasil.
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Renda fixa, paixão brasileira
O número de investidores brasileiros que possuem ativos em renda fixa alcançou 17 milhões de pessoas em 2023. Segundo a Bolsa de Valores de São Paulo (B3), isso significa um aumento de 15% no número de investidores desse tipo. O valor sob custódia aumentou 30% no período, passando de R$ 1,64 trilhão para R$ 2,1 trilhões.
Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) e Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) foram os grandes campeões de preferência dos investidores, aumentando 51% e 56% no período, respectivamente.
Adeus, B3
Já o número total de investidores brasileiros cadastrados na B3 caiu 1,9% em 2023 em relação ao ano anterior, o primeiro registro de queda em sete anos.
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O ano do franchising
Se tem um setor que comemorou 2023 foi o de franchising. Segundo dados da Associação Brasileira de Franchising (ABF), o crescimento foi de 13,8% no ano passado em comparação com o ano anterior, faturando mais de R$ 240 bilhões.
O número de operações chegou a 195.862 unidades, alta de 7,8%. Por sua vez, o número de redes saltou 7,6%, encerrando 2023 com 3.311 franquias.
Segundo os dados da ABF, a Cacau Show é a maior rede de franquias do Brasil, com 4.216 pontos instalados e crescimento de 10,7% em relação a 2022. Em segundo colocado está O Boticário e, em terceiro, o McDonald’s.
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O americano sabe fazer evento e gerar riqueza ao país. Já a quadrilha petista, que voltou a cena do crime, segue avançando seu projeto de poder de saquear novamente a Petrobrás. Negócio com Kuwait? Fábrica de fertilizantes? É a história se repetindo…
Já pensou se o IBGE daqui fosse lá
*Revista Oeste – Edição 204* *Parabéns e não abandonem o Brasil* Carlo Cauti estrangeiro com CORAÇÃO brasileiro. Abraços