Quais deveriam ser as prioridades da Petrobras? Vender a polêmica Refinaria Abreu e Lima, cujas obras faraônicas se tornaram alvo da Operação Lava Jato e causaram perdas enormes aos cofres públicos? Repassar dividendos a acionistas que investiram seu patrimônio na empresa? Desfazer-se de ativos que dão prejuízo, como a fábrica de fertilizantes Unigel? Qualquer uma dessas repostas poderia estar certa. Mas a real preocupação da estatal neste momento é outra. Desde a volta do presidente Lula ao Palácio do Planalto, a Petrobras tem priorizado o refino do caldo ideológico de extrema esquerda em vez do petróleo que, de fato, rende lucro à companhia.
A crise de imagem da Petrobras já é negativa sob os holofotes — a companhia perdeu R$ 50 bilhões em valor de mercado por declarações atabalhoadas de Lula. Mas a situação nos bastidores também preocupa. O caso mais recente da falta de rumo da estatal é a comemoração do Dia Internacional das Mulheres. Para celebrar a data, a direção da empresa chamou a professora Marcia Tiburi para fazer uma palestra dirigida aos funcionários da estatal na cidade do Rio de Janeiro (RJ) — e um contrato semelhante não sai por menos de R$ 30 mil. Autodenominada filósofa, Marcia é notória por enxergar certa lógica em assaltos e conceber a “Teoria do Poder Anal”.
Os que compareceram à cerimônia testemunharam Marcia falando de tudo, menos de petróleo. A docente discorreu sobre gênero, binariedade, heteronormatividade, estereótipo de gênero, identidade de gênero e “heterossexualidade compulsória”. Em determinado momento, depois de perguntar aos servidores quem se enxergava como homem ou mulher, explicou que, por muitos anos, a sociedade se dividiu assim. Mas que agora essa dualidade já está “ultrapassada”. “Vocês podem ficar superconfortáveis se, amanhã, já não estiverem mais tão bem situados nesse lugar aí onde hoje estão acreditando viver, no caso, homem e mulher”, disse Marcia à plateia confusa com o palavrório.
“Basicamente, nós somos o sintoma dessa tremenda confusão histórica”, observou a professora esquerdista. “Então, nos assumimos como ‘homens e mulheres’, que são horizontes construídos, naturalizados, e entramos num jogo de linguagem que nos faz sê-los, por meio da família, da Igreja e do Estado.” Marcia explicou adiante os conceitos de pessoas trans e não binárias, as quais não se encaixariam na nomenclatura-padrão dos gêneros. Este último grupo, porém, ao não se sentir bem com o idioma tradicional, adere à linguagem neutra. A docente disse que o dialeto é “totalmente viável”. Em linhas gerais, trata-se de um escape da chamada “heteronormatividade”, tida como antagonista.
Marcia foi candidata ao governo do RJ pelo PT em 2018 (ficou em sétimo lugar). A escolha por palestrantes com perfil de esquerda se repetiu nesta quinta-feira, 21, com a presença do senador Beto Fato (PT-PA) em um evento sobre exploração na Margem Equatorial do Brasil. A região geográfica em discussão se estende da foz do Rio Oiapoque ao litoral norte do Rio Grande do Norte, abrangendo as bacias hidrográficas da foz do Rio Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Bacia Potiguar. Quadro histórico do PT no Pará, Faro se tornou líder de seu partido no Senado há poucas semanas. O congressista foi integrante da tropa de choque de Lula na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs da Amazônia — ao fim da CPI, o senador apresentou um extenso relatório paralelo em defesa do terceiro setor.
Suco de identitarismo
O absurdo da agenda identitária de Marcia ou a opção da Petrobras por palestrantes ligados ao PT são apenas a camada mais superficial de um problema ainda maior que tem incomodado servidores, sobretudo os mais experientes. Com o retorno de Lula e a dança das cadeiras na companhia, funcionários têm se queixado da falta de palestras mais técnicas, do excesso de comemorações desnecessárias e da necessidade de projetos menos ideológicos.
