Prefeito parece não ter analisado protocolos para iniciar reabertura, apesar de a cidade estar confinada há meses
Setenta e seis dias. Esse é o tempo em que o Estado de São Paulo está cumprindo o confinamento imposto pela governador João Doria. Apesar de equivaler a mais de dois meses e meio, todo esse período parece não ter sido suficiente para o prefeito da capital paulista, Bruno Covas, definir as melhores estratégias para a retomada gradual das atividades. Nesta segunda-feira, 8, ele evitou falar em datas para a volta do comércio da cidade.
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Entre outros pontos, Covas parece não ter trabalhado nessa fase de pandemia para estudar — e aprovar — protocolos que visassem ao retorno ao trabalho com a maior segurança possível. Sem dar o devido parecer aos mais de 90 pedidos enviados por setores da economia, o prefeito desconversou. Usou, sobretudo, termos genéricos para tentar se explicar. Por ora, a capital paulista só liberou a reabertura de concessionárias e revendedoras de carros.
“A gente entende a expectativa do comércio”
“A prioridade é a análise dos protocolos desta segunda fase. A gente entende a expectativa do comércio, que está há mais de 70 dias fechado na cidade de São Paulo às vésperas de um dos dias mais importantes, o Dia dos Namorados”, comentou Covas, de acordo com informações do site de O Estado de S. Paulo. Evitou, contudo, falar em datas de reabertura. Além disso, não explicou a demora para analisar os protocolos.
As vendas do Dia dos Namorados sofrerão com a não reabertura. Conforme registrado mais cedo por Oeste, lojistas da cidade de São Paulo estimam que as vendas possam recuar até 40% na comparação com o mesmo período de 2019.
Mais paciência
Sem poderem atuar de forma plena desde 24 de março, comerciantes e comerciários da capital paulista precisam renovar a paciência. É o que pede o prefeito da maior cidade do país. Nesse sentido, Bruno Covas se dirigiu aos profissionais do setor. “Queria pedir um pouquinho mais de paciência ao pessoal porque é importante que a gente reabra da forma certa, garantindo que a cidade não vai retroceder”, disse Covas, exatamente dessa forma, segundo divulgado pela imprensa.
Economista contesta
A falta de aprovação de protocolos por parte de Bruno Covas fez com que ao menos um especialista se posicionasse de forma veemente. Jornalista com MBA em economia e mercado financeiro, Luís Artur Nogueira não entendeu como o prefeito de São Paulo ainda não fez esse trabalho no decorrer de mais de 70 dias. “A reabertura é urgente”, disse Nogueira ao participar do programa Aqui na Band, da TV Bandeirantes. “Só agora que [o prefeito] foi conversar [com representantes dos setores econômicos]?”, questionou o analista econômico na última semana.
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EXCLUSIVO PARA ASSINANTES: “A derrota dos prefeitos”, artigo de J. R. Guzzo publicado na edição 11 da Revista Oeste
É INCOMPETENTE que se chama?
Pobre São Paulo…