A seca no Brasil está influenciando os preços da soja e do milho no mercado internacional.
Na bolsa de Chicago, nos Estados Unidos, o contrato do milho com vencimento em março de 2022 acumula alta de 3,5%.
No caso da soja, o contrato caiu 1,7% na primeira semana do ano, afetado principalmente pelo mercado financeiro. No último mês, no entanto, a valorização em Chicago já superou os 10%.
Os últimos dados das condições das lavouras de soja no Paraná mostram uma piora significativa, conforme mostrou Oeste.
O secretário de Agricultura do Paraná, Norberto Anacleto Ortigara, divulgou um vídeo reforçando que o Estado passa pela pior crise hídrica do último século.
“Tínhamos a expectativa de recuperar o prejuízo do ano passado com uma safra 2021/22 cheia, mas o quadro climático fez a gente perder grande parte do esforço de produção. Por isso, estamos divulgando uma quebra de quase 40% na produção esperada de soja”, disse o secretário.
Com isso, das mais de 21 milhões de toneladas de soja que o Paraná deveria colher neste ano, a expectativa é que a produção fique perto de 13 milhões de toneladas. A quebra representa um prejuízo superior a R$ 14 bilhões.
No Rio Grande do Sul, já é indicado que haverá quebras significativas de produtividades nas lavouras de milho por causa da seca, principalmente, na região oeste e noroeste do Estado.
A Companhia Nacional de Abastecimento deve atualizar suas estimativas apenas na próxima semana.
O Itaú BBA informou em seu relatório ao mercado que o período seco que tem acometido a região sul já tem seus efeitos sentidos fortemente nas condições das lavouras de milho da região, que é responsável por cerca de 45% da produção nacional.
A reportagem não diz e fica uma lacuna para conjecturas. Difícil acreditar que lavouras de grande porte nao tenham sistemas de irrigação artificial.