Pesquisas erram só de um lado e torcida no ‘mainstream’ força análise em base movediça para 2022
Desde o primeiro turno, é uníssona a análise dos entendedores da ciência política das grandes universidades, favoritos do mainstream: o presidente Jair Bolsonaro saiu derrotado das urnas. Neste domingo, 29, não foi diferente. Todas as pesquisas que erraram feio de novo apontaram, antes mesmo do resultado do segundo turno, que ele foi o grande perdedor. Mas, para além da torcida canhota, fica a pergunta tenaz: qual é a relação comprovada do placar das urnas em pleitos municipais com o nacional? A resposta é: zero (ou quase isso). Nenhuma foi estatisticamente comprovada.
Ah, mas o presidente resolveu apoiar em lives na internet meia dúzia de nomes que perderam! De novo: o que isso significa para 2022? Nada. Eleições nas praças municipais são casadas com deputados que empenham emendas em redutos de votos — para ambos interessam, e isso é legítimo. Dois anos serão muitos anos para o eleitorado brasileiro reerguer-se depois que — e quando — os governadores e prefeitos autorizarem os seus a voltarem a viver. Um novo trancamento atroz se avizinha no pós-urnas já nesta semana, quiçá, porque o vírus já votou.
Ao governo federal, o que importa agora é aprovar as reformas estruturantes e encontrar uma forma de conciliar o auxílio emergencial que salvou famílias ao teto de gastos. O resto é balela. A economia elege presidentes; já o buraco na rua, a creche e o poste sem luz elegem prefeitos e vereadores. Isso os brasileiros sabem, mas os velhos jornais ainda não — ou não querem saber.
Quem acompanhou o discurso do prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), após a vitória, notou uma larga presença ao lado, do atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ali está a eleição que importa daqui para a frente: a de Eduardo Paes? Não, não. Mas a tentativa de Maia de seguir na cadeira no “tapetão” — aguardemos o Supremo Tribunal Federal (STF) — e sabotar a agenda do Executivo nos próximos anos com olhos para 2022. É ali que mora o perigo.
O presidente Bolsonaro precisa urgentemente de um partido político para criarmos uma identidade eleitoral de direita! Os eleitores precisam de definição!
Gostei da análise. Concordo totalmente com ela.
Parabéns rapaz! Seu livro enviesado de ficção política já está quase pronto.
Caro Silvio, muito boa sua análise… completa e claríssima!
Aliás quero cumprimentá-lo também pelo programa, que assisto sempre, com o Ernesto Lacombe… magistral e sempre com convidados relevantes!
Parabéns!
Quanto às eleições municipais….acompanho política no Br há mais de quarenta anos…e vou lhe dizer, para 2022? A relevância é quase nula. Mostrou, isso sim, o retumbante naufrágio da petralhada…!
O eleitor brasileiro, principalmente no âmbito municipal não vota pela ideologia, muito menos pelo partido, vota em nomes, ou contra nomes…Apesar de parecer uma estupidez, mas o eleitor que votou no riquinho travestido de invasor de propriedade alheia, parte deles, votou contra o coveiro (que já tinha até comprado os caixões, ora vejam que competência)…Esse eleitor não é necessariamente um esquerdista…apenas está pxto da vida com os covinhas e assemelhados…entendem? Se mostrarem para esse eleitor o programa do partido do riquinho invasor ele não concorda com uma palavra…por isso digo de novo… não há relação nenhuma!
Tá falado!
A coisa está arquitetada sim para que a imprensa alugada crie dois polos extremistas, um à direita, outro à esquerda, para depois, a mídia prostituída traga ao cenário uma figura messalina, convertida de conveniência em salvadora da pátria. Mas ainda assim, convertida de conveniência, continua messalina. Quem se der ao trabalho, busque na edição de hoje do jornal liberal de Belém, oliberal.com e veja o que o editor fala sobre o Ibope e suas discrepâncias nos prognósticos. Se levarmos em conta que o jornal é da turma afiliada à Globo, o babado pode ser muito maior do que nos permitem saber. Pesquisas de opinião usam metodologia$ de acordo com os intere$$e$ de quem as contrata, e o Ibope é uma excrescência que nem deveria existir num país que tenha vergonha na cara. Tá certo que em muitas vezes Bolsonaro é um tonto que fala pelos cotovelos, mas ” nunca antes na história deste país ” se viu uma campanha tão cerrada contra quem ganhou a eleição contra tantos e conhecidos interesses da mídia e grupos sempre ávidos pelo dinheiro do público. Não é por acaso que obras estão sendo concluídas, por exemplo, por empresas de muito menor porte que as OAS, Odebrecht, Camargo Correia, Engevix e Andrade Gutierrez da vida, personagens de proa na corrupção arquitetada e pilotada pelo PT e seus puxadinhos. A mídia tardiamente desmamada e alugada por preços mais baixos hoje, com dinheiro tão escuso que nem Deus nem o Diabo ousam saber a origem, de tão sórdida, podre e canalha que são as fontes. Precisaríamos de alguém que realmente entenda a mente humana, para decifrar essa tara do Rio de Janeiro em eleger ladrões como seus governantes. Eduardo Paes personagem da corrpução nas planilhas de empresas bandidas, fez pós Doutorado em roubo de dinheiro público com Cabral e Lula. Será que São Sebastião e o Cristo estavam dormindo?
