O primeiro antecessor do computador moderno completou 200 anos neste ano. A máquina analítica foi construída pelo britânico Charles Babbage em 1821. O equipamento, que calculava funções polinomiais — cálculos matemáticos que envolviam um número inteiro não negativo e números constantes — serviu de inspiração para a criação de uma máquina que compilava tabelas matemáticas.
A ideia do inventor era transformar a máquina em algo capaz de fazer qualquer tipo de cálculo. O produto recebeu apoio de diferentes instituições científicas, mas excedia as tecnologias que existiam na época. Depois de mais dez anos, o governo britânico suspendeu o financiamento do projeto, mas ele continuou a ser desenvolvido com menos recursos, e como resultado foi feito um protótipo.
Em 1842, sem conseguir atingir mais nenhum grande êxito, o matemático parou de desenvolver a invenção. O filho dele, Henry Prevost Babbage, ainda tentou continuar o trabalho, mas também não teve sucesso.
Só em 1854, o sueco George Scheutz conseguiu fazer uma máquina usando os designs do mecanismo de Babbage como base. O equipamento imprimia tabelas astronômicas com uma precisão sem precedentes até então. O resultado da invenção chegou a ser usada pelos governos britânico e americano.
A ideia de uma máquina que poderia fazer cálculos muito mais rapidamente do que qualquer matemático evoluiu até chegar nos primeiros computadores de Alan Turing nos anos 1930. E que, por sua vez, progrediram para os computadores que temos atualmente.
História do pai do computador
Na época em que inventou o antepassado do computador, Babbage trabalhava como matemático na fundação da Astronomical Society. Anos depois, a instituição mudou de nome para Royal Astronomical Society. Charles Babbage viveu entre 1791 e 1871 e, além de matemático, também trabalhou como engenheiro mecânico e filósofo.
Reportagem bem interessante. Importante foi não haver omitido o Alan Turing.
Engenheiro mecânico e filósofo!… De fato, era muito versátil o Charles Babbage.