A startup pernambucana de motos elétricas Voltz anunciou nesta segunda-feira, 24, que recebeu aporte de R$ 100 milhões em rodada liderada pela Creditas e pelo Grupo Ultra, controladora dos postos Ipiranga, por meio de seu braço de investimentos, o UVC. A empresa realiza as vendas exclusivamente por canais digitais.
“Esse é um investimento estratégico. A venda de motos no Brasil depende de crédito, e a Creditas aparece bem posicionada para isso. Já o Grupo Ultra nos vê como uma janela para o futuro de seus negócios”, afirma Renato Villar, fundador da empresa, em entrevista concedida ao jornal O Estado de S. Paulo.
Atualmente, os veículos são fabricados integralmente na China, o que mostrou desvantagens durante a pandemia do coronavírus. “No último ano, tivemos interrupções na produção. Por isso, queremos trazer parte dela para o Brasil”, explica Villar. De acordo com o fundador da companhia, a mudança poderia gerar até 500 empregos diretos no país.
Desde 2019, quando chegou ao mercado, a Voltz vendeu mais de 4 mil veículos no Brasil. Neste ano, o objetivo é aumentar em cinco vezes sua receita operacional. Para isso, a empresa direcionará os recursos para a criação de uma fábrica na Zona Franca de Manaus. A capacidade da operação será de aproximadamente 15 mil veículos por mês.
Devido ao baixo número de vendas de motos elétricas, entidades como a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo) não registram sequer o total de veículos negociados.
Leia também: “Em 2020, startups receberam R$ 19,7 bilhões em aportes”
