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Edição 61

Por que os israelenses não se deixam matar?

A esquerda ocidental e o Islã radical juntam-se num ódio contra Israel, expresso em manifestações claras de antissemitismo

Brendan O'Neill, da Spiked

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Há três semanas forças turcas lançaram um ataque militar na região de Duhok, no Curdistão iraquiano. Os moradores foram forçados a “fugir aterrorizados” da chuva de bombas. Foi apenas o mais recente bombardeio aos curdos, já cerceados, feito pela Turquia, membro da Otan e aliada do Ocidente. Não chegou aos trending topics da internet. Não houve protestos barulhentos em Londres ou Nova York. Os turcos não foram comentados nos círculos descolados como assassinos enlouquecidos e sanguinários. Os usuários do Twitter não revelaram seus sonhos de que os turcos queimassem no inferno. O jornal satírico The Onion não fez nenhuma piada desconfortável sobre soldados turcos amarem matar crianças. Não, o ataque a Duhok passou praticamente despercebido.

Mas, quando Israel se envolve em uma operação militar, a história muda. Sempre. Toda vez. A fúria anti-Israel no Ocidente chegou a um nível extraordinário depois da escalada de violência no Oriente Médio nos últimos dias. Os protestos foram instantâneos e incendiários. Bandeiras de Israel foram queimadas nas ruas de Londres. As redes sociais foram tomadas por condenações. The Onion tuitou: “Soldado das Forças de Defesa de Israel reconta as terríveis e heroicas histórias de guerra sobre matar um bebê de 8 meses” — foram dezenas de milhares de curtidas. Israel precisa ser boicotado, isolado, banido da comunidade internacional, gritou a esquerda. Políticos do Ocidente, incluindo o líder do Partido Trabalhista no Reino Unido, o britânico Keir Starmer, apressaram-se em criticar. “Qual é a diferença?”, lia-se na placa de um protesto em Washington que mostrava a bandeira israelense ao lado da bandeira nazista. Os judeus são os nazistas de agora, sabe. Irônico, não?

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