O Ministério da Saúde realizou uma estimativa de que até 1,6 mil casos de leptospirose podem ser registrados no Rio Grande do Sul em decorrência das enchentes que afetam o Estado. Último boletim divulgado pela Defesa Civil na noite desta quarta-feira, 29, mostra que 2.347.664 moradores de 473 municípios foram afetados pelas fortes chuvas.
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Este número é quatro vezes maior que os 400 casos de leptospirose contabilizados em todo o ano de 2023 no Rio Grande do Sul. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, divulgou o cenário epidemiológico em uma coletiva de imprensa em Porto Alegre nesta quarta-feira.
“Vimos dados que mostram preocupação com leptospirose”, disse Nísia, lembrando que cinco pessoas já morreram no Rio Grande do Sul devido à leptospirose depois das enchentes.
“Há tratamento para leptospirose e, por essa razão, nós recomendamos e queria enfatizar isso, que não se espere a confirmação do diagnóstico. Está havendo atendimento de saúde e é fundamental também, naturalmente, que as pessoas não se automediquem”, sinalizou a ministra.
Nísia Trindade explicou que estão disponíveis testes para diagnóstico da doença. “O laboratório central está processando esse material e isso é importante para que a gente conheça a realidade. Mas o tratamento se dá a partir do momento em que se verificam os sintomas”, afirmou.
Ações para além da leptospirose no Rio Grande do Sul
Para além do anúncio de projeção de casos de leptospirose no Rio Grande do Sul, a ministra da Saúde também fez reuniões para analisar ações de enfrentamento a outras problemáticas no Estado.
Nesta semana, representantes do Ministério da Saúde se encontraram com gestores municipais, membros da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e sociedades científicas do Rio Grande do Sul.
O objetivo foi discutir estratégias para enfrentar as doenças causadas pelas enchentes e temporais recentes no estado. Nísia também esclareceu que não há falta de vacinas no Estado, contrariando informações falsas divulgadas nas redes sociais.
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“O município havia sido invadido pela água, pôde-se recuperar as vacinas”, disse. “A gente fica até emocionado e quero agradecer a todos os trabalhadores da saúde e da gestão que fazem esse esforço hercúleo.”
A leptospirose é uma infecção causada pela bactéria leptospira, presente na urina de roedores e adquirida pelo contato com água ou solo contaminados.
Os sintomas iniciais incluem febre de 38 °C ou mais, dor lombar ou na panturrilha e conjuntivite. Na segunda semana, sinais de alerta como tosse, hemorragias ou insuficiência renal podem surgir.
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