Oliver Stone fez um filme sobre Lula dizendo que ele é corajoso porque luta pela paz. A diplomacia de Lula manifestou “profunda consternação” com a morte do presidente do Irã, para quem a violência não era problema, era método — inclusive terceirizado. Os terroristas do Hamas também ficaram consternados. O mesmo Hamas que agradeceu publicamente o apoio de Lula. Como se vê, a paz de Oliver Stone não é para amadores.
Mas convicção é tudo. Oliver Stone é admirador de outros grandes pacifistas, como Nicolás Maduro — que, como todos sabem, é uma flor de pessoa. O que ele faz com seus opositores é questão de foro íntimo e ninguém tem nada com isso. As multidões de venezuelanos que fogem há anos do seu país devem ter algum problema com as flores. Lula disse que a Venezuela chavista tem excesso de democracia. Oliver Stone era fã de Hugo Chávez, o criador da floricultura venezuelana. Veja que a paz está por toda parte.
Às vezes a paz machuca. Às vezes a paz explode. Às vezes a paz trapaceia. Às vezes a paz massacra. Irã, Venezuela, Nicarágua, Angola… A cara feia da paz não dá filme. Nem aplauso de claque em festival. Nada de botar uma coisa dessas na tela, que não fica nem bem. Vai que alguém resolve tentar fazer isso em casa?
A paz de Oliver Stone contém o silêncio de todos os massacrados que não têm despachante em Hollywood. Contém o drama dos sem-dramaturgia. Contém a asfixia das vítimas da propaganda enganosa. A paz de Oliver Stone contém o charme irresistível da defesa dos povos imaginários, o segredo mal guardado e desconcertante do desinteresse pelas pessoas reais, a mistificação da solidariedade em causa própria.
Aplausos de pé para a encenação impecável (ou quase). O Oscar da Paz vai para o Nobel de Efeitos Especiais, ou vice-versa. Tanto faz. Se liga na hipnose. Quem rir primeiro perde. Quem ri por último ri pior. Tá rindo de quê?
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Muitos $$ foram liberados para mais um incompetentemente!
Com certeza teve propina envolvida.
Não esperava nada de pior desse péssimo diretor sobre um péssimo e indigno “presidente”.
Um pouco atrasado pude consumir minhas gotas semanais de provocação inteligente, artigo muito raro nos editoriais e materias na imprensa brasileira.
Gostei, Fiuza. “Oliver Stone, asfixia de uma propaganda enganosa”. Eu diria uma peça publicitária montada com endereço de local e CEP. Não passa de uma flor de plástico, um kitsch ideológico bem claro.
Pau nas urêa Fiuza
A enganação é a principal estratégia dessa turma, sem ela o regime não prospera.
Grande Fiuza. Sempre grande. Cada dia melhor.
Grande Fiuza. Lembrei-me daquela propaganda que virou meme: “corte rápido… tramontina”. Valeu.
Esse mistificador oportunista não enganou o saudoso Paulo Francis, que sacou as intenções do sujeito. O filme dele sobre o “JFK, a Verdade Que Não Quer Calar” diz tudo.
Hollywood é a Globo lixo em escala ampliada, cinematográfica…