“O que você faria se fosse a pessoa mais rica do mundo?”, perguntou a reportagem de capa da edição 110 de Oeste, publicada em 29 de fevereiro de 2022. “Provavelmente trocaria a roupa social e o escritório por trajes de banho em alguma praia exótica e isolada. O inquieto magnata Elon Musk, dono de mais de R$ 1 trilhão, optou por mexer em um vespeiro: comprar o Twitter.”
Intitulado “O voo da liberdade”, o texto assinado por Cristyan Costa e Dagomir Marquezi tratava dos motivos que levaram o empresário a adquirir a rede social. Antes de Elon Musk, seguidores de determinados usuários sumiam de repente, e contas eram suspensas ou canceladas por motivos políticos.
Um dos exemplos mais marcantes dessa parcialidade ocorreu com o ex-presidente norte-americano Donald Trump, que na época estava proibido de usar sua conta na rede social. “Enquanto isso, um tirano como Nicolás Maduro tem 4 milhões de seguidores sem nenhum problema”, destacava o texto.
A hipótese mais provável para a aquisição de uma rede social que dava prejuízo era a de que Musk realmente é um idealista. “Estaria usando sua fortuna para lutar pela sobrevivência da humanidade em Marte. E garantindo a liberdade de expressão por aqui mesmo.”
Musk voltou à capa de Oeste em 16 de dezembro de 2022, quando a edição 143, também assinada por Dagomir Marquezi, mostrou como funcionava a censura no Twitter antes da chegada de Musk. O conteúdo dessa caixa-preta e seus mecanismos foram batizados de Twitter Files.
Na semana passada, foi divulgada parte do conteúdo do Twitter Files Brasil. E Musk volta à capa de Oeste. Como explica Silvio Navarro, os documentos provam que, durante as eleições de 2022, uma série de perfis de políticos, jornalistas e influenciadores que não apoiavam a volta de Lula ao poder foi censurada. “A ordem partiu do TSE, uma extensão do STF que funciona a cada dois anos, chefiado por Alexandre de Moraes em 2022”, conta Navarro. “O que revelou Elon Musk? Que o ministro monitorava essas pessoas e mandou silenciá-las.” Pior: Moraes tentou camuflar a censura, pedindo às plataformas que assumissem a autoria do bloqueio.
A grande maioria dos veículos de comunicação ignorou o assunto. Até que, no fim da tarde de sábado, Elon Musk entrou em cena: “Por que vocês estão exigindo tanta censura no Brasil?”, perguntou o empresário ao comentar num tuíte do próprio Alexandre de Moraes. Como observa J.R. Guzzo no artigo de capa desta edição, Moraes já foi chamado de ditador umas 500 vezes. “Mas agora quem está falando é Elon Musk”, observa Guzzo. “Quem está ouvindo é o mundo. Faz toda a diferença.”
Em 2022, ao comprar a rede social, Musk tuitou: “The bird is free [‘O passarinho se libertou‘]”. É preciso que continue livre. Ele e o Brasil.
Boa leitura.
Branca Nunes
Diretora de Redação
Os dias desse ditador mai carater , cedo ou tarde chegara ao fim.
Vamos a leitura.
Elon Misk escancarou o que no Brasil estava sendo camuflado e parecia não haver saída! Esperamos que seja o início de finalmente a justiça humana coincidir com a justiça divina!
Edição impecável.
Parabéns, Branca, pelo seu trabalho e de toda equipe.
Uma das melhores coisas que aconteceu no mundo foi a aparição de Elon Musk no mundo
Excelente capa. Parabéns!