A empresa MetSul Meteorologia emitiu no sábado 3 um alerta para dias consecutivos de instabilidade no Rio Grande do Sul. O aviso se deve aos altos volumes de chuva em várias regiões do Estado. Embora os acumulados sejam elevados, eles não se comparam aos extremos registrados entre o fim de abril e o início de maio.
Uma frente fria se aproximou e causou instabilidade neste sábado, no oeste e sul do Estado. A chuva irregular atingiu muitos locais, mas foi de baixa intensidade. Neste domingo, 4, a frente fria avançará, o que deve trazer chuva para todas as regiões do Estado, de forma irregular e com períodos de melhora. Existe risco de chuva mais intensa no sul do Estado.
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Um bloqueio atmosférico, associado a uma grande massa de ar seco e quente sobre o Brasil, impedirá o avanço da frente para o Norte, o que torna o fenômeno semi-estacionário sobre o Rio Grande do Sul. Isso resultará em dias sucessivos de chuva na maior parte da semana que se inicia.
Nesta segunda-feira, 5, a maioria das áreas do Estado ainda terá chuva, mas com baixos volumes na maior parte dos municípios. Na terça-feira 6, a instabilidade aumentará novamente no Uruguai e nas áreas adjacentes do Rio Grande do Sul, o que concentra a chuva no oeste, centro e sul do Estado. Já na quarta-feira 7, a chuva se espalhará por grande parte do Estado, com volumes maiores no oeste e sul.
Na quinta-feira 8, uma massa de ar frio intensa deslocará rapidamente a frente para o norte, o que leva a chuva para Santa Catarina, Paraná e partes de Mato Grosso do Sul e de São Paulo. Porém, ainda pode chover em áreas do Rio Grande do Sul parte do dia, mas com baixos volumes.
Rio Grande do Sul terá mais chuva que a média histórica
Os modelos meteorológicos do Centro Europeu, do Canadá e do serviço alemão Icon concordam que os maiores acumulados de chuva ocorrerão no oeste, parte do centro e sul do Estado, enquanto a metade norte terá menores acumulados. Em algumas áreas do oeste e sul, os volumes podem exceder 100 mm, o que supera a média de chuva de agosto em poucos dias.
Apesar dos altos volumes, este evento de chuva não se compara em gravidade às enchentes históricas de abril e maio. Na época, os volumes excederam 500 mm em poucos dias e chegaram a 800 mm, em dez dias em algumas cidades.
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No entanto, a chuva pode causar transtornos, como alagamentos e subida de arroios e córregos, o que dificulta a locomoção em estradas rurais. A subida de rios no sul do Estado também não pode ser descartada.