Se é que alguma vez já esteve no rumo certo, poucas vezes o Brasil avançou com tanta rapidez pelo caminho errado quanto agora. Pior: o piloto não tem a menor ideia sobre como encontrar a rota correta.
A menos de dois anos do fim do mandato, um Lula atarantado vê o preço dos alimentos disparar, o apoio no Congresso diminuir e aumentar sua subordinação aos ministros do STF. Para evitar o naufrágio, o presidente achou que bastaria levar um marqueteiro para dentro do Palácio do Planalto.
Como mostra a reportagem de Silvio Navarro, não deu certo. Três casos bastam para resumir o fiasco. Foi Sidônio Palmeira quem sugeriu, por exemplo, escalar o cinquentão Lindbergh Farias para responder ao vídeo em que o jovem Nikolas Ferreira explica didaticamente o real objetivo do governo com o monitoramento do Pix. Nikolas teve cerca de 300 milhões de visualizações. A audiência conseguida por Lindbergh só confirmou o raquitismo político do protagonista.
Também foi de Sidônio a ideia de imitar Trump com a criação do boné que virou meme, além da entrevista coletiva para jornalistas amigos em que o presidente jurou que o país vai bem — embora vá muito mal.
Como constata J.R. Guzzo, Lula, o PT e Alexandre de Moraes “são o resultado, e não a causa, da miséria moral, da brutalidade e do bloco de más intenções que são o corpo, a alma e o cérebro da vida política nacional de hoje”. Seu oxigênio, explica Guzzo, “é a ignorância sistêmica da população — vítima de um dos piores sistemas de educação pública do mundo”. Onde entra a ignorância sai a consciência. Simples assim.
Essa decadência moral pôde ser contemplada na vitória de Hugo Motta e Davi Alcolumbre na disputa pelo comando da Câmara e do Senado — embora essa tenha sido, ressalva Guzzo, a “única opção que fazia sentido político para a oposição”.
A mudança na cúpula do Legislativo melhorou o ânimo dos presos do 8 de janeiro. No melhor estilo dos líderes do centrão, ambos não disseram nem dirão se aprovam ou rejeitam a anistia. Mas o histórico dos dois eleitos mostra que nenhum deles vai contrariar a reivindicação caso cresça nas ruas e no plenário a pressão para que se decrete a ideia. O fato é que “anistia já” se transformou na principal bandeira dos partidos de oposição ao regime Lula-STF, como salienta a reportagem de capa desta edição.
Ao mesmo tempo que se recusa a anistiar brasileiros que não cometeram crime algum, o governo segue engordando o programa Bolsa Ditadura. Entre os quase 40 mil premiados com boladas milionárias, há assassinos, sequestradores, ladrões e pilantras oportunistas. Por serem de esquerda, todos foram perdoados. Os presos do 8 de janeiro esperam apenas que seja cumprida a lei. E que os juízes respeitem a Constituição.
Boa leitura.
Branca Nunes,
Diretora de Redação
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Ô descondenado Lula critica o Trump por desejar interferir em Gaza.
No entanto nunca criticou o Irã por transformar a região em um campo de terrorismo.
O Irã que gastou bilhões em túneis e armas ao invés do bem estar dos palestinos.
Com certeza a a atuação americana será mais produtiva na área.
Muito bem meus caros NUNES! De Pai para a Filha como nos velhos e bons tempos idos! Honradez, disciplina, respeito e boa escrita.
Aqui na Brasilândia da balbúrdia são só tragédias. Porque infelizmente o povo é sim ignorante. Uns tantos menos foram cooptados pelo sistema, tiveram uma lavagem cerebral feita na base educacional que entrou universidade adentro e não há nada que mude isso.
Não há outra saída que não a cobrança das ruas. Esperar que desse mato do Congresso saia coisa boa é esperar sentado por muitas décadas, séculos, gerações.
Vamos lá começar a destrinchar esta edição.
Obrigado aos NUNES!