Entidades empresariais vão defender, na prática, o imposto sobre pagamentos eletrônicos para desonerar a folha de pagamento. Tributo da reforma tributária de Guedes não terá caráter arrecadatório, mas, sim, substitutivo, ao desonerar a folha de pagamento
Um grupo de empresários do setor de serviços vai defender a proposta de reforma tributária do governo. Isso significa, portanto, que vão sair em defesa do texto pleiteado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que sugere a criação de um imposto sobre pagamentos eletrônicos para desonerar a folha de pagamento.
Os empresários estão se organizando por meio de entidades. A estratégia não é, necessariamente, apoiar o imposto da reforma tributária de Guedes. Afinal, o tributo é impopular, sendo associado por alguns à extinta Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF). O objetivo é, na verdade, desonerar a folha.
O tributo almejado por Guedes, contudo, não tem caráter arrecadatório, mas, sim, substitutivo. É nisso que se baseiam os empresários. A estratégia deles, portanto, é preparar um manifesto para ser disparado a deputados, senadores, ao governo e à imprensa. Uma série de outras ações nas ruas também estão sendo planejadas. As empresas também cogitam a divulgação do posicionamento favorável à desoneração em publicidades na imprensa.
Oeste conversou com empresários e apurou algumas das entidades que participarão dos movimentos: o Instituto Brasil 200, a Central Brasileira do Setor de Serviços (Cebrasse), a Federação Nacional dos Sindicatos de Empresas de Recursos Humanos, Trabalho Temporário e Terceirizado (FENASERHTT), e entidades associadas da União Nacional de Entidades do Comércio e Serviços (Unecs).
Eu sou total e visceralmente contra essa nova CPMF.