As previsões climáticas estão cada vez mais incertas sobre a chegada da La Niña, segundo o site Meteored. Ainda existem incertezas, mas o início do fenômeno parece ser mais provável de ocorrer na primavera. O Pacífico Equatorial permanece com a Oscilação Sul (Enos) em situação neutra, ou seja, sem sinais dos fenômenos La Niña nem El Niño.
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Em julho, ainda não há sinais claros de El Niño ou La Niña. A anomalia na Temperatura da Superfície do Mar (TSM) está em +0,3°C em partes do oceano, dentro do intervalo neutro (-0,5°C a +0,5°C). Outras regiões do Pacífico Equatorial ainda apresentam resquícios de El Niño, com anomalias ligeiramente positivas ou negativas.
A convecção tropical e os ventos no Pacífico Equatorial estão normais. O sistema oceano-atmosfera está em condições neutras do Enos. Em abril, modelos previam uma rápida transição para La Niña entre junho e agosto, mas as previsões mudaram.
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A redução na taxa de resfriamento das TSMs, a partir de maio, com aumento em algumas áreas de junho a julho, mostrou que a taxa de resfriamento inicial não se manteve. Uma bolha de águas frias em subsuperfície perdeu força em maio, o que diminuiu o resfriamento superficial.
La Niña deve ter intensidade moderada
De acordo com o Meteored, com a mudança, os modelos climáticos adiaram a chegada da La Niña e preveem um evento de intensidade moderada. A agência norte-americana Administração Oceânica e Atmosférica Nacional projeta condições neutras nos próximos meses, com o fenômeno favorecido de agosto a outubro. A ação deve persistir até o verão do Hemisfério Sul.
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A agência australiana Bureau of Meteorology prevê o início da La Niña de setembro a outubro. Já a agência meteorológica das Filipinas informou que o fenômeno deve começar de outubro a dezembro e deve durar até o primeiro trimestre de 2025. A incerteza nas previsões permanece alta por causa da discordância entre modelos climáticos.