O Conselho Regional de Farmácia do Estado do Rio de Janeiro (CRF/RJ) afirmou, em nota publicada neste domingo, 13, que o Laboratório PCS Saleme, responsável por testes de HIV em órgãos de transplantes, não tem registro ativo no órgão. Pelo menos seis pessoas receberam diagnóstico positivo ao vírus depois de realizar procedimentos.
+ Leia mais notícias de Saúde em Oeste
Além disso, o CRF/RJ informou que o local não possui nenhum farmacêutico registrado em atuação. Apesar da situação, há uma técnica em laboratório no quadro de funcionários, para a qual será instaurado um processo interno para apurar a viabilidade de medidas éticas e disciplinares.
“A presidente em exercício, dra. Luzimar Gualter Pessanha, já promoveu procedimentos administrativos para diligenciar junto às autoridades, além de instaurar procedimentos internos envolvendo suspensão preventiva, medidas éticas e disciplinares relacionadas ao caso”, informou o Conselho de Farmácia, em nota. Clique aqui e veja documento na íntegra.
“Caso sejam constatadas no processo as transgressões às normas sanitárias ou éticas, as penalidades aplicáveis poderão culminar na cassação definitiva do registro profissional.”
Prisão de sócio do laboratório responsável por testes de HIV
Nesta segunda-feira, 14, a Polícia Civil do RJ prendeu Walter Vieira. Ele é médico ginecologista e responsável técnico do Laboratório PCS Lab Saleme, que emitiu laudos errados. Isso permitiu a contaminação por HIV de seis pacientes que receberam transplantes de órgãos.
Walter Vieira é tio do deputado federal Dr. Luizinho (PP) e teria assinados laudos com o resultado negativo para HIV. As ações são parte da Operação Verum, que cumpre quatro mandados de prisão na manhã de hoje. Nas redes sociais, um vídeo mostra o momento da prisão de Walter Vieira.
Leia também: “Besta quadrada não tem cura”, artigo de Augusto Nunes publicado na Edição 238 da Revista Oeste