O Alto Comissariado da Gestão da Covid em São Paulo, um agrupamento de médicos geralmente empregados no serviço público, burocratas diversos e especialistas em marketing, é um caso raro na história gerencial do Brasil: quanto maior é o seu fracasso na tarefa que foi encarregado de executar, maior é o seu poder junto ao governador do Estado — ou seja, quanto mais gente morre, mais eles querem mandar, no governo e na vida dos cidadãos. Os comissários, que operam sob o nome oficial de “Centro de Contingência”, estão governando cada vez mais no lugar do governador. Começaram como subordinados, passaram a ser autônomos e hoje estão no comando.
Isso não acontece só em São Paulo. Ao contrário, é mais ou menos a regra na maioria dos Estados brasileiros, onde os governadores e os secretários de áreas não ligadas diretamente à saúde foram largamente substituídos em sua autoridade legal por comitês de “gestores de covid”: assinam os decretos e o resto da papelada, mas estão indo a reboque das decisões tomadas por médicos, sanitaristas, técnicos e todos os que se apresentam hoje sob a denominação genérica de “cientistas”. São Paulo se destaca apenas porque é o Estado que tem mais mortos e infectados, e pelo fato de ser também o mais populoso. Os “gestores”, em São Paulo, estão especialmente agitados.
Não é que os governadores estejam proibidos de mandar. Dar ordens, oficialmente, eles até que podem; mas não têm mais força para ir contra as decisões que lhes são levadas pela polícia sanitária que montaram ao seu redor. Para não fazer o papel de quem recua no combate à pandemia, acabam aceitando e aprovando as medidas cada vez mais radicais propostas pelos especialistas-cientistas — e, como frequentemente acontece nesse tipo de organização, a ala extremista está no controle da maior parte dos grupos de administração da epidemia. Aos governadores, como o de São Paulo, resta assinar os decretos e receber elogios por sua “coragem” por parte do comissário-chefe. É aquele tipo de elogio que deixa mal o elogiado — no caso, ele é louvado pela coragem de fazer o que lhe dizem para ser feito. É isso, e só isso.
Não poderia haver sinal mais claro desse descontrole na ordem natural — e legal — das coisas do que a atitude da cúpula do “Centro de Contingência” de São Paulo diante do desastre que o Estado vive no momento, por causa da covid e das medidas que estão sendo tomadas para lidar com ela. O comitê dá a impressão, a cada dia, de estar mais e mais à beira de um ataque de nervos. Os integrantes do grupo não são políticos de ofício nem foram eleitos para nada; ignoram, assim, o livrinho de regras básico de quem tem de governar alguma coisa. O resultado é que, diante da adversidade formada à sua volta, reagem exatamente ao contrário do que se espera de um governante: põem a culpa do problema nos governados. Já culparam a “falta de um plano nacional”, a “postura do governo federal” etc. etc. Agora, sobrou para o povo em geral.
“Não estamos satisfeitos com o resultado obtido”, avisou o coordenador-executivo do Centro de Contingência paulista. Ele se referia ao fato de que não houve melhora nenhuma na situação depois que São Paulo adotou, dias atrás, a “fase emergencial”, a mais extremada de todas as que foram tentadas até agora com o propósito de proibir a circulação do vírus. Que melhora ele esperava, se continua aplicando as mesmas medidas que vêm dando errado até agora? O coordenador-executivo e os seus colegas querem, como na definição clássica da inutilidade, chegar a resultados diferentes recorrendo aos mesmos métodos. Pretendem alcançar o sucesso fazendo as mesmas coisas que os levaram ao fracasso; não pode dar certo. Como não conseguem, e não vão admitir nunca que estão equivocados, têm de dar alguma explicação. A última explicação que acharam é esta: “A culpa é da população de São Paulo. Nós estamos certos, quem está errado é o povo”.
Os “gestores”, no caso, acham que a população não está obedecendo direito às suas ordens — e, se não “colaborar mais”, será punida com medidas ainda mais “duras e dramáticas”, segundo adverte o chefe do grupo. Dizem, à sua volta, que “milhares de pessoas estão morrendo” e que a repressão às liberdades públicas e aos direitos individuais irá “até o Natal”. É um despropósito: como uma autoridade pública vem culpar as vítimas pelas mortes que a pandemia causou? Como os cidadãos podem ser ameaçados em função de algo que não fizeram? O governador João Doria, que é político e entende as obrigações básicas de um político, dificilmente diria uma coisa dessas. Mas aí é que está: o gestor-chefe da covid diz, e é considerado um grande sujeito no governo do Estado.
