Assessora de Guedes diz que não há muitas opções para desonerar a folha. “Vamos ter que avançar discutindo nova base ou criação de tributos”
A equipe econômica não abre mão de desonerar a folha de pagamento. E alerta que, para tornar isso viável, vai ter que ampliar a base de arrecadação já existente ou criar um novo tributo. O recado, um claro apelo pela criação do tributo sobre transações digitais, foi feito pela assessora especial do Ministério da Economia para a reforma tributária, Vanessa Canado.
Em reunião com empresários do setor de serviços, Canado avisou que não há muitas opções para reduzir os impactos de uma reforma tributária ao setor terciário. “Não temos outro caminho da desoneração sem mexer na receita ou na despesa. Não tem segredo, vamos ter que avançar discutindo nova base [de arrecadação] ou criação de tributos”, avisou.
O recado vale, sobretudo, ao se debater a redução de carga tributária, ainda que em 10 anos, como sugerem as propostas em discussão no Congresso. A equipe econômica discute, ainda, se propõe a criação de um imposto sobre transações digitais com uma base mais ampla, o que poderia reduzir a alíquota, ou uma alíquota maior com uma base menor.
Durante live promovida pela Unecs, os deputados Aguinaldo Ribeiro e Efraim Filho e a assessora especial do Ministério da Economia, Vanessa Canado, debateram a reforma tributária sob a ótica do setor de Comércio e Serviços. https://t.co/9qJhvbzxz0
— Unecs Oficial (@UnecsOficial) August 10, 2020
O relator da reforma tributária, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), não citou o polêmico tributo sobre transações digitais, mas defendeu o debate. “Vamos fazer esse debate da forma mais franca possível, construindo o que for o melhor para o Brasil”, sustentou.
E tome desgaste para o Governo Federal! Esse pessoal está atravessando a rua para pisar em casca de banana.