A polícia prendeu o cirurgião João Couto Neto nesta quinta-feira, 14, em pleno consultório de um hospital de Caçapava, interior de São Paulo. A Justiça havia decretado a sua prisão preventiva.
Couto é suspeito de erros médicos que teriam levado 42 pacientes à morte. Além disso, outros 114 estariam sofrendo sequelas por seus maus atos.
Os casos aconteceram em Novo Hamburgo, interior do Rio Grande do Sul. O médico responde por homicídio doloso (quando há intenção de matar ou quando se assume o risco de) em três inquéritos.
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De acordo com a Polícia Civil, as mortes de dois homens e uma mulher levaram a três indiciamentos. A investigação teria constatado vários procedimentos que, sem autorização dos pacientes, o médico incluía em suas cirurgias de hérnias, vesícula e refluxo.
Em fevereiro, já sob investigação policial, o cirurgião se registrou junto ao Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp). Na ocasião, ele estava restrito apenas parcialmente de exercer o ofício da medicina, daí a obtenção do registro.
Quais ‘barbeiragens’ teria cometido o suspeito
Os casos de má atuação do médico variam. Por exemplo, ele teria submetido a outro procedimento uma paciente de quem deveria ter retirado uma hérnia.
Em outra intervenção cirúrgica, o médico cobrou o plano de saúde por uma histerectomia (cirurgia de remoção do útero) em um caso de endometriose. No entanto, ele não havia removido o órgão.
Defesa vai recorrer
O advogado do médico, Brunno de Lia Pires, avisou que vai entrar com habeas corpus quanto antes. De acordo com ele, a prisão preventiva do seu cliente não tem base legal.
“Qualquer jurista vê que essa prisão não tem qualquer fundamento”, enfatiza. “Prisão preventiva é quando há risco de fuga ou ameaça a testemunhas, o que não existe.”
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Já que o cirurgião não foi sequer “impedido de exercer a medicina”, tal medida “tem claro caráter intimidatório contra o médico”, argumenta Pires. “Vamos entrar com habeas corpus o mais breve possível.”
A defesa também declarou que aguarda a polícia concluir e apresentar o inquérito ao Ministério Público. Então, em o juiz aceitando a denúncia, “vamos apresentar a defesa prévia do médico”, disse Pires.
Nao entendo a atitude dos parentes das vitimas. Estamos sendo transformados em um povo covarde, frouxo e sem valores. Quando as vitimas começarem a cancelar os CPF dessas bestas, o individuo ira pensar mil vezes antes de defraudar outro ser humano.
PEDE A JUDA DO XANDÃO.
ELE SABE TUDO DE CRIME ORGANIZADO