O governo dos EUA decidiu impor novas sanções contra o Irã por por causa do desenvolvimento dos programas de mísseis e drones.
A decisão dos EUA é uma tentativa de contrastar a ameaça de Teerã a Israel e aliados no Golfo e evitar possível impacto “destrutivo” das armas iranianas na Ucrânia.
Os EUA também estão emitindo orientações para a indústria sobre componentes procurados pelo Irã para impulsionar seu programa de mísseis.
Em uma declaração conjunta com 45 países, incluindo o Reino Unido e outros aliados europeus, Washington citou crescentes preocupações sobre os mísseis e os drones do país e sua venda a parceiros e procuradores.
De acordo com funcionários do governo americano, esses programas “colocam em perigo a estabilidade internacional e eleva a tensão regional”.
“Estamos vendo o terrível impacto do fornecimento de mísseis e drones do Irã à organizações terroristas e outros que ameaçam diretamente a segurança de Israel e a dos nossos parceiros do Golfo” disse Antony Blinken, secretário de Estado, em comunicado.
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O grupo terrorista palestino Hamas, que realizou um ataque contra a civis israelenses na semana passada, é apoiado pelo Irã, assim como pelo grupo libanês Hezbollah, que ameaçou se juntar aos combates entre Israel e o Hamas.
Atualmente, os EUA designam o Hamas e o Hezbollah como organizações terroristas.
Para os EUA, Teerã é cumplice no ataque de Hamas contra Israel
As medidas dos EUA surgem num momento em que o embargo da ONU ao programa de armas do Irã se expirava, na última quarta-feira, 18.
Além disso, a decisão de Washington ocorre em meio aos esforços crescentes de Washington para manter o Irã fora do conflito Israel-Hamas.
Os EUA acusaram Teerã de ser “cúmplice” no ataque do Hamas contra Israel.
A administração Biden alertou o Irã e seus procuradores, publicamente e em particular, para evitar a ampliação do conflito.
Blinken disse que os EUA “não ficarão de braços cruzados” enquanto o Irã continua a desestabilizar a região e outros países, como a Ucrânia, com a proliferação de veículos aéreos não tripulados e mísseis.
Nesta quarta-feira, 18, os Estados membros da União Europeia (UE) informaram que manteriam restrições nucleares, convencionais e relacionadas a mísseis sobre o Irã.
Entretanto, Teerã denunciou a medida como “ilegal”. Já o Reino Unido disse que se juntaria à UE na manutenção de medidas punitivas sobre os programas de drones e mísseis do Irã.
Alguns críticos do acordo com o Irã gostariam de ver a UE usar o que é conhecido como a provisão de retorno no acordo.
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A medida serve para reimpor sanções anteriormente levantadas por causa do acordo.
Antes do ataque-surpresa do Hamas a Israel, os EUA e Teerã concordaram em setembro em trocar prisioneiros.
Na ocasião, os EUA transferiram US$ 6 bilhões ao Irã, por meio da Coreia do Sul e do Catar, para que fossem utilizados em atividades humanitárias.
Qualquer retaliação que impeça este regime terrorista do Irã de se armar é bem-vinda.
Mais uma ação que não resolve nada. Este Irã deveria ser bombardeado por terra, ar e mar com força total, destruindo todas as suas instalações militares e usinas nucleares. Este estado é o patrocinador do terrorismo mundial.