Mas o que, na prática, a população de São Paulo estaria fazendo de tão errado para ser ameaçada desse jeito? Aparentemente, o motivo principal do desagrado do coordenador é que há gente demais no metrô; na sua opinião deveria haver menos. Ninguém, ao que se saiba, toma o metrô para passear. Todos, ali, têm a necessidade absoluta de trabalhar para se manterem vivos; não podem fazer home office, como recomendam os cientistas do “Fique em casa”. Além do mais, se não se amontoarem no transporte público para ir ao trabalho, como é que se vai fazer o delivery para os doutores do comitê? Como vai haver comida nos supermercados e remédios nas farmácias? Quem vai resolver a falta de luz e o vazamento do gás? Quem vai cuidar da água — fria e quente? Infelizmente, para fazer tudo isso, e um milhão de coisas a mais, é indispensável que milhões de pessoas trabalhem todos os dias e, com isso, desagradem o coordenador-executivo do Centro de Contingência. É a velha história. Para a empregada doméstica, trabalho; para o patrão e a patroa, home office.
O Alto Comissariado age como se São Paulo fosse um grande hospital
Circulam diariamente no sistema de metrô e trens metropolitanos de São Paulo perto de 8 milhões de pessoas, na capital e na área em sua volta; não existe nenhuma possibilidade física de manter o “distanciamento social” num negócio desses, nem aqui nem em lugar nenhum do mundo — coisa que, aliás, deveria estar clara para cientistas. O que o Comissariado da Covid está querendo não faz nenhum nexo. “Esperávamos que após uma semana de fase vermelha (ou ‘emergencial’) tivéssemos mais cumprimento das recomendações, que não tivéssemos mais aglomerações, sobretudo no transporte coletivo”, disse o gerente do grupo. Ou seja: as mortes se multiplicam por culpa das pessoas que não cumprem as “recomendações” do governo e usam o transporte público para ir ao trabalho. Há pior. Os gestores da covid escalonaram os horários do metrô e dos ônibus. Pensaram: se houver menos metrô e menos ônibus em circulação, haverá menos gente dentro, certo? Errado, é claro — a única coisa que aconteceu é que houve o mesmo número de gente para um número inferior de ônibus e de composições de metrô. Resultado: aglomeração dentro e fora. Na visão dos comissários, o povo viaja amontoado e de pé porque gosta — ou porque não sabe obedecer às ordens do governo.
É isso mesmo que se pode esperar, na verdade, de um agrupamento como esse que o governo de São Paulo montou para administrar a epidemia. Nunca na vida, pelas experiências que tiveram, seus integrantes precisaram pensar em coisas como direitos constitucionais, garantias para o cidadão, liberdades públicas ou cumprimento da lei. Não é esse o seu mundo — como não faz parte do seu mundo, hoje, qualquer coisa que não diga respeito à covid. Milhões de empregos perdidos? Falências? Vidas arruinadas? Sua resposta automática para tudo isso é: “Salvar vidas é mais importante”. Nunca lhes ocorreu, até hoje, que é indispensável salvar, ao mesmo tempo, a vida de quem pega a doença e a de quem não pega; uma e outra valem por igual. Os comissários não são ditadores por vocação, nem pessoas de má índole. São médicos. Constituição, economia, trabalho? “Essas coisas não são com a gente”, acham todos eles. “Não podemos ficar pensando nisso se quisermos fazer o nosso trabalho.” Estão convencidos de que têm questões mais importantes a tratar.
Os gestores da covid em São Paulo, no fundo, acham muito natural que você tenha o mesmo estilo de vida que eles têm — como é natural que um médico de regime, por exemplo, escolha o que o cliente deve comer. Podem ter as melhores intenções, mas não são feitos para governar, da mesma forma que nenhuma ocupação profissional qualifica alguém para o trabalho de governo — a começar pelos militares, como tanto se sabe e se repete. Se com militar não dá certo, então por que daria certo com médico? O Alto Comissariado age como se São Paulo fosse um grande hospital, onde o médico resolve e o paciente obedece — para o seu próprio bem. Mas São Paulo não é um hospital. É um território onde vivem 45 milhões de pessoas; a imensa maioria não é de funcionários públicos, nem de executivos com salário garantido. Seu trabalho é sempre “presencial”, como se diz hoje. Seus filhos têm de ir à escola. Sua renda depende de comparecerem ao serviço. Não podem ficar “em casa”.
