A Boeing e a Nasa completaram a primeira missão tripulada da cápsula Starliner CST-100 nesta quarta-feira, 5, em Cabo Canaveral, na Flórida. A companhia se tornou a segunda na história da indústria espacial capaz de transportar astronautas para a órbita terrestre em um veículo próprio.
Mesmo com vários atrasos e custos adicionais de US$ 1,5 bilhão, o sucesso aliviou o momento de crise que a Boeing vive no setor da aviação. Qualquer adiamento de lançamento além de 6 de junho acarretaria mais atraso devido à substituição de componentes perecíveis.
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A iniciativa de viagens tripuladas visa a certificar a Starliner para viagens regulares à Estação Espacial Internacional (EEI). A Boeing adiava lançamentos desde 2017.
A cápsula lançada nesta quarta-feira transporta o astronauta Barry Eugene Wilmore, de 61 anos. Também está a bordo Sunita Williams, de 58 anos. Ambos estão em sua terceira missão à EEI. Wilmore tem 178 dias no espaço, e Williams, 322 dias.
Rival da Boeing em projetos espaciais, a SpaceX, do empresário Elon Musk, realiza voos regulares de astronautas desde 2020. A companhia realiza as “viagens” por meio da cápsula Crew Dragon.
A tripulação da Starliner CST-100 deve voltar à Terra em oito dias. Um retorno bem executado é crucial para a certificação da Starliner pela Nasa.
Histórico de atrasos da Boeing e da Nasa
No dia 24 de maio, a Nasa e a Boeing anunciaram que antigos problemas técnicos foram resolvidos. Contudo, o lançamento programado para 1º de junho foi cancelado em cima da hora.
Anteriormente, um dos adiamentos foi por causa de um vazamento de gás hélio e uma válvula defeituosa no foguete Atlas 5.
O chefe do projeto Starliner, Mark Nappi, afirmou que as barreiras enfrentadas já foram gerenciadas. “Esse não é um problema de segurança de voo para nós”, disse ele. “Acreditamos ter uma condição bem compreendida que podemos administrá-lo”.
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