O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) condenou, na quarta-feira 4, duas cientistas por causa de um vídeo publicado no Instagram. Na ocasião, a bióloga Ana Bonassa e a farmacêutica Laura Marise, do canal NuncaVi1Cientista, rebateram um nutricionista que afirmou que a doença diabetes é causado por vermes.
A sentença expedida pela juíza Larissa Boni Valieris, da 1ª Vara do Juizado Especial Cível do TJSP, exige que a dupla apague o vídeo. A multa é de R$ 100 por dia, além de danos morais de R$ 1 mil em caso de não cumprimento da ordem.
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A decisão afirmou que o conteúdo publicado por Ana e Laura causaram um cenário de “vergonha e tristeza” para o nutricionista. No entendimento da juíza, elas compartilharam o perfil público do profissional.
“Verifica-se, pois, a ocorrência do dano moral, haja vista a situação de vergonha e tristeza a que fora submetido o autor, em razão da conduta do réu em publicar, sem autorização, seus dados em vídeo junto a rede social de amplo alcance”, afirmou a magistrada, em trecho da decisão.
Cientistas afirmaram que o nutricionista vendia tratamento sem respaldo científico
A dupla afirmou que o nutricionista vendia “protocolos para desparasitação” como se fosse cura para o diabetes. Desparasitar é eliminar todos os parasitas presentes em um organismo humano.
“No começo do nosso vídeo, mostramos o print do perfil público que tinha publicado o vídeo com desinformação, com a foto e as informações que ele mesmo fornecia, e informamos que ele havia nos bloqueado após tentarmos alertar que o que ele divulgava era desinformação e colocava as pessoas em risco”, explicou a bióloga Ana Bonassa.
Na tarde desta quinta-feira, 12, Ana e Laura afirmaram que vão recorrer da decisão judicial. Além disso, garantiram que vão publicar um vídeo explicativo no próximo sábado, 14.
“Estamos recorrendo e vamos tomar outras medidas”, afirmou Laura. “Sábado sai vídeo no canal explicando.”
Saiba o que é a doença diabetes
O diabetes é uma doença que eleva o nível de açúcar (glicose) no sangue. No organismo, a substância pode trabalhar como combustível imediato ou também pode ficar armazenada. Essa reserva de energia forma gordura.
“…putrefeito…”
O que dá vergonha e tristeza é esse arremedo de judiciário, pútrido, putrefação e asqueroso, sustentado com dinheiro de nossos impostos.
A questão é o tratamento que as mulheres deram ao homem.
A questão é o tratamento que as mulheres deram ao homem.
Mas é claro que o nutricionista está errado. Se assim fosse, era só verificar através de exames que vermes ou parasitas seriam e esses, e pronto. Que absurdo! Quem tem que levar processo é o nutricionista e essa juíza demente.
Aqui no Brasil a regra é o poste mijar no cachorro.
Como Nutricionista, nunca vi, li ou ouvi tamanha desinformação.
Quem tem acesso ao que foi divulgado, pode encaminhar denúncia ao CRN do estado.
Na minha opinião, é necessário restringir e punir pessoas que deveriam proteger a população, que não domina estas informações e acredita na formação acadêmica dos interlocutores.
A “justiça” defendendo quem divulga fake-news colocando em risco a saúde da população. Esse país está completamente doido…
Qualquer profissional que ofereça a cura para doença sem comprovação científica em troca de dinheiro está cometendo crime. No caso noticiado, vender suposta “eliminação de parasitas causadores de diabetes” é enganar a população e crime contra a saúde pública. Duas cientistas que denunciam tal fato sendo multadas e condenadas a pagar indenização por danos morais ao nutricionista inscreve-se no rol de sentenças absurdas prolatadas pela justiça brasileira.
Infelizmente o oeste sem filtro,o qual tanto admiro,também faz propaganda de substâncias milagrosas que curam qualquer doença.
Vocês perdem credibilidade com isso.
PAREM
Luiz, creio que não estão fazendo divulgação, mas reafirmando que a desinformação pode alcançar níveis estranhos.
Diabético, compais e avós também diabéticos, sinto-me ofendido com a possibilidade de vermes causarem-nos a doença. Quanto ao vendedor de cursos estar “tristinho”, *#^”!!!
A ciência sendo prejudicada pelo judiciário!