Nada disso existe para os médicos-gestores de São Paulo. Por suas próprias palavras, como deixou claro o coordenador-executivo, o trabalho é nocivo ao isolamento; no momento, está fazendo muito mal ao Centro de Convergência. O resumo dessa ópera é que as autoridades paulistas perderam a confiança no público — esse público que não obedece direito às instruções que recebe e não colabora como deveria colaborar. Neste momento, segundo os repetidos manifestos do comitê central de administração da pandemia — e dos altos funcionários que passaram a se formar em sua volta —, a população paulista, positivamente, não está à altura do governo e dos seus colaboradores.
É uma comprovação do estado de desordem mental em que se encontra o combate à covid em São Paulo a ideia, realmente extraordinária, de que os paulistas estão morrendo não por causa de um vírus que o governo não consegue controlar com medidas repressivas, e sim porque não cumprem as ordens do Centro de Contingência. Os gestores se queixam de que não há mais leitos de UTI suficientes — e, na mesma frase, acusam os cidadãos pela situação de “extrema gravidade” na qual o Estado se vê envolvido. Não há leitos nas UTIs porque as autoridades fracassaram na tarefa de providenciar leitos nas UTIs. O que a população tem a ver com a administração do sistema público de hospitais? Sua única culpa é ficar doente. A realidade é que o “Fique em casa” deu errado — é o que mostram os números e os fatos, expostos nas próprias entrevistas de quem foi incumbido de combater a epidemia. Não foram capazes, até hoje, de apresentar nenhum argumento sério para negar o seu fracasso. Não adianta, aí, assumir um ar indignado contra a “irresponsabilidade” e botar a culpa nos mortos e feridos.
Todo o desmanche psicológico que afeta hoje as autoridades do Estado de São Paulo foi ilustrado, de forma quase cômica, pela secretária de Desenvolvimento Econômico. Numa entrevista à Jovem Pan — uma das poucas ou a única emissora de rádio do Brasil em que se pode ouvir hoje alguma pergunta que incomode os gestores da covid —, o jornalista Paulo Figueiredo indagou: “A senhora continua recebendo o seu salário?”. Essa é, no fundo, a grande divisão da história toda: de um lado, os que continuam ganhando, e não precisam comparecer ao local de trabalho; e do outro, os que não estão ganhando nada, porque perderam o emprego ou fecharam o seu negócio. A secretária ficou muda. Tudo o que disse e repetiu, exaltada, foi: “As pessoas estão morrendo!”. Poderia muito bem ter respondido: “Sim, continuo recebendo porque continuo trabalhando”. Mas não. Entrou em transe, não respondeu nada e pareceu desorientada. Foi triste.
Tudo isso é muito simples. Por isso é preciso complicar tudo.
Leia também “Sociedade esperta, população estúpida”
A imprensa “mainstream” se especializou em escrever tolices. Se compararmos a situação de 5 países europeus, cujas populações somadas equivalem a do Brasil, veremos que a situação do Brasil é muito melhor , em todos os parâmetros. Dados de 2 de abril passado do Worldometers.
1- Número de habitantes.
Brasil: 212.559.417
Reino Unido – França – Itália – Holanda – Letônia (RUFIHL): 212.642.418
2- Número de contaminados comunicados.
Brasil: 12.753.258
RUFIHL: 13.963.022 (9,49% maior)
3- Número de mortos.
Brasil: 321.886
RUFIHL: 350.723 (8,96% maior)
4- Números de doentes recuperados.
Brasil: 11.169.937 (87,6% dos casos comunicados)
RUFIHL: 11.163.089 (79,94% dos casos comunicados
A média global é de 80,61% dos casos comunicados. África e Ásia derrubam a média global.
De qualquer forma com os dados globais de casos comunicados, mortes, casos ativos e índice de criticismo de casos, obtemos os seguintes dados, que podemos considerar conclusivos:
O índice médio de casos leves e moderados é de 99,6%.
O índice médio de casos sérios e críticos é de 0,4%.
