Na Ásia a geolocalização de doentes e casos suspeitos já é utilizada desde o início da epidemia
Para localizar os infectados pelo novo coronavírus um geolocalizador está sendo estudado pelo governo francês para frear a epidemia no país.
A ideia de detectar os doentes com a ajuda de GPS foi divulgada na terça-feira, 24, pelo comitê científico criado pelo presidente da França, Emmanuel Macron.
Em entrevista à televisão francesa o desenvolvedor do aplicativo, Christophe Mollet, explica que o algoritimo é bem simples.
A tecnologia feita para smartphones contará apenas com dois botões. O usuário poderá declarar livremente on-line se está infectado ou se quer se proteger.
Em caso de contaminação, o celular vai buscar automaticamente os trajetos recentes do doente e alertar todas as pessoas que ele cruzou.
Mollet garante que as informações serão armazenadas durante 14 dias, período de possível contágio. Depois disso, serão apagadas, de acordo com as informações da Rádio França Internacional.
O advogado Patrice Navarro, entrevistado pela TV France 2, afirma que essa tecnologia tem riscos. “Será que os infectados serão mesmo livres para se declararem, será que esse aplicativo é realmente transparente e que os usuários serão informados sobre o tratamento e uso de seus dados pessoais?”, questiona Navarro.
A Coreia do Sul utilizou aplicativo desde o inicio do coronavírus no país, o sistema permitiu o controle da propagação.
Em Hong Kong, as autoridades impõem a todos os estrangeiros que chegam território chinês o uso de uma pulseira eletrônica que indica, em tempo real, se eles estão respeitando a quarentena obrigatória.
Em tempos de pandemia, a liberdade de ir e vir, pode ser colocada em jogo.