Por J. R. Guzzo
Publicado na Gazeta do Povo em 13/08/2020
Todas as vezes que um ministro, ou alguma outra figura de destaque sai do governo, a mídia publica as suas relações de “quem perdeu” e de “quem ganhou”. É coisa garantida: um leitor brasileiro padrão, numa estimativa não científica, mas razoavelmente realista, lê em média uns 500 artigos como esse ao longo de sua vida útil. Fazer o que? Como as crianças, que gostam de ouvir sempre a mesma história, jornalistas gostam de escrever sempre a mesma matéria. Não há sinais de que possa ser descoberta alguma vacina eficaz contra essa doença. Muito mais do que da malícia, que sempre pode ser tratada com sermões em favor da moral, ela é fruto da preguiça – e para isso, como se sabe, não existe cura. Resumo da ópera: até prova em contrário, os nossos comunicadores continuarão a servir por tempo indeterminado essa conversa do “perde-ganha” ao público pagante.
É uma perfeita inutilidade, pois quem sempre perde, em toda a trovoada que acontece nos governos deste país, é a população brasileira. É como índio em filme americano de faroeste – não ganha uma. Acaba de acontecer de novo, com a demissão do empresário Salim Mattar das funções que exercia como coordenador central do programa de desestatização do governo. Salim, após um ano e meio de tentativas, chegou a conclusão de que não vinha mais ao caso continuar tentando privatizar alguma coisa – a imensa maioria dos que dão ordens na máquina pública, em qualquer nível de qualquer dos Três Poderes, não quer desestatizar nada. Seja feita, então, a sua vontade. Se pudessem, criariam mais estatais ainda; se não der, vão continuar impedindo a venda ou eliminação de qualquer uma das que existem.
Por que os donos do Brasil fariam algo diferente? A única razão pela qual as estatais existem é para servir aos seus interesses, e aos interesses dos seus clientes; não vão largar esse osso. Ao mesmo tempo, não é preciso ler nenhum jornal ou assistir ao noticiário do horário nobre para saber quem quebra a cara nessa história: o cidadão que está pagando cada centavo gasto para sustentar uma Eletrobrás, por exemplo, ou para repor o dinheiro que foi roubado dos fundos de pensão das estatais durante os governos de Lula e de Dilma Rousseff.
Na próxima vez que você entrar num posto de gasolina, ligar o celular ou pagar sua conta de luz lembre-se para onde está indo o dinheiro do imposto que lhe arrancam em cada uma dessas despesas. Querendo caprichar um pouco mais, pense que além das Eletrobrás da vida você paga todos os dias para manter viva a empresa do “Trem Bala” – isso mesmo, do “Trem Bala”. Jamais ouve trem bala nenhum, nem haverá, mas a empresa criada para cuidar dele continua existindo até hoje. Então: quem é mesmo que está perdendo com a saída de Salim Mattar do governo?
Há leitores que já começam a entender.Só com tempo pode-se mudar tudo ou quase tudo no Brasil.É muita coisa,mas a opinião pública e a classe média já está entendendo.A primeira delas é que a esquerda não volta mais ao poder por eleições diretas.Já é uma vitória.No segundo mandato de Bolsonaro mais mudanças virão.Importante é que o discurso conservador já esta consolidado nas famílias brasileiras.E subestimaram a capacidade de estrategista do Presidente.
E ainda tem a Justiça Islâmica do Trabalho para atrapalhar a vida de quem emprega. O Resultado de tanta preguiça é a monstruosa informalidade.
gostei da expressão “não tem vacina para a preguiça”. Tem os efeitos colaterais: falta de memória faz parte da cultura nacional.
Como ninguém enxerga que o Brasil já foi todo privatizado pelas corporações de funcionários públicos? Sustentadas pelos que tentam produzir alguma coisa de útil? O que esperar de um país cuja juventude só almeja passar num concurso público, esterilizando sua vida produtiva? A História mostra que quase todos os grandes impérios marcharam para seus ocasos com a criação de uma grande burocracia para regular tudo e asfixiando suas economias com impostos cada vez maiores para manter esta burocracia improdutiva. O Brasil já está neste estágio, sem expectativa de mudança.
Realmente, as empresas estatais um dia criadas para incrementar e promover o desenvolvimento econômico nacional, logo de se transformaram em quintais nefastos dos interesses dos políticos-padrinhos dos diretores e em feudos dos seus “servidores” atrelados a sindicatos dirigidos por máfias sindicais. E o grande perdedor é sim o povo.
Perfeito, Guzzo!
Estou inconformada com a saída de Salim. Em suas entrevistas sempre demonstrou otimismo.
O ministro FABIO FARIAS TEM CULPA NO CARTÓRIO?
De um lado um presidente com rabo preso, de outro as criaturas do pântano, e no Centrão? No Centrão, um presidente pato-manco refém e muita ladroagem pela frente. Porque será que o Centrão está bancando a blindagem do presidente? Porque é melhor um pato-manco na mão do que um Mourão cheio e gás e moral no comando. Meu caro Guzzo, não há saída para esta sinuca de bico.
Ainda bem que a maioria dos brasileiros pensa diferente. Tem muito gente precisando frequentar o Instituto Pe. Chico, quem sabe em braile comece a entender melhor.
A versão contemporânea do congresso nacional foi construída por obra e graça dos constituintes de 88 com acabamento executado pelos governos Itamar,Sarney, FHC, Lula e Dilma.
Construção política hegemonizada por esquerdistas de todas as espécies e naturezas, – máxime, as de raízes fabianistas/ bolivarianas -, não poderia resultar noutra coisa senão no atual estado brasileiro, vítima de elefantíase cronica, governado por castas do estamento burocrático, empresários e políticos corruptos que transformaram corporações estatais, empresas e partidos políticos em organizações criminosas.
O 1o governo Bolsonaro, em que pese as facadas que vem levando, promove assepsia tópica no tecido estatal grangrenado. Os carcinomas multiculturais disseminados do Oiapoque ao Chuí, pelas globos e uspes da vida, serão extirpados definitivamente do corpo da NAÇÃO após 2022, durante o 2o do Capitão do BRASIL .
Tudo sob as graças do SENHOR dos Exércitos, e pela força dos brasileiros do Bem, unidos,organizados, conscientes, e mobilizados, desde campos e cidades deste belíssimo PATROPI, muitíssimo amado pelos seus filhos patriotas.