Se, de todos os casos comunicados no Brasil, o grupo sério-crítico tivesse uma evolução 100% letal, dentro dos 0,4% relatado pela média mundial, o Brasil deveria ter tido 51.013 óbitos. Como temos 321.886 óbitos, podemos debitar a espantosa soma de 270.873 óbitos aos procedimentos oriundos das autoridades sanitárias: lockdowns que provocaram um excesso de contaminação (dados americanos sugerem que 88% das contaminações ocorreram em casa), transportes coletivos apinhados com horários concentrados, proibição de transporte particular, orientação hospitalar para transformar mortes de “paciente com covid” para “morte por covid”, abandono de pacientes graves em corredores, ensacamento como morto, em saco contaminado, de pessoa viva, proibição de banhos de sol que aumentaria o índice de vitamina D por períodos que seriam vitais para a saúde popular e ameaças a médicos do serviço público que não queriam colocar em risco seus CRMs.
À afirmação ” Não há leitos nas UTIs porque as autoridades fracassaram na tarefa de providenciar leitos nas UTIs.”, faltou ponderar se temos médicos intensivistas em quantidade suficiente para atender à demanda dos pacientes nas UTIs que vierem a ser criadas. É possível treinar novos médicos intensivistas, no curto prazo, para exercerem seu ofício de forma minimamente adequada?
Hoje fui informado que o marido de uma amiga faleceu de covid, a história se repete, padrão Mandetta, passou mal, foi na UPA, mandaram vir em três dias para fazer o exame, depois três dias para o resultado, depois uma receita de paracetamol, e depois aguardar vaga na UTI, enfim, hoje foi enterrado.
I
Tudo isso sendo chancelado pela “grande mídia”, que endossa as tentativas para derrubar o Presidente Bolsonaro tudo em prol de sua própria sobrevivência, pois como estamos vendo está descendo ladeira abaixo, sem falar os políticos que estão na fase de abstinência por falta do dinheiro sujo da corrupção, de não ter o loteamento dos ministérios, da falta de conluio com as grandes empreiteiras e de estarem longe das estatais.
Excelente análise.. Parabéns pela verdadeira aula sobre essa bobagem do “fica casa”..
Perfeito! Quem sabe o Ditadória vai ler esse artigo em sua viagem de descanso para Miami e sentir que está sendo humilhado pelos seus comandados! Incompetentes comandados por um maníaco egocêntrico e frustrado.
Só faltou desenhar, agora alguém tem que ler para os 11 do STF.
Acabei de ouvir uma palestra explicando tudo o que eu perguntava . O Dr. Clóvis Arns da Cunha. Presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia . SBI
O médico faz um JURAMENTO de salvar vidas, certo? E faz isto receitando remédios, certo? Como é que se proíbe um médico de receitar? Quem tem esse poder? O médico é obrigado a obedecer?????É obrigado a fazer perjúrio? E deixar uma pessoa morrer por falta de tratamento precoce? Responda-me quem puder. Estou muito confusa.
Estou sempre lembrando: aumentar o número de ônibus circulantes evita concentração, mas dá prejuízo aos empresários que financiam campanhas de governadores e prefeitos. Por isso não ocorre! Financiam até Juiz! Olha barata aí! Pisa Gilmar, pisa!
Parabéns mestre Guzzo – sempre abrangente e cirúrgico na argumentação.
É fato mais que constatado que a aglomeração é um dos fatores de contágio e precisa ser evitada. O lockdown em curso, burróide, não resolve nada, muito pelo contrário. Estamos na contramão da solução. Evitar aglomerações significa que devemos diluir as pessoas, estender os horários de funcionamento de tudo – shoppings, restaurantes, bares etc e não restringir. Toque de recolher à noite, pois de dia o vírus está dormindo e de noite ele sai pra “tomar uma”- pode? São uns idiotas. Vamos colocar mais ônibus, metro e trens, inclusive com fiscais para garantir o distanciamento. Aumentar o funcionamento de horários das empresas, trabalhando em turnos a fim de desconcentrar a população. Liberar as praias e ambulantes que precisam trabalhar diariamente. Vamos fiscalizar e restringir os pancadões. Existe lockdown nas favelas e periferias? Olhem pro RJ – olhem pra SP. Qual é o dirigente que está trabalhando nesse sentido? Por que uma coisa tão óbvia e realmente eficaz, não é posta em prática? Estão preocupados com a “vida”?. Me engana que eu gosto.
