Cinco meses depois de seu lançamento, o Bard, chatbot inteligente do Google que é semelhante ao ChatGPT, estreia nesta quinta-feira, 13, no Brasil. A ferramenta já era muito aguardada pelo setor de tecnologia, e especialmente pelos usuários.
Além do português, o chatbot está disponível em 40 idiomas, como espanhol, alemão e chinês. Antes, a ferramenta tinha apenas respostas em inglês, coreano e japonês. O Google anunciou o Bard em fevereiro deste ano, poucos meses depois do lançamento do ChatGPT, da OpenAI, que se tornou o parâmetro das aplicações práticas de inteligência artificial. A big tech informou que as pesquisas pelo assunto dobraram no Brasil nos últimos 12 meses.
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Como usar o Bard, do Google
Para usar o Bard, acesse o site bard.google.com. É preciso estar conectado à uma conta do Google, a mesma do Gmail e/ou Google Chrome. Com a conta conectada, acesse o site do chatbot e digite a pergunta, tópico ou insira uma imagem na caixa de pesquisa. A ferramenta pode ser usada tanto no celular quanto na versão web.
É possível escolher algumas características das respostas para obter um resultado mais assertivo, como longas, curtas ou detalhadas. No entanto, esse recurso está apenas em inglês. A ferramenta também possui um botão que, acionado, possibilita ouvir a resposta gerada, semelhante ao que o Google Tradutor faz.
As respostas poderão ser compartilhadas nas redes sociais, e o histórico de perguntas será registrado na plataforma, como no ChatGPT.
Fiz a seguinte pergunta ao Bard:
Quando um ministro do STF faz atividade político-partidária, que crime pode estar cometendo?
A resposta do Bard foi:
Quando um ministro do STF faz atividade político-partidária, ele pode estar cometendo um crime de responsabilidade. O crime de responsabilidade é definido na Lei do Impeachment (Lei 1.079/1950) como “qualquer violação dos deveres do cargo ou infração à lei de que resulte prejuízo para a Administração Pública”. O inciso III do artigo 39 da Lei do Impeachment prevê que é crime de responsabilidade “exercer atividade político-partidária”.
Os ministros do STF são considerados servidores públicos, e como tal, estão sujeitos às leis e regulamentos aplicáveis a todos os servidores públicos. A Lei do Impeachment é uma dessas leis, e o inciso III do artigo 39 da Lei do Impeachment proíbe expressamente que os ministros do STF exerçam atividade político-partidária.
A atividade político-partidária é definida como “qualquer atividade relacionada à organização, administração ou campanha de um partido político”. Isso inclui atividades como fazer discursos políticos, participar de eventos políticos, fazer doações para partidos políticos e votar em candidatos políticos.
Os ministros do STF são proibidos de participar de qualquer atividade político-partidária porque isso pode prejudicar sua independência e imparcialidade. Os ministros do STF são responsáveis por julgar casos que podem ter um impacto significativo na política brasileira, e é importante que eles sejam capazes de fazer isso de forma imparcial. Se os ministros do STF estivessem envolvidos em atividades político-partidárias, isso poderia levar a dúvidas sobre sua imparcialidade, o que poderia minar a confiança pública na Suprema Corte.
Se um ministro do STF for pego participando de atividades político-partidárias, ele pode ser processado por crime de responsabilidade. O processo de impeachment é iniciado no Senado, e se o Senado encontrar o ministro culpado, ele pode ser destituído do cargo.
A proibição de atividade político-partidária dos ministros do STF é uma importante garantia de independência e imparcialidade da Suprema Corte. É importante que os ministros do STF sejam capazes de julgar casos de forma imparcial, e a proibição de atividade político-partidária ajuda a garantir isso.