Em 29 de janeiro, a estatal promoveu um seminário para comemorar o “Dia Nacional da Visibilidade Trans”, cujo tema foi “Desafios e conquistas na trajetória da pessoa trans na Petrobras”. O evento, que registrou relatos da vida pessoal de empregados LGBT+ da estatal, tratou ainda de um programa de saúde exclusivo da empresa voltado para pessoas do movimento de esquerda. Aproveitou para recomendar filmes e séries sobre essa temática, como Bixa Travesti, de Linn da Quebrada; Alice Junior, que conta a distopia de uma adolescente trans; e Uma Mulher Fantástica, na qual uma trans dá a volta por cima depois da morte do namorado e do “preconceito” de gente da família.
No lugar de “homem hora”, um termo técnico que mensura o rendimento médio mensal de uma pessoa, recomenda-se usar “humano hora”
As comemorações, contudo, não param por aí. Novembro de 2023 se tornou o mês no qual a companhia promoveu cinco palestras sobre a Consciência Negra. Uma das exposições debateu “saúde mental e racismo institucional”. Outra analisou a “descolonização de saberes — mulheres negras na ciência”. Por fim, a Petrobras submeteu seus empregados a lives para orientá-los acerca da importância do “combate ao racismo e à interseccionalidade” e “antirracismo na prática”. Houve, ainda, celebrações do Dia da Mulher Negra, do Mês do Orgulho Gay, e a inauguração de uma tal “Jornada Cultural de Diversidade”.
‘Todos, todas e todes’
Além desse suco identitário que o alto escalão da Petrobras faz descer goela abaixo dos funcionários, cresce o clima policialesco em determinados departamentos por mudanças até na forma de falar. Em 21 de setembro do ano passado, a estatal aprovou uma “Política de Diversidade, Equidade e Inclusão”, a fim de reforçar o “compromisso da empresa no avanço da promoção da diversidade e inclusão”. Entre outras propostas, a medida estabeleceu a criação de “comitês e grupos de afinidade”. Esses colegiados compostos de funcionários da própria estatal visam a promover a “acessibilidade, o combate à discriminação e ao assédio”.
Em um canal de comunicação interno criado no escopo dessas mudanças, um funcionário ensina os demais a falar de forma “inclusiva”. O servidor é orientado por meio de uma lista com “termos neutros correspondentes”. Nos bastidores, há quem ache essa inserção forçada. Existe o medo de, em um eventual descumprimento, haver punições, como afastamento, advertência ou um processo na Justiça, por suposto preconceito contra a identidade de gênero do sujeito. “Nos sentimos de mãos atadas”, disse um servidor.
Em outro espaço, chamado Canal Integridade, uma funcionária põe um “informativo” redigido pelos membros do Comitê de Diversidade com “orientações neutras”. No lugar de “homem hora”, um termo técnico que mensura o rendimento médio mensal de uma pessoa, recomenda-se usar “humano hora”. “A utilização de um termo neutro gera um impacto positivo e promove o princípio da igualdade”, escreveu uma servidora membro do tal comitê, ao avisar aos demais participantes do grupo que a ordem deve ser seguida pelas demais áreas da estatal.
Ex-senador petista pelo Rio Grande do Norte, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, aderiu à linguagem neutra em um recado interno enviado a servidores. Ao publicar uma foto do edifício-sede da estatal iluminado com as cores do arco-íris, Prates escreveu: “No mês do orgulho LGBT+, a Petrobras celebra a nossa diversidade. Temos o orgulho de ser quem somos. E temos mais orgulho ainda em sermos uma Petrobras para todas, todos e todes”. Comentários negativos não faltaram.
‘Povos originários e ciganos’
Além disso, a Petrobras pôs à disposição da classe artística, historicamente ligada à esquerda, cerca de R$ 250 milhões. O valor é destinado ao programa Seleção Petrobras Cultural — Novos Eixos, voltado para “patrocínios de projetos culturais”. Durante a inauguração da medida, repleta de apoiadores do presidente Lula, a atriz da Rede Globo Leandra Leal abriu o evento falando em linguagem neutra. “Quero cumprimentar todos, todas e todes”, disse. Prates, que falou pouco depois, endossou a fala de Leandra ao saudar os convidados com o “todes” e comemorar os futuros projetos que valorizam “as pessoas negras, povos originários, ciganos, LGBTs e deficientes”. “A energia é para todes”, discursou Prates. Servidores experientes da estatal comentam nos bastidores que a Petrobras foi acometida por um “cancro ideológico” prestes a se tornar metástase.