Só quero lembrar uma coisa, que me parece o senhor meio que esqueceu ao longo do seu artigo, artigo muito bom por sinal! Sim, existe um comitê de gestão, mas existe um governador que é o chefe desse comitê, e não está de mãos atadas não, ele é o articulador de tudo isso!!!!! Essa é minha opinião!!!!!
Mestre Guzzo,
Mais um brilhante artigo. Os “Comitês de Gestão de Covid”, composto em sua maioria por profissionais ligados à saúde, são os sovietes do século 21. Não possuem em sua composição gente como perfil de Administração Pública. Quando muito administraram algum Hospital, ou foram Secretários de Saúde, um microcosmo comparado à realidade econômica e social dos municípios e estados. Só pode dar errado, e tivemos um ano para que a torrente de fatos ruins batesse na cara de todos, menos destes “novos gestores”.
Me lembra uma ótima história, que seria bem divertida se não fosse verdade, onde em um país um gestor definiu que os pardais eram responsáveis pela diminuição da produção agrícola, pois comiam os grãos e frutos. Determinou que era necessário o extermínio deste entrave, e assim foi feito. A consequência desta insanidade é que os insetos, que eram comidos pelos pássaros (que foram erradicados em uma “canetada”), ficaram sem predadores naturais e se reproduziram de maneira desenfreada. Muitas lavouras foram perdidas, e milhões de pessoas pereceram de fome.
A economia dos pequenos comerciantes, profissionais liberais e todos que não dependem de salário do estado são os pardais em risco de extinção. O país pode morrer de fome em decisões insanas dos novos sovietes.
Parabéns Guzzo pela sua clareza na matéria, admiro muito o seu trabalho. Gostaria de saber onde estão os hospitais de campanha em São Paulo do ano passado….o estádio do Pacaembú que foi desativado antes das eleições….por que o Centro de Contingência não se antecipou no último trimestre do ano, quando tivemos uma queda no número de mortes,e aumentou o número de leitos da UTI ??? A culpa é do povo paulista que trabalha e acorda cedo !! E a verba do Governo Federal, o que foi feito ? Aumentaram o número de ônibus e de trens para evitar aglomeração ??? E o IPVA e o IPTU vão baixar, ou isentar os trabalhadores que perderam o emprego ??? Como paulista e brasileiro sigo tentando fazer o meu trabalho e ajudar o próximo dentro do possível….só gostaria de pedir para os nossos deputados e vereadores nos representarem !!!
Perfeito Guzzo. Somos vítimas de uma incompetência sem tamanho, isso tudo só deixa evidente o despreparo e incompetência dos nossos gestores dentro e fora de uma pandemia. Lamentável.
Parabéns já virou lugar comum de seus artigos!
Mestre Guzzo, excelente artigo, desnecessário comentar o que penso para não ser repetitivo aos dos demais leitores. Ofereça-nos sempre a informação que os tradicionais meios de comunicação omitem.
Muito bom seu artigo Sr J R Guzzo, como sempre. Da minha parte já perdi a paciência com a extrema incompetência de todos esses gestores. Já chegaram ao limite aceitável e pelas consequências de suas iniciativas já deveriam ter sido objeto de severas punições cada um na sua especialidade por seu respectivo Conselho Profissional, ou então por qualquer outro órgão credenciado. Mas acaba tudo ficando por isso mesmo a respeito das “ autoridades públicas “ na iniciativa privada já estariam todos na rua.
Excelente artigo.
Conduta certa:
1. Idosos e grupos de risco em casa. Sem “jeitinhos” e, se necessário, governo ajuda financeira ou assistencial – via médicos da família.
2. Idade produtiva produzindo. Com todos os cuidados( máscaras, distanciamento, alcoolgel, etc).
3. Estudantes – de todos os níveis – para a escola. Imediatamente.
4. Criar o Comitê Nacional de Vacinação – existe consenso em relação a vacina – que cuide da logística e vacine o máximo no menor tempo.
1ª Medida do comitê : Vacinar os professores.
2ª Medida do comitê : Agilizar a vinda das vacinas já encomendadas – mais de 500 milhões de doses. Mais do que suficientes para debelar a pandemia, mas precisam chegar ao braço dos brasileiros.
