Se o Brasil é uma usina de enigmas até para veteranos jornalistas que tentam decifrá-los em português fluente, pode-se imaginar a perplexidade dos correspondentes de publicações estrangeiras ou repórteres de passagem pelo País do Carnaval. Atônitos com a ausência de lógica, eles costumam recorrer a colegas nativos que contemplam a paisagem só com o olho esquerdo. O resultado da colheita de informações e pontos de vista é resumido pela frase encampada por 11 em cada 10 profissionais sensatos: “A melhor maneira de não saber o que acontece no Brasil é ler o que publicam jornais de outros países”.
Um dia depois de divulgada a informação de que o PIB brasileiro havia crescido 1,2% no primeiro trimestre de 2021 — superando o da Suécia (1,1%) e o da China (0,6%) —, a revista inglesa The Economist estampou na capa uma montagem em que o Cristo Redentor respirava socorrido por um cilindro de oxigênio. Título e subtítulo: “Hora de ir — O futuro do Brasil depende do resultado das eleições de 2022”.
Os equívocos de uma imprensa estrangeira desinformada são detalhados na reportagem de Dagomir Marquezi, complementada pelo artigo em que J. R. Guzzo fecha a lente sobre o texto da Economist. “Há trechos francamente cômicos, como a extraordinária revelação de que o ministro da Defesa foi demitido porque não quis que o Exército fosse usado para forçar os comerciantes a abrirem as lojas. Heinnnnnnn? Como assim?”, pergunta Guzzo. A resposta nunca virá.
Os editores da Economist não poderiam ter escolhido momento pior para o exame do desempenho econômico do Brasil, mostram a reportagem de Cristyan Costa e o artigo de Ubiratan Jorge Iorio. Além do crescimento do PIB, 2021 vem sendo vitaminado pelos índices de aumento da agropecuária (5,7%), da indústria (0,7%), do setor de serviços (0,4%), dos investimentos (4,6%), das exportações (3,7%) e das importações (11,6%). Não é pouca coisa.
Outro surto de miopia coletiva induziu a imprensa a enxergar num ainda inexistente manifesto dos jogadores sobre a Copa América uma enxurrada de hashtags como #ForaBolsonaro, #VoltaLula ou #NoTempoDoPTQueEraBom. “Quebraram a cara”, resume Milton Neves num artigo exclusivo sobre o episódio. “Os jogadores publicaram um manifesto bem medroso e vasilinístico, com um discurso que não levava a lugar algum e que parece até ter sido escrito por um robô.”
Tudo somado, e sem nenhuma soberba, Oeste acredita servir de bússola aos leitores efetivamente interessados na realidade brasileira.
Boa leitura.
Os Editores.
Espero muito dessa revista e desejo estrondoso sucesso a vocês
Sim. A Oeste é nossa bússola.
Dá impressão q Jeorge Soros paga uma grana Boa a essas fontes brasileiras q abastecem o imaginário dos jornalistas estrangeiros …
Sem dúvida. Aqui respira ainda o ar da liberdade. Pior que a maioria dos brasileiros são alinhados ao pensamento liberal, mas, o analfabetismo funcional é tão grande que não sabem nem pedir o que acreditam. Então a criminalidade política surfa nos “tolos”. Uma pena. Tomara que a Oeste não perca o fôlego, pois o que está aí posto no mundo não será fácil reverter tão cedo.
Inegavelmente, a Revista Oeste é um “vaso de guerra” e a confiança na sua bússola garante o rumo para os leitores embarcados.
Essa manifestação absurda da imprensa estrangeira pode estar sendo “financiada” pelo dinheiro sujo extraido da Petrobras (afinal foram R$ 6 bilhões). Afinal, temos que ter em mente que as próximas eleições provavel,ente serão as mais cara do mundo do lado esquerdo (pois esse dinheiro acima deverá ser usado para financiar a candidatura de quem o roubou). Digo isso porque a imprensa pode até falar a verdade, desde que bem remunerada.
Daniel, você pode ter razão e eu sempre achei isso. Você fala só no que foi desviado da Petrobrás, mas os desvios relativos aos recursos do BNDES que foram enfiados nos países com viés de esquerda, são muito maiores. E outros saques efetuados como o Mais médicos. Eles devem ter contas no exterior recheadas de grana. Esse projeto do PT e das esquerdas foi realizado para manter o poder por mais de 20 anos, financiando eleições de aliados deles. Ainda bem que conseguimos quebrar essa “hegemonia” elegendo Bolsonaro, mas que precisa ainda, muito mais de nós para apoiá-lo.