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Dá nojo
Para os que votaram no PT, que fizeram o “L”, taí o resultado. Parabéns.
PRIVATIZAÇÃO JÁ!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Enquanto isso as ações caem…
A imbecilidade tomou conta da Petrobrás.
Que tristeza, chamar esse ser de professora. Coitado dos alunos.
A Petrobras em continuar nesse ritmo, vai acabar virando uma PDVSA. Pesquisa e produção que é seu foco, nada. É mais salutar para essa quadrilha, que voltou a cena do crime para dar continuidade as maracutaias de altrorado, é produzir a desconstrução da gramática portuguesa e orientações de cunho ideológico binário.
A Petrobrás só tem jeito sendo privatizada. Da forma como está, fica a mercê de políticos corruptos como os atuais.
A Petrobrás possui cerca de 300 mil colaboradores.
Destes, 100 mil são concursados e 200 mil são cotas de políticos, padrinhos e outros protegidos pelo sistema.
O SINDIPETRO, ligado à CUT e PT controla toda essa população conforme as demandas do sistema.
O que se espera de uma empresa são produtos de qualidade pelo menor preço possível. Se são produzidos por brancos, negros, asiáticos, gays, lésbicas pouco me importa.
O câncer recidivou.
Maioria dos petroleiros é petista, então agora aguenta.
Tudo isso não passa de desculpas de implementar projetos inúteis com coisas inúteis para roubar e superfaturar dinheiro… Coisa boa… Estatais o câncer do Brasil…
Li a reportagem. Agora, é tomar meu Rivotril e um antiácido
Queria ver essa cambada do “Consorcio do Nordeste”, administrar aquela Petrobras quebrada de 2016, que tomou os recursos dos investidores minoritários que capitalizaram a empresa em 2010, para entregar aos corruptos que dirigiam a nação desde 2003. Vale lembrar que, tanto o atual presidente como o diretor financeiro foram dirigentes desse Consorcio do Nordeste quando desviaram mais de R$50 milhões para compra de respiradores nunca entregues.
Infelizmente faltou-nos o VOTO IMPRESSO, para ao menos termos certeza que nosso pais merece essa gente, mas, o que mais preocupa é o silencio da INSTITUIÇÃO ate recentemente mais respeitada pela população brasileira na defesa da Lei, da Ordem e dos costumes da sociedade brasileira.
Fui acionista da Petrobras por mais de 30 anos até o inicio deste desgoverno, que encontrou a empresa saneada e prospera reconstruída desde Temer até Bolsonaro. A esperança é que tenhamos o VOTO IMPRESSO em 2026 para voltarmos a SANEAR nossas empresas devastadas por essa gente inútil.
É a PETRO+, funcionando para acelerar com todes as formas energia os prejuízos de seus acionistas.
Esse governo é uma tragédia. Em breve a Petrobras será transformada em lixo.
Os funcionários tinham que protestar, estão intimidando e praticamente obrigando os funcionários a aceitarem essas aberrações. Jogando dinheiro fora, ao invés de investir em cursos para aprimoramento pessoal.
Agenda ‘woke’ ou LGBT,não vão resolver qualquer problema que a Petrobras vive nesse momento, perdeu valor de.mercado e tornou-se mais uma vez terreno fácil para corrupção, cabide de empregos e péssima gestão. PT sempre aposta em tudo que não dá certo, Márcia Tiburi com sua doutrina de ‘Hegemonia anal’ só contribuiu para a decadência dessa empresa que foi próspera no governo anterior.
A reportagem mostra que a Petrobras está sendo transformada em laboratório para a imposição de uma ditadura totalitária, nos moldes de distopias como “1984” e “Admirável mundo novo”, a ser, no devido tempo, estendida a toda a sociedade. É um horror que vai muito além das roubalheiras a que a empresa foi submetida nas encarnações anteriores do poder petista.
Meu Deus! O próximo plano estratégico da empresa virá com o título: “Como transformar uma empresa de sucesso, lucrativa e líder em tecnologia num lixo ideológico!”