Há que se refletir: as vacinas (todas) ainda são EXPERIMENTAIS ! Ainda não sabemos os efeitos colaterais delas! Como fazer então? QUEM se responsabilizará pelas consequências dos efeitos negativos das vacinações?
Excelente
“é indispensável salvar, ao mesmo tempo, a vida de quem pega a doença e a de quem não pega; uma e outra valem por igual.” BRILHANTE!!! VAMOS ESTAMPAR ESSA MAGISTRAL FRASE NUMA FAIXA GIGANTE E A COLOCAR EM VÁRIOS PONTOS DO TRAJETO DO DITADOR ESTADUAL???
Hitler culpou o povo alemão pela derrota na guerra.
Sempre penso que, se todos tivessem ficado em casa, lá no início da pandemia (mas todos mesmo! Trabalhadores de farmácias e supermercados incluídos), essa quarentena de um ano não teria durado três semanas.
Simples; renunciem… preferimos o prefeito de São Lourenço/MG.
Brilhante, Mestre Guzzo, como sempre !
Parabéns !
Necrópsia perfeita do tal comitê e também do (des)governo Dória.
Parabéns Guzzo, um farol nessa escuridão que se tornou a administração publica, especialmente em SP.
Artigo perfeito!
Tiranetes !
O final do artigo é minha parte favorita: “Por isso é preciso complicar tudo”. É exatamente isso. A forma simplista como esses técnicos enxergam toda a situação é o que tem nos conduzido ao abismo. São incapazes de fazer ponderações para além da doença e do lema (salvar vidas). Por isso, não elegemos técnicos, mas sim políticos que, em tese, têm capacidade de compreender a complexidade das relações humanas.
Como dizia um certo ministro da educação, “tem que botar esses vagabundos na cadeia, a começar pelo STF”, que deu a governadores e prefeitos a varinha de condão que, afinal, só serviu para fazer uma coisa sumir, e não foi o vírus Covi-19, mas foi sim o dinheiro que o governo federal mandou pra eles !! De novo: VAGABUNDOS !!
Esses médicos que estão a frente desse centro de continência podem até ser competentes nas suas especialidades, mas não sabem nada de epidemiologia. Não existe isso de mandar a pessoa ficar em casa e ponto. O paciente deve ser visto como um todo incluindo seu núcleo familiar e a moradia em que habita. Milhões de brasileiros vivem em aglomerações nas suas próprias casas, em condições insalubres, ou seja , a casa dessas pessoas nem é o lugar mais seguro para elas. Parece que eles só querem varrer a sujeira para baixo do tapete para que não seja vista, mesmo continuando ali.
Bravo, mestre Guzzo! Melhor análise que li sobre o manicômio de corruptos autoritários que dirige São Paulo desde o início da pandemia.
Dória governa de maneira soviética: um conselho tecnocrata guia tudo, classifica o que é essencial, diz o que é permitido às pessoas fazer; os direitos e liberdades individuais são secundários; hipóteses divergentes não são apenas recusadas, mas censuradas – é possível uma evolução dialética das idéias?
Mais lúcido impossível. Claro que o problema é mais complexa do que o Guzzo fala (e ele sabe disto certamente). Eu gostaria muito que o Sr. JR Guzzo comentasse algum dia desses sobre a “morosidade” da vacinação… É outro engodo que a imprensa tenta convencer TODOS os brasileiros. É só colocar as notícias num cronograma para ver que não é bem assim. Além disto, não é só no Brasil que há problemas de vacinação e no sistema conta-gotas. Agora aqui no RS virou moda dizer que o povo está morrendo porque o governo atrasou a vacinação e não providenciou milhões de doses até agora, esquecendo que dependemos de importação e a produção de bilhões de doses não é feita em em curto prazo. Veja se dá tempo para pensar nisto.
Prezado Luiz Antônio
Com certeza.
Escrevi um artigo sobre isso na Gazeta do Povo de 18/03/21, mas o tema é permanente.
Obrigado
Um texto excelente, um mestre.
O que descreveu é exatamente o que acontece.
Assisti essa entrevista a que se referiu: foi constrangedor. Mas não se pode falar algo pois podem reagir culpando o presidente. Está muito difícil conviver.
Parabéns pelo texto, é um quadro perfeito do caos social que os “cientistas brasileiros” no comando da gestão da pandemia nos levaram. E como não aceitam perder a batalha, estão perdendo a guerra contra o vírus chinês.
