Há poucos anos, as pesquisas eleitorais apareciam nas páginas dos jornais e das revistas alguns meses antes do pleito. Depois, começaram a surgir já em janeiro, mas apenas em anos eleitorais. Agora, são praticamente semanais e publicadas mesmo quando as urnas não estão no horizonte próximo. De 2019 até agora, foram 55.
Na mesma proporção, cresceram os institutos responsáveis por fazê-las, mostra a reportagem de capa desta edição, assinada por Silvio Navarro. Aos já conhecidos Datafolha, Ipec (antigo Ibope), Vox Populi, Paraná Pesquisas e MDA, juntaram-se outros quatro. Foi assim que se multiplicaram em escala industrial pesquisas eleitorais que dificilmente terão alguma semelhança com o resultado das urnas.
Se mesmo pesquisas feitas às vésperas do pleito erram, o que dirá das realizadas com enorme antecedência? Em 29 de setembro de 2018, por exemplo, oito dias antes do primeiro turno, a Folha estampou em manchete a notícia: “Haddad vai a 22%; Bolsonaro perde de todos no 2º turno”. Deu no que deu. Os institutos se aproximaram da perfeita imperfeição quando deram de errar também pesquisas de boca de urna, que só ouvem quem já votou. A façanha derrubou o argumento segundo o qual o brasileiro decide em quem vai votar apenas na última hora.
Neste ano, as eleições terão entre os candidatos nomes que até pouco tempo atrás eram casos de polícia. Isso graças à boa vontade de ministros do Supremo Tribunal Federal, que encontraram um jeito de libertar mesmo corruptos condenados em várias instâncias.
Os magistrados parecem ter seguido a sugestão do criminalista Antônio Claudio Mariz de Oliveira, feita em 19 de dezembro de 2021, durante um jantar em homenagem a Lula: “Se o crime já aconteceu, de que adianta punir?”.
A frase é o tema do artigo de estreia de Caio Coppolla em Oeste. Bacharel em Direito pela USP, Coppolla transformou-se rapidamente numa das principais vozes em defesa da democracia e da liberdade no Brasil. São valores que Oeste defende desde seu nascimento, e que merecerão especial atenção neste 2022 que se inicia.
Boa leitura.
Branca Nunes
Diretora de Redação
Difícil entender como alguns torcem contra o próprio país…
Há tempos eu comentei que faltava para o time da revista ficar perfeito as ilustres presenças de Caio Coppolla e Luís Ernesto Lacombe. Agora só falta a contratação do também gigante Lacombe. Parabéns à revista por mais esse grande adicionado ao time de gigantes da revista! Sem dúvida, a melhor revista do Brasil.
Parabéns pela contratação do Caio Coppola.
Parabéns pela Carta sempre impecável.
A sugestão do criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira se encaixa muito bem nas decisões dos 9 do STF. Comparalvelmente a algo como: se já roubou (Lulaááá) por que não apoiarmos para que roube mais? O que os 9 do STF querem? O que Barroso quer? Um pedido de perdão de toda a população, de toda a América Latina? Do mundo?
“Até há pouco tempo”. Corrijam lá antes que o Augusto veja.
Dom J.R. Guzzo está certíssimo. Bolsonaro com essa personalíssima guerra contra a vacina atirou, eleitoralmente falando, com AR15 não no pé de baixo, mas no pé do próprio toutiço. Não fora ofensa ao animal q transportou a Sagrada Família, o escrevinhador aqui diria q o PR comete jeguice inaudita.
Bem vindo Coppolla. Abrilhantar ainda mais a OESTE
Parabéns pela vinda do Coppolla à Oeste! Tenho a convicção de que esse time, cada vez mais, é o que representa o jornalismo brasileiro: independente, verdadeiro e dinâmico.
Já li o Guzzo e agora o editorial. Depois, à noite, leio o resto. O Coppola é bom. Parece que o teor da edição cumpre o ritual de Liberdade, contra a esquerda desvairada e socialista-comunista-fascita-nazista. Gosto também das áreas de Economia, Tecnologia e Agro. Um dia desses, quem sabe, peçam para o Ministro da Economia fornecer um relatório de quanto se gastou com a pandemia: vacinas, equipamentos, medicamentos, pessoal, crédito, auxílios, transporte, recursos para estados e municípios e outros itens