Marcos Montes, ministro da Agricultura, afirmou que o comércio de fertilizantes não deve ser restringido ou sofrer sanções em razão de conflitos internacionais. A fala ocorreu nesta terça-feira, 23, durante um evento da Associação Nacional para Difusão de Adubos.
De acordo com o ministro, “restringir o comércio desses insumos afeta a produtividade do campo, reduz a disponibilidade de alimentos, reforça a tendência inflacionária das principais commodities e, como consequência final, ameaça a segurança alimentar global, principalmente das nações mais vulneráveis.” Ele lembrou que, desde o início do conflito entre Ucrânia e Rússia, o Brasil tem defendido o livre-comércio de fertilizantes em fóruns internacionais, como Organização das Nações Unidas (ONU).
No sábado, Antonio Guterres, secretário-geral da ONU, pediu a retirada de barreiras às exportações de fertilizantes da Rússia. O país é um dos principais fornecedores mundiais.
Apesar do conflito, o fluxo de entregas do insumo aos produtores rurais brasileiros foi mantido, atendendo a demanda da safra atual. Atualmente, o Brasil é responsável, por cerca de 10% do consumo global de fertilizantes, ocupando a quarta posição, atrás apenas de China, Índia e Estados Unidos. Porém, mais de 80% do fornecimento é proveniente do mercado externo, como da Rússia, da China e do Canadá.
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