O Japão conseguiu entrar no grupo de países que conseguiram pousar naves na Lua, nesta sexta-feira, 19. Somente os Estados Unidos, a União Soviética, a Índia e a China haviam conquistado tal feito.
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A nave espacial japonesa “Moon Sniper” (franco-atirador lunar, em tradução livre) chegou à superfície lunar no início da tarde desta sexta-feira, já madrugada de sábado, 20, no Japão.
A tentativa de pouso foi transmitida no YouTube. Os pesquisadores estudam as condições da aproximação com o solo e se tudo ocorreu conforme o previsto. O sucesso da operação permanece desconhecido.
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A Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial lançou o veículo espacial em setembro do ano passado. A nave entrou em órbita lunar em 25 de dezembro de 2023.
“O maior desafio é o fato de só termos uma oportunidade”, disse Shinichiro Sakai, gestor do projeto, no mês passado. “O teste final ocorre durante os últimos 20 minutos da aterrissagem. O que passamos 20 anos a desenvolver é testado em apenas 20 minutos.”
Objetivo da missão espacial do Japão
O Moon Sniper tem o objetivo de pousar próximo de uma pequena cratera de impacto lunar, batizada Shioli, perto do Mar de Néctar. Ele visa aterrissar a menos de 100 metros do seu alvo, o que é muito mais ambicioso do que a habitual zona de aterrissagem de vários quilômetros.
“O objetivo desta missão é aterrissar onde se quer aterrissar, em vez de pousar onde se pode pousar”, disse o professor Hiroyuki Kamata, da Universidade Meiji, antes da aterrissagem da nave.
Kamata é um dos desenvolvedores do projeto, como é conhecido o smart lander for investigating Moon (nave inteligente para investigação da Lua, em tradução livre).
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— JAXA Institute of Space and Astronautical Science (@ISAS_JAXA_EN) January 19, 2024
[SLIM Moon landing: live broadcast ????]
Jan. 19 (Fri) 23:00~ JST
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O veículo não tripulado faz parte de uma missão que busca desvendar as origens da Lua, por meio da análise da composição das rochas. Além disso, a equipe quer facilitar o recolhimento de amostras do permafrost lunar (área congelada) e, assim, ajudar a resolver mistérios sobre os recursos hídricos na Lua.
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Estêvão Júnior é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob a supervisão de Anderson Scardoelli