Telescópio James Webb revela imagens de ‘galáxia fantasma’

Novas fotografias capturadas pelo supertelescópio espacial James Webb revelaram imagens impressionantes da “galáxia fantasma”, apelido que foi dado para a Messier 74. Os registros foram divulgadas pela Agência Europeia Espacial (ESA), na segunda-feira 29.

As imagens mostram o núcleo da galáxia e sua espiral perfeita, formada por poeira e gás. Devido à alta definição das fotografias, é possível notar a formação de estrela nas margens do sistema, que fica a 32 milhões de anos-luz da Terra.

Segundo a ESA, as características particulares da “galáxia fantasma” a tornaram o objeto de estudo favorito dos astrônomos porque a sua estrutura deve ajudar a descobrir a origem e as demais formações do universo.

“A gente consegue ver uma riqueza de detalhes na imagem do Webb”, afirmou Rogemar Riffel, astrofísico brasileiro, em entrevista ao portal G1. “Uma assinatura dos braços espirais muito bem definida. E são, justamente, nesses braços onde as estrelas se formam. E entender como as estrelas se formam implica também em compreender como o nosso próprio sistema planetário e o nosso próprio Sol se formaram.”

O telescópio espacial James Webb localiza-se a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, sendo fruto de uma parceria entre a Nasa e a Agência Espacial Europeia. As imagens obtidas permitem que os cientistas observem a formação das primeiras galáxias e estrelas do universo, além de possibilitar o estudo da evolução das galáxias e o processo de formação dos planetas.

Outros registros

Desde o seu lançamento, o telescópio James Webb revelou imagens do espaço. Uma delas mostra uma galáxia a cerca de 500 milhões de anos-luz de distância da Terra, conhecida pelo apelido de “Roda de Carro”, por causa de sua aparência semelhante ao objeto.

Segundo a Nasa, o formato é resultado de uma colisão em alta velocidade com outra galáxia menor, que aconteceu há mais de 400 milhões de anos. “Agora, esse sistema é composto de dois anéis — um anel interno brilhante e um anel colorido circundante. Ambos se expandem para fora do centro como ondulações de um lago”, informou a agência espacial, em um comunicado divulgado para a imprensa na terça-feira 23.

A Nasa aproveitou os registros para explicar o fenômeno que, segundo a agência, causa “uma cascata de eventos diferentes e menores entre as galáxias envolvidas”. Antes da colisão com outra galáxia, a “Roda de Carro” tinha provavelmente um formato espiral similar ao da Via-Láctea.

“Enquanto o telescópio James Webb nos dá um registro do estado atual da ‘Roda de carro’, ele também nos fornece informações sobre o que aconteceu com esta galáxia no passado e como ela evoluirá no futuro”, explicou a agência.

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