Governo Lula pede investigação de médicos por fake news sobre envio de medicamentos ao RS

A Secretaria de Comunicação Social do governo federal, liderada pelo ministro Paulo Pimenta, solicitou que a Advocacia-Geral da União e a Polícia Federal investiguem dois médicos. O motivo é a suposta divulgação de informações falsas sobre a distribuição de medicamentos no Rio Grande do Sul.

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Roberta Zaffari Townsend e Victor Sorrentino, utilizaram suas redes sociais para afirmar que burocracias da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) impediam a entrega de medicamentos doados para as vítimas das enchentes no Estado.

Sorrentino tem 1,3 milhão de seguidores e oferece cursos de pós-graduação em Medicina Funcional Integrativa, além de conteúdo motivacional. Ele afirmou em uma transmissão ao vivo:

“Essas medicações já são aprovadas, saem de farmácias e de distribuidoras dos medicamentos, mas precisam chegar aqui no Rio Grande do Sul.”

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E prosseguiu. “Não é viável, não é possível que esses remédios fiquem retidos dentro de aviões sem poder ser transportados, enquanto aguardamos aqui para trazer essas medicações sem receber nenhum centavo”. Townsend, dermatologista com 33,5 mil seguidores, também apoiou essas afirmações.

Anvisa rebate acusações de boicote à distribuição de medicamentos

A Anvisa divulgou uma nota em que nega as acusações e explica que não impôs restrições ao transporte de medicamentos para o Estado. A agência enfatizou seu compromisso com a segurança sanitária e a colaboração contínua com autoridades federais, estaduais e municipais para gerenciar a crise.

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“A Anvisa informa que não impôs qualquer restrição ao transporte de medicamentos destinados ao Rio Grande do Sul”, ressaltou o órgão.

Na continuidade da nota, a entidade ainda reforça “que está comprometida com a segurança sanitária e acompanha de perto a situação emergencial, mantendo contato direto com as autoridades federais, estaduais e municipais. Assim, atende a qualquer necessidade excepcional para reduzir os danos causados pela enchente.”

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Posteriormente, Sorrentino comentou na publicação da Anvisa e admitiu a ação da agência: “Fui prontamente contatado por diversas pessoas da instituição, que foram extremamente compreensivas e solícitas”, declarou o médico.

“Não havia ainda uma nota oficial com flexibilização, e isso foi confirmado no post anterior de vocês. Agradeço a Deus pela oportunidade de ajudar e também pelo atendimento ao meu apelo! O único pedido que fiz foi claramente por ajuda e flexibilização no vídeo”.

Sorrentino também destacou que sua intenção era apenas acelerar a assistência aos afetados, sem politizar a questão.