A Microsoft anunciou nesta quarta-feira, 18, a demissão de cerca de 10 mil funcionários até o final do terceiro trimestre fiscal deste ano. O corte representa 5% da base total de funcionários, informou a empresa.
Em uma nota divulgada pela agência de notícias Reuters, o presidente-executivo da Microsoft, Satya Nadella, disse que os clientes querem “otimizar seus gastos digitais para fazer mais com menos” e “ter cautela, já que algumas partes do mundo estão em recessão e outras partes estão antecipando uma”.
Nadella afirmou que a redução na força de trabalho é necessária por causa da desaceleração econômica global, destacando que empresas ao redor do mundo começaram a ficar mais cautelosas.
“Estamos vivendo tempos de mudanças significativas. É importante notar que, embora estejamos eliminando funções em algumas áreas, continuaremos a contratar em áreas-chave estratégicas”, escreveu Satya Nadella.
A informação começou a circular ontem na mídia internacional. A agência de notícias Bloomberg News informou que a maioria das demissões ocorreu em divisões de engenharia e de recursos humanos.
A empresa tinha 221 mil funcionários em tempo integral até 30 de junho; destes, 122 mil nos Estados Unidos e 99 mil em outros países. Em outubro do ano passado, o site de notícias Axios publicou que a Microsoft cortou mil funcionários em uma série de divisões.
“De uma perspectiva mais ampla, outra rodada de demissões na Microsoft sugere que o ambiente para a indústria de tecnologia não está melhorando e provavelmente vai continuar a piorar”, escreveu o analista Dan Romanoff, da Morningstar, uma empresa de análise de investimentos.
No setor de tecnologia, os últimos meses têm sido marcados por ondas de demissões em massa. Entre novembro de 2022 e janeiro de 2023, apenas a Amazon, a Meta (dona do Facebook, do WhatsApp e do Instagram) e a Salesforce cortaram cerca de 40 mil colaboradores de seus quadros.
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