Realmente o rio não é para amadores…
Moreira Franco – Preso
Garotinho – Preso
Rosinha Garotinho – Presa
Cabral – Preso
Pezão – Preso
Witzel – Quase Preso
Na câmara de deputados os presidentes também foram presos.
No Rio eles podem roubar, mas vão parar na cadeia…kkkk e o supremo solta.
Parabéns Silvio por um artigo claro e sem contra-argumentos. Fica difícil para quem quer um Brasil melhor ,elaborar qualquer crítica ao presidente, um contra todos e todos contra um, este é o panorama desse governo, no máximo o que eu posso fazer é engolir seco a minha opinião. Pensar em 2018 o que Bolsonaro poderia fazer , ou, deixarem que ele fizesse, não chegaria a metade de suas realizações. Todos podem crítica, tudo bem , mas aqueles que assim fazem deveriam colocar-se em seu lugar!
Se eu fosse eleitor paulistano, certamente teria votado em branco. Sim, por “orfandade” de postulante credível. Sem a mínima relação com a minha opinião sobre o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.
Inté!
Tudo isso que aconteceu ontem tem um grande responsável: BOLSONARO. E não estou sendo irresponsável como muitos aí o culpam por qualquer coisa e vou tentar provar por que:
– O Bolsonaro sai do PSL, fica sem partido e tenta fundar um partido próprio que foi um retumbante fracasso e o pior, ainda põe o seu filho mais velho o apagado senador pelo RJ, que ninguém sabe o que ele faz no senado, como presidente do partido. Aí acabou de ferrar com tudo.
– Sem eira e nem beira, ao total desabrigo, resolve se aproximar do centrão e entregar os pontos para aquele antro de corruptos e ladrões, resultado é que o Centrão foi o grande vencedor nessas eleições. E se afastou em definitivo de seus antigos aliados, os Conservadores; o resultado disso é a grande porcentagem de abstenções, brancos e nulos que acredito ser os órfãos que ficaram a ver navios.
– Tem muito mais é que não me lembro no momento e o texto está por demais longo, então vou parar por aqui mesmo.
Perfeito, Silvio. MDB e DEM sempre conquistaram milhares de prefeituras e nunca tiveram um candidato competitivo à presidência. A militância escancarada da extrema imprensa que estrebucha à míngua de verba pública enche o saco.
Os conservadores liberais precisam se estruturar em um partido com bons nomes para permitir o Executivo enfrentar o establisment pensando em 2022. Caso contrário os partidos existentes esmagaram o Bolsonaro sem partido.
Perfeito, Silvio. Cada vez mais a mídia tradicional se enche de wishful thinking em termos de política. Notícia que é bom, muito pouco.
Concordo plenamente. Os discursos dos vencedores do segundo turno, tem como prisma “o fim do discurso de ódio na politica” a narrativa implantada pela mídia para criar dois polos de extremos, e assim apresentar a solução que pelo visto deu certo em 2020, os partidos MDB, DEM e PSDB se deram bem nas eleições municipais, mostrando que estão afinados com a esquerda e com a imprensa oportunista. A estratégia de criar a “extrema direita” e a “extrema esquerda” na mídia hoje, tem como objetivo que em 2022, apresentarão um mediador, um meio termo, um salvador da pátria capaz de unir o povo dividido pelo extremismo fictício da mídia, e esse salvador vai estar ligado a alguns desses partidos, PSDB, DEM, MDB ou PODEMOS, aí retornaremos as roubalheiras e maracutaias de sempre no Brasil.