Com aval do presidente Jair Bolsonaro, Renda Cidadã será criada em negociação no Congresso e terá um custo de R$ 30 bilhões
Depois de ameaçar dar um “cartão vermelho” à equipe econômica se voltasse a falar sobre o Renda Brasil, o presidente Jair Bolsonaro parece não ter desistido completamente do objetivo de melhorar o Bolsa Família e ampliá-lo.
Tanto que, nessa quarta-feira, o senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator da Proposta de Emenda Constitucional do Pacto Federativo, anunciou que recebeu autorização do chefe do Palácio do Planalto para começar as negociações e criar um novo programa social nesse sentido no Congresso. E já tem até o nome: Renda Cidadã.
“Posso dizer que estou autorizado a fechar o relatório e apontar a fonte de recursos para o novo programa”, afirmou Bittar. “Isso foi acertado com o presidente e todos os líderes.”
O Renda Cidadã deverá abarcar mais 10 milhões de famílias desassistidas, com um custo anual de R$ 30 bilhões.
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O presidente gostaria que o valor do benefício ficasse em torno de R$ 300, maior do que os atuais R$ 200 do Bolsa Família.
O grande desafio do Congresso agora será descobrir de onde conseguir os recursos necessários para que o projeto possa sair do papel sem estourar o teto orçamentário e sem “tirar do pobre para dar a paupérrimos”, como frisou Bolsonaro antes de se irritar com sua equipe.
Por enquanto, as ordens tanto na Câmara, quanto no Senado são de não entrar em detalhes sobre o Renda Cidadã para evitar ruídos que possam fazer com que ele tenha o mesmo destino do Renda Brasil: terminar enterrado.
Vamos focar em criar emprego meus senhores.
Vamos começar desonerando a folha de pagamento e fazendo a reforma tributária.
Quem gosta de bolsa esmola é esquerdista.