A Meta, controladora do Facebook, do Instagram e do WhatsApp, registrou a segunda queda de receita consecutiva, e o cenário se mostra ainda mais desafiador para o grupo, que perdeu mais de US$ 500 bilhões de seu valor de mercado neste ano.
A empresa teve receita trimestral de US$ 27,7 bilhões, uma queda de 1% em relação ao último trimestre e de mais de 4% no comparativo com o ano anterior. Na quarta-feira 26, o preço das ações da Meta caiu mais de 5%.
Na manhã desta quinta-feira, 27, a queda foi de 23% nas negociações de pré-mercado. Essa baixa significativa colocaria o valor de mercado da Meta abaixo de US$ 300 bilhões pela primeira vez, desde o início de 2016.
Em reportagem publicada nesta quinta-feira, o The Wall Street Journal diz que entre os desafios econômicos da Meta estão o cenário macroeconômico difícil, com possível recessão global, a crescente concorrência do rival TikTok e as consequências das mudanças de rastreamento de anúncios da Apple, que afetaram seus ganhos com publicidade.
Os problemas também atingem outras empresas norte-americanas de tecnologia, como a Google, com o YouTube, e a Snap, que também apresentaram declínio na receita de publicidade.
Em uma conversa com analistas, o fundador e presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, manifestou otimismo, mesmo num ambiente mais difícil. “Devo dizer que nossas tendências de produtos parecem melhores pelo que vejo. Estou bastante confiante de que isso está indo em uma boa direção.”
Entretanto, diz o WSJ, a Meta também está dando um passo “ambicioso e caro”, longe de seus principais produtos de mídia social, em direção a um futuro centrado no chamado metaverso, em que os usuários podem viver, trabalhar e se divertir em uma experiência on-line imersiva.
A unidade Reality Labs da Meta, que está conduzindo os esforços de realidade virtual e metaverso da empresa, registrou receita de US$ 285 milhões no trimestre, um declínio de quase 49% em relação ao ano anterior. A unidade teve um prejuízo operacional de US$ 3,7 bilhões, e a empresa espera um número significativamente pior no próximo ano.
Horizon Worlds, o principal produto metaverso da Meta para consumidores, tem menos de 200 mil usuários ativos mensais, muito menos do que a meta original da empresa de 500 mil usuários até o fim deste ano, de acordo com documentos da empresa obtidos pelo WSJ no início deste mês.
Segundo a Meta, o preço médio de seus anúncios caiu 18% no ano, em razão das mudanças da Apple, que tornaram mais difícil para a dona do Facebook rastrear usuários e veicular publicidade personalizada. A empresa disse que também foi prejudicada pelo dólar forte e que, se as taxas de câmbio fossem constantes, teria registrado um pequeno aumento na receita.
A Meta reportou um lucro líquido de US$ 4,4 bilhões no terceiro trimestre. Isso representa o quarto trimestre consecutivo em que os resultados da empresa caíram, algo que a Meta não experimentava havia uma década. No trimestre, a receita de publicidade foi de US$ 27,2 bilhões, uma queda de quase 4% ano a ano.
A empresa disse que planeja reduzir algumas de suas equipes e investir no crescimento do número de funcionários “apenas em nossas maiores prioridades”. No fim de setembro, a Meta tinha 87 mil funcionários, número 28% maior do que um ano antes.
Em seus esforços para combater o TikTok, a empresa deu prioridade ao desenvolvimento e ao crescimento do Reels, seu formato de vídeo curto no Facebook e no Instagram. Segundo Zuckerberg, 140 bilhões de vídeos curtos são vistos todos os dias no Facebook e no Instagram, o que representa um aumento de 50% em relação a seis meses atrás. “As tendências parecem boas, e acreditamos que estamos ganhando participação de tempo gasto em concorrentes, como o TikTok”, disse Zuckerberg.
O Reels, no entanto, não monetiza tão efetivamente quanto os outros tipos de conteúdo da empresa, à medida que se concentra na exibição de vídeos mais curtos. “À medida que o Reels cresce, estamos deslocando a receita de superfícies de alta monetização”, disse Zuckerberg. “Isso é claramente a coisa certa a fazer.”
Uma área em que a Meta se mostrou promissora foi aumentar a enorme base de usuários do Facebook, que chegou a 1,98 bilhão de usuários ativos diários. Isso foi acima de 1,97 bilhão há três meses.
Vazam dados, manipulam as pessoas, censuram conforme a sua ideologia, pois é uma hora as pessoas sensatas caem na realidade, partem para outra mais confiável e que respeita verdadeiramente a liberdade de cada um. Eu mesmo não tenho perfil em facebook e sempre recomento para os demais para se exporem o mínimo possível por lá.
Pois é, Zuzu. Os dinossauros foram extintos, o Imprério Romano ruiu, o Muro de Berlim caiu… É a natureza, não os algoritmos.
O facebook vai ter o mesmo fim do orkut.