Uma equipe de cientistas desenvolveu um dispositivo que “vê” e que cria memórias — como os seres humanos. A nova tecnologia é um chip ativado por sensor, milhares de vezes mais fino que um fio de cabelo. O estudo foi publicado na revista científica Advanced Functional Materials, na quarta-feira 14.
O nanodispositivo captura, processa e armazena informações visuais. Como o objeto precisa do óxido de índio dopado com estanho (elemento condutor usado nas telas touch screen), o dispositivo imita a capacidade do olho humano de capturar luz e transmitir informações.
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O aparelho funciona como um nervo óptico: armazena essas informações e as classifica em um sistema de memória, do mesmo modo como o cérebro humano opera.
Como o dispositivo que “vê” e que cria memórias funciona
A tecnologia é capaz de executar funções necessárias, como detecção, criação e processamento de informações e retenção de memórias. Isso sem depender de computação externa, com uso intensivo de energia — o que impede a tomada de decisões em tempo real.
“Os sistemas de visão neuromórfica são projetados para usar processamento analógico semelhante ao cérebro humano, o que pode reduzir bastante a quantidade de energia necessária para realizar tarefas visuais complexas, em comparação com as tecnologias atuais”, explicam os pesquisadores.
Muitas aplicações possíveis estão em jogo, como visão biônica, operações autônomas em ambientes perigosos, avaliações de vida útil de alimentos e análise forense avançada.
Tecnologia muito útil para ditadores.
Só recebem ordens e repetem o programado, mas a ESPECIALIDADE mesmo é trabalhar com montanhas de informação, sobretudo para vigiar e punir, mostrando dados e análises matemáticas e estatísticas para os déspotas.