A chegada da rede 5G de internet móvel vai movimentar o mercado de trabalho no Brasil ao gerar empregos e exigir novas habilidades profissionais. Os setores de tecnologia e telecomunicações serão os mais impactados.
De acordo com um estudo realizado pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais, até 2025 o setor vai demandar quase 800 mil profissionais. Contudo, há um desequilíbrio entre o número de formados e a demanda, por isso, a estimativa é que haja um déficit anual de 100 mil vagas.
Além disso, o setor é atrativo por ser um dos melhores pagadores. A remuneração média do subsetor de serviços de alto valor agregado é de R$ 5,8 mil, ou seja, três vezes superior ao salário médio nacional (R$ 2 mil), conforme informações o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.
Segundo especialistas, a tecnologia vai exigir profissionais capacitados nas áreas de engenharia, segurança da informação, especialistas em dados, big data, inteligência artificial e internet das coisas.
Relatório do Fórum Econômico Mundial de 2020 sobre o impacto do 5G nas indústrias mostra que, em 15 anos, a quinta geração de telefonia poderá gerar até 22,3 milhões de empregos.
A rede 5G
O leilão do 5G, realizado em novembro do ano passado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), teve as operadoras TIM, Vivo e Claro como vencedoras das principais faixas.
A partir de julho, as empresas devem começar a disponibilizar essa rede nas capitais de todos os Estados do país, apesar de o prazo ter sido estendido para setembro pela Anatel.
Embora a novidade seja lembrada principalmente por sua velocidade — em média o 5G alcança 1 Gbps (gigabyte por segundo), dez vezes mais do que o 4G —, ela também terá um tempo entre o envio e o recebimento de dados bem menor, o que torna a resposta do celular a um comando consideravelmente mais rápida.
Essas características serão importantes também para permitir que mais dispositivos consigam se conectar ao mesmo tempo a uma rede numa mesma região.