A Netflix transmitirá a luta de boxe entre Mike Tyson, campeão norte-americano de pesos pesados, e o influenciador Jake Paul, na sexta-feira 15. Trata-se da maior investida da plataforma nas transmissões esportivas ao vivo, atração que já se consolidou em serviços concorrentes, como Paramount+, Amazon Prime Video, Max e Disney+.
A Netflix aquece o público para o evento ao vivo com a série documental Countdown: Paul vs Tyson, que apresenta a jornada de ambos os oponentes até a noite da luta. Dois episódios serão lançados na próxima quinta-feira, 7, enquanto o terceiro e último será exibido em 12 de novembro, logo antes da luta no AT&T Stadium, em Arlington, no Estado norte-americano do Texas.
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O evento estreia meses depois de a Netflix anunciar que adquiriu os direitos de transmitir dois jogos da NFL, a liga norte-americana de futebol americano, na noite de Natal. A empresa afirmou ao canal de televisão CNBC que a nova programação ao vivo cria “momentos culturais relevantes não apenas para os espectadores, mas também para os anunciantes”, o que representa uma nova fonte de receita para a plataforma.
O movimento da Netflix no streaming de esportes tem o objetivo de criar um mercado publicitário forte e de aumentar os lucros, segundo a empresa. Com muitos públicos de nicho, a nova frente de streaming esportivo amplia a vasta biblioteca de conteúdo e ajudará a reter assinantes que podem ter assinado apenas para eventos esportivos ao vivo.
Netflix investiu mais de R$ 24 bilhões para transmitir a WWE
Em janeiro deste ano, a Netflix fechou um acordo de dez anos com a WWE, promotora de eventos de luta livre, para transmitir suas atrações a partir de janeiro de 2025. Até o momento, a empresa já havia realizado e transmitido eventos esportivos próprios, como o torneio de golfe The Netflix Cup e o torneio de tênis The Netflix Slam.
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O acordo foi avaliado em mais de US$ 5 bilhões, o que equivalia, na época, a mais de R$ 24 bilhões. Ao longo dos dez anos, isso representa R$ 2,4 bilhões por ano. Também está previsto um documentário sobre os bastidores da WWE, sob produção e exibição da Netflix.
Com o acordo, a WWE sairá de sua antiga casa, a rede USA Network, da NBCUniversal, em que era o programa de maior audiência da emissora e frequentemente atraía entre 1,5 milhão e 2 milhões de espectadores por episódio apenas nos Estados Unidos. Segundo o comunicado oficial da Netflix, a WWE mistura “grandes personagens e narrativa com ação ao vivo durante 52 semanas por ano”.
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