O LinkedIn anunciou que encerrará o seu serviço na China no fim deste ano. Publicado nesta quarta-feira, 14, um comunicado oficial informa que será criado um aplicativo local com o nome InJobs. A mudança ocorre por causa de “um ambiente de operações cada vez mais desafiador e exigências crescentes” do governo, informa a empresa controlada pela Microsoft.
“Reconhecemos que operar uma versão localizada do LinkedIn na China significaria cumprir os requisitos do governo chinês nas plataformas da internet”, afirma em comunicado. “Embora apoiemos fortemente a liberdade de expressão, adotamos essa abordagem para criar valor para nossos membros na China e em todo o mundo”.
A nova plataforma “não incluirá um feed social ou a capacidade de compartilhar postagens ou artigos”. Seu foco será exclusivo em ofertas de trabalho.
Perfis censurados
No mês de setembro, os perfis de vários jornalistas dos Estados Unidos foram bloqueados para a visualização por usuários na China. Os conteúdos produzidos por eles foram classificados como proibidos no país comunista.
Bethany Allen-Ebrahimian, do portal Axios, está entre as pessoas censuradas. Ela relatou que recebeu um e-mail do LinkedIn sobre o bloqueio para visualização de seu perfil para a população chinesa, em razão de um “conteúdo proibido” publicado no resumo de sua página.
Nos últimos meses, mensagens com o mesmo teor foram enviadas para outros jornalistas que tratam do país, além de acadêmicos, pesquisadores, funcionários de governos.