Agentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) detectaram, na última sexta-feira, 17, um surto de norovírus no cruzeiro MSC Grandiosa. A embarcação navegava pela região da Baixada Santista, no Estado de São Paulo.
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Durante o monitoramento de rotina, os agentes constataram que 127 dos 6,2 mil passageiros a bordo estavam infectados com doença diarreica aguda, causada pelo norovírus.
De acordo com o Guia Sanitário para Navios de Cruzeiros, o número é suficiente para configurar um surto. Nesta quarta-feira, 22, o navio já havia deixado o porto de Santos em direção a Maceió (AL).
Medidas de resposta ao surto de norovírus
Em resposta ao surto, a MSC Cruzeiros declarou ter intensificado os procedimentos de limpeza e desinfecção em todo o navio. A empresa afirmou em comunicado que está “monitorando de perto os relatos de casos entre os hóspedes”.
Todos a bordo foram orientados a “lavar as mãos com frequência” e a procurar o Centro Médico em caso de sintomas gastrointestinais. A Anvisa, em parceria com a Secretaria de Saúde de Santos, realizou uma investigação adicional no último sábado, 18.
Investigações e confirmação do vírus
Para confirmar a presença do norovírus, os agentes coletaram amostras clínicas dos passageiros, além de amostras de água e alimentos da embarcação.
Os testes comprovaram que o mesmo agente infeccioso, que recentemente levou milhares de moradores e turistas aos serviços de saúde de municípios da Baixada Santista, estava presente no navio.
O norovírus é conhecido por sua alta contagiosidade e é responsável por causar gastroenterite, que se manifesta por meio de sintomas como diarreia intensa, vômito, dor abdominal e náuseas. Outros sintomas possíveis incluem febre, dores no corpo e mal-estar geral.
Características e transmissão do norovírus
A transmissão do vírus ocorre principalmente pela via fecal-oral. Ou seja, por meio da ingestão de água e alimentos contaminados ou pelo contato com pessoas infectadas, especialmente pelas mãos.
Embora a hospitalização seja rara, segundo o Ministério da Saúde, o tratamento para a infecção por norovírus geralmente envolve hidratação e repouso.
No entanto, o vírus pode representar um perigo significativo para crianças pequenas, idosos e pessoas com o sistema imunológico comprometido, em razão do risco de desidratação severa.
É importante que os infectados fiquem atentos a sinais de desidratação, como evacuação frequente e líquida, vômitos, pele e boca secas e dificuldade para urinar.
Para mitigar o risco de propagação do vírus, a Anvisa verificou as medidas de controle a bordo, que incluem o isolamento dos passageiros infectados e orientações para a higienização frequente das mãos e desinfecção de superfícies.
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