Excelente artigo, Guzzo! Os tecnocratas estão mandando muito mais que prefeitos, governadores, presidente etc. O que eles falam e recomendam (mandam!) fazer é tido como panaceia pela velha imprensa. Amedrontados pela velha mídia, replicam ações que – hoje já sabemos disso – não deram certo e não surtiram efeito. O caso do lockdown mesmo, estamos vendo a maioria dos Estados em lockdown, mas mesmo assim os casos continuam a subir. Qual a solução para isso? Mais lockdown? Isso é insanidade. Não adianta fazer as mesmas coisas e esperar resultados diferentes, já dizia Einstein. Espero que possamos o quanto antes sair desse joguinho de tabuleiro onde nós somos as peças.
deve ser difícil para o Guzzo escrever artigos para o Estadao
Kkkkk, cada vez mais…
A melhor análise da situação que vivemos. No final das contas a corda (culpa) vai arrebentar do lado do povão.
Matou a pau. Nada a acrescentar.
Acrescentar o nome dos fulanos seria bom
Além disto, responsabilizá-los. Quando pobre rouba uma galinha, vai para a cadeia. E, quando se roubam vidas, nada acontece?
Perfeito!
Parabéns pelo artigo Guzzo. É deprimente ver diariamente o que está acontecendo. O que mais me deixa indignado não é só ver as mentiras e falácias criadas pela grande imprensa. São pessoas em geral não terem o mínimo de vontade de buscar informações e se deixarem levar por essas narrativas e saírem por aí repetindo absurdos como: é verdade, tem que fechar tudo mesmo.
Claro que o grau de hipocrisia é gigantesco, pois esse não precisam sair para trabalhar. Mas onde está a empatia dos altruistas de Facetime?
E só um comentário sobre a secretária na entrevista com o Paulo Figueiredo. Pra não dizer outra coisa, foi constrangedor.
São Paulo,como exemplo de gestão econômica nessa pandemia fracassou em vários aspectos.Restringiu tudo que podia e retirou sim a cada mês o salário de simples funcionários Públicos, porquê não de políticos e dos gordos salários da Justiça? Quem tinha reservas e recursos ficou em casa tranquilo.So que a grande maioria da população empobreceu muito,falta trabalho e comida.Digo apenas os que fazem Home Office e ganham salários dignos, são brasileiros que possuem alto nível de formação e experiência profissional.O resto está literalmente de fora.
Chegará o dia que essa pseudo gestão de crise, padrão Mandetta / Gabbardo/Unimed será julgada pelo verdadeiro genocidio aqui em São Paulo, e no Brasil…..Para eles não bastaram os multiplos exemplos de tratamento preventivo e precoce , mas continuam insistindo no leve esse antipiretico e analgesico e retorne quando os pulmões não mais funcionarem…
Claudio, você tocou em uma das questões centrais, de que pouco se fala. Esse “padrão Mandetta” – dipirona, targifor e volte se piorar – é que é o verdadeiro genocídio, já que o vírus frequentemente evolui de forma muito rápida no comprometimento dos pulmões. E, infelizmente, esse protocolo assassino parece ser posto em prática de forma proposital por muitos daqueles que deveriam zelar pela nossa saúde, seja por motivos ideológicos ou financeiros (ambos absolutamente torpes em uma situação como essa que vivemos). Que o diga o PSOL, responsável por uma ação judicial que resultou na proibição de tratamento precoce no Rio Grande do Sul. Kafka ficaria espantado se voltasse da tumba, pois constataria que a sua obra de ficção já se encontra superada no Brasil pelos fatos diários que aqui ocorrem.
Brilhante, como sempre. Passei parte desta tarde discutindo com amigos de esquerda, que simplesmente culpam o PR por tudo, ignorando STF e governadores.
Rodrigo desculpe mas faço minhas as suas palavras !
Perfeita sua colocação, o protocolo da morte é o instrumento que os grupos contra Bolsonaro passaram a se apoiar, implantar o caos e depois atribuir ao gestor maior da nação.
É evidente a falta de sintonia entre governantes e governados, procedem como mestres que sabem TUDO e os governados como idiotas que nada sabem. O que define um Estadista é exatamente a sintonia com os governados
Só faltou o nome dos bois.