TSE estima que votação ‘on-line’ trará economia aos cofres públicos, mas não apresenta solução para as críticas sobre transparência
O voto por meio da internet será testado nas eleições municipais deste ano. Os eleitores poderão participar de uma simulação com candidatos fictícios que acontecerá nas cidades de São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Valparaíso de Goiás (GO) durante o primeiro turno da disputa oficial. Estandes de empresas que desenvolverão sistemas para votação on-line funcionarão em algumas zonas eleitorais em que o cidadão poderá habilitar o aplicativo para votar no próprio smartphone.
Leia também: “STF determina que o voto impresso é inconstitucional”
O chamamento para companhias que estejam interessadas em participar da experiência foi lançado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na segunda-feira 21. O presidente da Corte eleitoral, o ministro Luís Roberto Barroso, considera que a busca por essa inovação deve resultar em economia aos cofres públicos. “Mesmo que, em um primeiro momento, os eleitores continuem a ter que comparecer às seções eleitorais, para a proteção do sigilo, só a economia de centenas de milhões de reais com a substituição de urnas já representa um grande ganho. Nós estamos em busca de inovações, mas sem abrir mão do controle do sistema e do processo eleitoral, que continuará sob o comando do TSE”, informou o tribunal presidido pelo ministro Barroso.
As críticas ao sistema atual de votação no país
A votação se realiza atualmente por meio de urnas eletrônicas distribuídas nas diversas zonas eleitorais do país. Embora a velocidade de sua apuração seja notável, o atual modelo é alvo de reiteradas críticas por não permitir auditorias feitas por intermédio da recontagem dos votos. Ainda que a impressão do voto tenha sido aprovada em 2015 para dar fim ao problema, o Supremo Tribunal Federal suspendeu provisoriamente a medida para a eleição de 2018 e a julgou inconstitucional no último dia 14.
Os magistrados das altas cortes, no entanto, não apresentaram uma solução que imprima mais transparência ao processo atual ou futuro, por aplicativo.
Nosso problema não é como votar, mas em quem votar. Com essa corja que aí está o melhor é voto nenhum: abstenção ,anular voto ou voto em branco. Tanto faz como será esse voto, contatando que não se vote em ninguém.
E se alguém pegar o celular da pessoa e votar por ela?
Só com voto impresso e o Exército no papel de TSE
Isso só pode ser brincadeira… Imagina o poço de fraudes que seria essa excrescência aí…
Poderíamos na verdade eliminar os “políticos”!
O povo passaria a votar as leis que lhes melhor atenderem,sem necessidade de câmara e senado.naa é?
E onde é que está supremice que aí está tem algum compromisso com transparência?
Estão compromissados, isto sim, com a corja que os colocou lá…e nada mais!
Não vejo confiança nisso; cheira fraude essa proposta.
Eu sonho é com o dia que o voto não seja mais obrigatório.
Se o Imposto de Renda pode e é feito pela Internet e com Segurança total, porque o voto não pode ser por lá também? Qualquer ideia em contrário é burrice ou má intenção
Simples Samuel,
Se a Receita Federal errar em algum ponto do seu processo e cobrar algo indevidamente, você comprova o erro com seus documentos e o erro some.
Se trocarem o seu voto, como você poderá provar que seu voto era diferente?
É exatamente a falta de transparência no processo de votação atual que tem levado a suspeitas de manipulação digital dos dados.
Perfeito Sergio, dai porque considero necessário ter o voto impresso acoplado a urna eletrônica e blindado e depositado em urna lacrada para posterior auditoria e se necessário conferência com a apuração eletrônica. Simples assim, mas nosso SUPREMO considerou INCONSTITUCIONAL o voto impresso, por quebra do sigilo do voto. Como assim considerar inconstitucional, porque não gostam do voto impresso que permite sim AUDITAR as urnas eletrônicas ou porque consideram que ele é escrito a mão pelo eleitor ou porque o eleitor leva o voto para casa? É uma forma do SUPREMO PODER dizer que não gosta do voto impresso porque poderá desvendar mistérios da urna eletrônica. O Poder Legislativo deveria questionar essa inconstitucionalidade para que seja implantado em 2022. Creio que esse ano o pleito eleitoral será sinistro.
Perfeito! Concordo em todos os sentidos
Concordo, pois assim nós eleitores que gostamos da honestidade teremos, na contrapartida do nosso voto, um artifício forte pra exigir do politico aquilo que esperamos dele: trabalho sério e muita honestidade com o dinheiro público.
Sinistro do STF falando em economizar recursos públicos é muuuito cinismo!
Deve ser pra comprar lagosta com a sobra
Concordo. Democracia é isso!