O Twitter se recusou a remover vídeos e imagens pornográficos de um adolescente que foi vítima de tráfico sexual, segundo uma reportagem do jornal New York Post publicada nesta quarta-feira, 21.
De acordo com o portal norte-americano, a mídia social alegou que uma investigação interna “não encontrou uma violação” das “políticas” da empresa.
O processo federal foi aberto pela vítima ontem, quarta-feira 21, na Califórnia. De acordo com o depoimento, o Twitter ganhou dinheiro ilegalmente com o conteúdo veiculado na plataforma.
O adolescente, identificado como John Doe, tomou conhecimento dos tuítes ofensivos em janeiro de 2020, data em que o material foi amplamente divulgado por seus colegas. Por isso, ele registrou uma queixa no Twitter dizendo que havia duas publicações mostrando pornografia infantil dele mesmo. Doe pediu à mídia social que o conteúdo fosse removido, visto que era ilegal e violava as políticas do site.
Em 28 de janeiro, segundo o New York Post, o Twitter respondeu à vítima e disse que não excluiria o material, que já havia acumulado mais de 167 mil visualizações e 2.223 retuítes.
“Agradecemos seu contato. Revisamos o conteúdo e não encontramos nenhuma violação de nossas políticas. Portanto, nenhuma ação será tomada neste momento”, diz a resposta, de acordo com o processo.
Doe respondeu: “O que você quer dizer com “não vê um problema”? Nós dois somos menores agora e éramos menores na época em que esses vídeos foram feitos. Nós dois tínhamos 13 anos. Fomos atraídos, perseguidos e ameaçados de tornar público esses vídeos que agora estão sendo postados sem nossa permissão. Não autorizamos a publicação desse material e ele precisa ser removido”.
Dias depois, a mãe do adolescente recebeu o suporte de um agente do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos. Após isso, os vídeos foram removidos com sucesso.
O New York Post procurou o Twitter, mas diz não ter obtido resposta.
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