Em janeiro deste ano, a Nova Zelândia tornou-se o segundo país do mundo — depois do Canadá — a oferecer um novo procedimento médico a pacientes que sofrem de parada cardíaca. De acordo com um estudo divulgado por pesquisadores do país, o método conhecido como “desfibrilação externa sequencial dupla” (DSED) tem potencial para melhorar as taxas de sobreviventes nos atendimentos médicos.
Isso porque sobreviver à parada cardíaca exige um procedimento de ressuscitação eficaz. Quando o coração está funcionando normalmente, pulsos elétricos são transmitidos através das paredes do órgão, é isso o que cria contrações regulares e coordenadas.
No entanto, se o compasso natural do músculo for interrompido, os batimentos cardíacos tornam-se descoordenados — podendo também cessar completamente, levando a um quadro de parada cardíaca.
Um paciente que recebe a desfibrilação a tempo tem grandes chances de sobreviver, mas 20% deles não respondem à abordagem de ressuscitação de modo satisfatório. Isso pode acontecer por causa de anomalias anatômicas nos corações dos pacientes.
Novo método para combater parada cardíaca
O DSED produz choques rápidos e sequencias no coração do paciente por meio de dois desfibriladores. O aparelho é fixado em dois pontos anatômicos: na frente e na lateral do peito, e outro nas costas.
Para operar o aparelho é necessário apenas um socorrista. Pesquisadores canadenses afirmam que esse método poderia mais do que duplicar as chances de sobrevivência de pacientes com fibrilação ou taquicardia ventricular sem pulso (ritmo anormal do músculo miocárdio) que não respondem aos choques-padrão.
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Dados de ambulâncias da Nova Zelândia coletados de 2020 a 2023 mostram aproximadamente 1,4 mil pacientes que poderiam ser beneficiados com o novo método de desfibrilação. De um total de 261 pacientes, pouco mais de 30% tratados com o DSED sobreviveram — em comparação com 13% atendidos com o procedimento-padrão.