O Brasil já tem quase 6 mil antenas da rede 5G em operação. A tecnologia propõe mais estabilidade e velocidade, além de menor latência ao usuário. O número foi divulgado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
As antenas já estão em operação na frequência de 2,3 giga-hertz (GHz) e 3,5 GHz, com os padrões de rede “SA” e “NSA”. Por enquanto o 5G “DSS” não está incluído, já que foi oferecido pelas operadoras no mercado brasileiro antes do leilão da Anatel, em novembro do ano passado.
Nas capitais, o sinal de 5G chega à velocidade de 3,5 GHz, que conta com 5,3 mil antenas ativas. A instalação da infraestrutura teve início há pouco mais de três meses, a partir da estreia em Brasília, em 6 de julho.
A primeira fase da implantação da rede 5G 3,5 GHz foi finalizada no dia 6 de outubro, com a ativação em cinco capitais do Norte. A Tim conta com quase 3 mil estações já instaladas, equivalente a mais do que a metade das estações de suas concorrentes. A Claro possui 1,5 mil antenas, enquanto a Vivo, da Telefônica, dispõe de quase mil.
Como as empresas planejam desenvolver a rede 5G no Brasil
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada na sexta-feira 14, o vice-presidente de tecnologia da informação da TIM, Leonardo Capdeville, afirmou que a operadora está focada em fazer uma cobertura “full”, ou seja, tentar implantar uma antena 5G para cada estação 4G. Segundo ele, isso vai permitir que o sinal 5G não caia constantemente perante o 4G, assim, poderá oferecer uma “experiência de continuidade” para seus clientes.
#Huawei & TIM Brasil are set to develop a 5G City in Curitiba, Brazil, with the aim of implementing 5G coverage for the city developing devices & solutions that provide high-quality services with lower energy consumption. #HuaweiFacts https://t.co/fEoLWNgiyy
— Huawei (@Huawei) March 8, 2022
Capdeville crê que as concorrentes não estão focadas na experiência do usuário. “Seria só uma questão de estratégia se estivéssemos colocando mil antenas espalhadas e as outras mil concentradas”, disse o vice-presidente. “Quando olhamos os números, vemos que as demais estão mais tímidas.”
Já a Claro, está empenhada em trazer o “5G+”, que associa a capacidade de 3,5Ghz com outras frequências e amplia a oferta e o acesso da população para aparelhos compatíveis com a nova rede. A operadora ressaltou que “adquiriu a maior quantidade de espectro na faixa de 2,3 GHz, o que permite ampliar ainda mais a capacidade de rede móvel”.
Na faixa de 2,3 GHz, a Claro possui maior vantagem, contando com 293 antenas que suportam essa rede, enquanto a Vivo conta com 187, a Algar, 45, e a TIM com quatro. Como a rede não estava ocupada por outros serviços, sua ativação foi liberada no fim do leilão.
A Algar, que adquiriu licenças regionais, foi a primeira operadora a lançar o 5G nos Estados de Minas Gerais e São Paulo, com a faixa de 2,3 GHz. O presidente da Teleco disse que essa faixa tem sido utilizada para alcançar os lugares onde a faixa 3,5 Ghz ainda não chegou.
A Telefônica, dona da Vivo, reforçou que a expansão do 5G “é gradual e evolui de acordo com capacidades técnicas, demanda e autorizações municipais para instalações de antenas”. A empresa destacou o fato de possuir uma das maiores redes de dados (backbone) e que isso será “um diferencial” para os clientes.