Um corredor de inovação do agronegócio está sendo formado no interior do Estado de São Paulo. A iniciativa integra as regiões de Jaguariúna, Campinas, Piracicaba, São Carlos e Ribeirão Preto. A novidade foi apresentada na segunda-feira 25, durante a Agrishow, uma das maiores feiras do mundo de tecnologia aplicada ao agro.
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A proposta é ligar os centros tecnológicos e ambientes de inovação que já existem na região com as empresas e os proprietários rurais. Desse modo, eles poderão compartilhar recursos, conhecimento e competências e impulsionar a inovação aberta e o empreendedorismo.
O projeto conta com o apoio do Ministério da Agricultura (Mapa), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo e do Sebrae-SP.
No trajeto de 250 quilômetros que separa as principais cidades, existem centros de pesquisa de ponta para a agropecuária. Entre eles, estão alguns campi da Unesp, da USP e da Unicamp, bem como unidades da Embrapa. Além disso, cerca de 10% das agtechs do país (startups do agro) estão na região, de acordo com o Mapa.
“A grandiosidade desse território para a inovação agropecuária é notória”, disse Stanley Oliveira, chefe-geral da Embrapa Agricultura Digital. “Aqui encontramos instituições centenárias, como a USP/Esalq e o Instituto Agronômico, entre outras que vão além do agro, permitindo a colaboração com diferentes recursos e perspectivas. É um verdadeiro celeiro não apenas de conhecimento e tecnologia, mas de recursos humanos de altíssimo nível e que são base para um ecossistema de inovação vibrante.”
O corredor de inovação do agronegócio em números
O trajeto de 250 quilômetros de Jaguariúna a Ribeirão Preto conta com cerca de 3 milhões de habitantes. A região contribuiu com cerca de mil profissionais de ciências agrárias formados anualmente, conforme os dados de um estudo da Embrapa e do Mapa.
São 112 instituições de ciência e tecnologia, sendo 32 delas ligadas diretamente à agropecuária, 52 ambientes de inovação, cinco unidades de pesquisa da Embrapa e 168 agtechs.
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Essa ideia vem de longa data: parabéns por finalmente ser viabilizada. Agora falta por em prática mais uma ideia que inclusive já foi apresentada à CNA que não deu continuidade a ela: financiar secadores de grãos para os produtores e cooperativas em regiões que ainda sofrem com o problema do escoamento da safra, permitindo que o escoamento seja feito quando as estradas permitirem, os fretes forem mais em conta (entresafra da região) e vender sua produção quando o preço estiver mais favorável.